Alex acordou no meio da noite assustado, era 02h36min quando despertou de um pesadelo. O garoto levantou e foi direto para cozinha beber água, quando ouviu um ruído na sala.
- Quem está ai? – Perguntou o garoto.
Porem não teve resposta, então foi investigar. Entrando na sala o jovem Alex observou algo estranho, a porta de sua casa estava meio aberta. Ele ficou cismado em fechar, vários pensamento surgiram em sua cabeça, mas por que a porta estaria aberta uma hora daquelas? O que teria sido o ruído que ele ouviu? Uma coisa era certa, algo estava acontecendo e o pior, Alex estava sozinho em casa ou era o que parecia. Havia um fato e ele sabia muito bem, a porta não poderia ficar aberta. Então respirou fundo e decidiu ir, mas no momento em que cruzava a porta da cozinha que dava acesso a sala algo aconteceu, lentamente a porta foi se abrindo. Antes que pudesse ver o que iria entrar, Alex correu desesperado para o canto da cozinha assegurando – se de não fazer barulho, o medo o tomava, era mais forte que ele, com o coração na mão o pobrezinho teve um breve flash back, lembrou-se de algumas palavrinhas que teve com seu pai.
- Meu filho, eu e sua mãe vamos pra uma viagem de negócios, vou deixar em suas mãos a responsabilidade de cuidar da casa, não me desaponte, confio em você – E deu um cafuné na cabeça do filho.
- Pode deixar pai, enquanto eu estiver aqui, a casa estará segura - - e deixou escapar um sorriso de coragem.
Ao lembrar-se dessa conversa que teve com seu pai, um senso de responsabilidade o encorajou, então Alex fez uma pequena reza pedindo proteção, foi na gaveta da cozinha tomando cuidando pra não fazer barulho, sacou uma faca, então dirigiu – se até a sala, encarou a porta que já estava totalmente aberta. O garoto corajosamente vociferou:
- Seja la o que for que esteja ai, apareça e me encare feito homem.
Então a sala começa a congelar aos poucos, na porta uma figura sinistra de manto preto, capuz no rosto que parecia desfigurado entrou. Nesse momento aquela coragem reunida parecia ter fugido, o jovem ficou paralisado. O medo era demais, a única coisa que vinha na cabeça era – Eu vou morrer, mas que triste, desse jeito assim. Quando a imagem fantasmagórica se aproximou dele, sacou uma foice, deu mais um passo e a atirou em direção dele.
Era 07h30min quando o jovem Alex acordou suado. Com o coração palpitando, ele então por uma pequena fração de segundos imaginou – O que houve, será que eu morri? – Mas ao ouvir a voz de sua mãe dizendo:
- Filho você vai se atrasar pra aula – O alivio tomou conta dele.
No final tudo não passava de um pesadelo, mas um pesadelo tão real que marcou a vida de Alex. Sempre que estava sozinho no escuro via a imagem do fantasma de capuz negro como se fosse um vulto.