Resolvi mudar de lugar alguns móveis
Da morada do meu coraçãoA poltrona em que você sempre sentou
Em que proclamou tantas palavras de amor
Agora, arranha minhas entranhas
Ao ser arrastada pelo pisoE continuo aqui: imóvel, como o móvel
Que tocou e deixou melodias esvairE como um velho ato meu
Me dispus a pintar os versos teus
Com a aquarela amarela
Que pinta e transforma em bela
Toda tragédia no amorPintei as paredes como num grito oco
Desenhos como retratos do sufoco
De quem precisa mudarMas olha só que tolice!
Como se transformar
Se acaba de eternizar no quadro
Mais ela, do que aquar?
O quadro com muita aquar, sem ela.X
Zimbra - Pra você lembrar de mim

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Eu, incandescente, lírico
PoetryPoesia, heresia, fantasia, agonia. Todos os ias, nem todos os dias, detalhados no papel. Plágio é crime. #116 em poesia ♡ #72 em sonetos