capítulo 1

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  Kate estava num acampamento, na cidade Chuí, no Rio Grande do Sul. Ela era catarinense, morava em Blumenau. Ela foi pro Chuí pra visitar seu tio Manoel.

  Ela estava achando um saco ficar lá. Só tinha pirralhos de 12 anos pra baixo.

  As crianças estavam jogando baralho. "Affs, quando é que vou me livrar disso?" pensou.

  A mãe de Kate, percebendo que a paciência da filha estava curta, resolveu falar:

  - Olha, Kate! Lá fora, quantas estrelas têm no céu! - avisou ela, sentada, apontando para o céu.

  Kate não queria olhar o céu, ela estava nem aí para o céu. Mas, como o baralho estava chato demais, ela resolveu ir ver.

  Ela foi até o pátio da casa. Era um pátio enorme. Sentou-se em cima de uma toalhinha vermelha que levou junto e ficou admirando o céu. Estava limpo, cheio de estrelas. Em Blumenau ela não conseguiria ver aquilo.

  De repente, ela sentiu um vento frio. Muito frio. Tão frio que fez ela tremer. Ela achou que estava começando a esfriar, então resolveu sair dali. Pegou sua toalhinha vermelha. Antes de entrar para dentro de casa, ela foi dar mais uma olhadinha no céu. Do nada, apareceu no céu um pontinho mais brilhante que as estrelas. Ele estava ficando cada vez mais brilhante a cada segundo que se passava. Kate inclinou sua cabeça levemente para a esquerda, curiosa.

  O pontinho no céu começou a descer e Kate começou a ficar com medo. Mas ela não conseguia parar de olhar o ponto. Ela sentiu uma forte ventania e uma escada rolante pousou sobre o chão. Logo acima da escada rolante, havia o ponto brilhante, que não era exatamente um ponto, mas sim uma nave completamente redonda, uma esfera. Ao redor dela havia uma espécie de anel eletrônico, que girava. Ninguém de dentro da casa conseguia sentir o vento, muito menos o barulho. Kate ficou apavorada. Uma criatura humanóide desceu da escada rolante. Ela era lilás, tinha olhos estremamente pequenos, uma boca pequena e não tinha nariz. Na verdade, ao invés do nariz, a criatura tinha branquias no pescoço. Ela tinha mãos grandes e pés grandes também. Era pequena, tinha uns 50 centímetros, mais ou menos. Kate não conseguia se mover por causa do pânico. Ela apenas gritou, com as veias saltadas. A criatura se assustou e falou uma língua desconhecida. Era a mistura de russo com inglês, alemão com sueco. Tudo junto.

  Kate gritou por socorro.

  Logo outras criaturas maiores se aproximaram. Eram parecidas com a primeira que apareceu, mas deviam ter 2 metros de altura. Elas cerraram os olhos. Imediatamente a mente de Kate ficou mais pesada. Ela parou de gritar e franziu a sobrancelha. Ela sentiu que o cérebro dela estava dando voltas em sua cabeça. Kate caiu no chão.

  Jamily apareceu, ela era amiga de Kate.

  - Kate? - perguntou ela.

  Jamily observou o corpo de Kate ser levado pelas criaturas, que mudaram a forma do corpo e ficaram com 50 centímetros. Uma daquelas criaturas se aproximou um pouco de Jamily, que estava congelada de medo. "Meu Pai, que porra é essa?! Quem são eles?" perguntava para si mesma a todo o instante. Ela não sabia se podia gritar. Não sabia se iam fazer algo pra ela. Não sabia o que era aquilo.

  Percebendo que Jamily não se movia, a criatura chegou mais perto ainda. A criatura inclinou levemente sua cabeça para os dois lados. Ela colocou o dedo indicador no nariz de Jamily, que sentiu falta de ar e cambaleou e caiu. Jamily foi levada pra nave junto com Kate.

  As criaturas examinaram o corpo daqueles seres e concluíram: eles são inferiores.

  Perceberam que aqueles seres estavam numa evolução muito divagar, estavam arrecém começando. Curiosos, medrosos, fracos. As criaturas na nave poderiam voltar a hora que quisessem naquele planeta estranho. O planeta Terra.

 

A Invasão - Eles Estão Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora