Um Sentimento Estranho

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Quando voltei para meu apartamento, avistei no corredor Ravenia chorando muito
- O que houve?
- É minha irmã... - ela soluça
- Ela está te atormentando novamente? - minha voz fica mais forte
- Não... Algo aconteceu com ela, eu à amo tanto - Ela se rende ao choro
- Já sei o que pode te deixar melhor, vamos a um lugar que vi a três quadras daqui, o nome é... Choco Day eu acho - dou uma pequena risada
- Como adivinhou? Eu AMO chocolate - ela parece animada
- Então vamos!
Fomos andando mesmo, pois não era tão longe, e ainda assim ela bebia muita água, sem soar ou se cansar
- Está com tanta sede assim? - Pergunto assustado
- Ah, é que gosto muito de água, e também é saudável - ela ri
Começo a olhar para Ravenia sem disfarçar, ela olha para mim e ficamos parados por um tempo, quando ela pergunta:
- Quer água? - ela estende a mão com a garrafa
- Não obrigado, tenho um problema de saúde que me impede de beber e comer muitas coisas - Eu invento
- Ok
Não poderia falar de cara o que era, sendo que nem eu sabia o que realmente seria.
Chegamos na Choco Day, e Ravenia se animou como uma criança em uma loja de brinquedos. Comprei alguns doces para ela, e à levei para seu apartamento.
- Muito obrigada, você me ajudou a levantar meu astral, eu só não entendi o porque das pessoas ficarem te olhando tanto com caras assustadas
- Não liga, sempre fizeram isso comigo
- Pois eu acho errado, v-você  é uma pessoa maravilhosa, e também m-muito l-lindo - Ela fica corada, me da um beijo na bochecha e sai correndo pelo corredor, fico feliz por aquilo ter acontecido, mas o que é isto que estou sentindo? Essa sensação de borboletas dentro da barriga, coisa estranha. Vou para meu quarto e fui tomar um banho, desliguei o chuveiro e comecei a me encarar na frente do espelho para saber o que tinha de errado comigo que todos tinham tanto horror

 Vou para meu quarto e fui tomar um banho, desliguei o chuveiro e comecei a me encarar na frente do espelho para saber o que tinha de errado comigo que todos tinham tanto horror

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Não consigo saber o que os outros vêem, vejo um cara normal com sono e sede. Vou até a minha geladeira anormal, pois só havia sangue de todos os tipos, bebi em uma caneca de vidro, lavei a pouca louça que tinha, e fui deitar, com o sol quase aparecendo, mas estou protegido pelas cortinas, olho para o relógio e já são 6:00 horas da manhã, havia um problema, eu não conseguia dormir! Apenas ficava pensando em Ravenia, tentei pensar em outras coisas que me davam prazer para poder dormir, e finalmente consegui. Acordei já às 18:00 horas e sai para procurar emprego primeiro, pois sem dinheiro sem curso de guitarra, os vizinhos começam a me encarar, e a vontade de matá-los só aumenta quando vejo o homem que tocou em minha porta à alguns dias atrás
-Olá vizinho, mal pude me apresentar da última vez, meu nome é Ronald Macgrey - Ele estende a mão para me cumprimentar
- Brandon Morgane - correspondo
- Os outros vizinhos andam comentando que há algo de errado com você, por apenas sair de noite
- Acha que eu ligo? - Dou de ombros
- Bom... Mas me conte o que tanto faz a noite, se pela manhã não sai aí de dentro - Ele me olha malicioso
- Não te interessa! - Meus olhos se enchem de raiva - Com licença
Saio em passos largos pelo corredor, e Ronald rapidamente entra em seu apartamento com um ar de pavor.
- Parece que defecaram em minha cara para me olharem tanto - Fico com mais raiva
- Falando sozinho?
Olho para trás e vejo que é Ravenia
- Oi, você tá bem?
- Tô sim, e você?
- Já estive melhor - Eu suspiro
- O que aconteceu?
- Nada demais, é a vida que está sendo um lixo
-Sei como é... Eu queria que você fosse ao meu apartamento, preciso lhe confessar uma coisa - ela abaixa a cabeça
- Que horas? Que apartamento? E quando?
- Como sei que você não gosta muito de sair de manhã acho que às 20:00 horas está bom, apartamento 566, pode ser hoje mesmo, ainda são 19:00 horas, vou estar esperando - Ela acena com a mão se despedindo
Corro para meu apartamento tomo um banho de 10 minutos, coloco uma roupa que sempre usei, (tenho estilo próprio) dou uma bagunçada no cabelo e olho a hora sendo já 19:45, ligo a TV e assisto a um filme de terror. Olhando a hora novamente, vejo que já posso ir andando, pois está na hora certinha, pego o elevador para o andar de baixo e vou procurando o apartamento de número 566, até que finalmente acho, ansioso para saber que tipo de confissão Ravenia tem a me dizer, bato na porta.

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