Cold Coffe

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Andei a pensar durante demasiado tempo no que seria a tua presença normalmente. Sentir saudades tuas andou a matar-me aos bocados e eu desapareci de uma maneira mórbida quando senti que te afastaste. Sempre soube que a tua presença seria momentânea, e eu sei meu bem que a culpa foi minha. Que a culpa foi minha por me ter apegado ao que és de uma maneira tão ridícula e tão rápida.
Senti a tua falta. Falta do bem que me fazias e falta de tudo o que me dizias.
Sempre me fizeste sentir demasiado grande no meu corpo tão pequeno, e a tua ausência voltou a colocar-me ainda mais baixa do que eu era antes de teres entrado na minha vida.
E por falar em entrares na minha vida, a tua chegada não foi nada planeada. Como é que sentiria eu, e o meu pequeno ser, com a entrada de alguém como tudo no meu pequeno grande mundo? Como seria eu capaz de lidar com alguém como tu? Com alguém demasiado bom? E percebi que não havia sensação melhor.
Não te perdoo pelo afastamento, não te perdoo pelas saudades que causaste dentro de mim e não te perdoo, de todo, pelas leves borboletas que me causaste mal entraste pela porta da frente do meu ser. Esse tão pequeno ser que tornaste enorme e voltaste a pôr tão pequeno.
No entanto, e voltando ao início, continuo com saudades tuas. Não do que és mas do que foste.
E do que penso que continuas a ser. Não sei. Talvez já sejas mais uma memória dentro da minha cabeça e talvez seja essa memória que eu adoro e sinto de maneira insana.
Continuo à tua espera, espera essa que parece eterna. Mas não to vou dizer nunca, porque sei que me vais destruir quando o souberes. E deste esse pequeno grande passo uma vez, e quem me dera não teres poder sobre mim para o fazeres novamente.