The Secret - Primeira temporada

I/Hellena

Se deparar com o amanhã é algo tão esplêndido. Saber que está vivo... E o melhor, que se locomove ao decorrer do tempo.
E lá estava eu de novo chantageando jovens universitários, viciados em droga ou até mesmo... sexo.
Qualquer um faria alguma loucura para dar ao menos uma tragada no cigarro, isso era nomeado tolice;

Viva seus momentos, seja feliz

Minha opinião sobre esse pessoal é bem dura. São babacas, pronto.

— Oque temos em venda hoje senhorita Hellena? Poderia me dizer? — Ao meu lado chegara Julie minha irmã-amiga, como dizíamos. Não tínhamos quaisquer parentesco próximo mas mesmo assim não iria mudar nada.

— Hum, Cigarros e algumas cervejas contrabandeados de outro País — Dei de ombros pegando uma caixinha, assim escondendo dentro de minha lingerie. — Quer algo?

— Temos uma venda extra para a Kiara e o Damon — Comprimiu os lábios e sorriu abertamente. — Vi que eles estavam transando atrás dos armários do vestiário. Consegui gravar o áudio deles falando, você poderia publicar né?

— Isso não tem nada a ver comigo — Fechei os armários e a observei cruzando os braços. — Peça para a Catarina ou o Maison fazer isso, tenho ocupações mais importantes para me preocupar.

A garota ficou pensativa por um tempo e balançou a cabeça rapidamente.

— Não, não dá! Isso tem que ser entre nós duas. Eu não sei mexer em computadores — Todavia, dei um rolar de olhos e assenti.

— Só dessa vez, na próxima pode dar meia volta. E é você que irá entregar a porcaria das drogas hoje — Grunhi começando a andar.

Esses seres humanos não sabem que eu faço algo da minha vida?
Bem, eu nunca faço mesmo!
Dei um surto interiormente e peguei meu celular.

— Hum... Olha, eu hum... Deixo você livre por hum... Três dias.

— Eu, hum... Não quero hum... Valeu, falou.

Nossa amizade estava um caos eterno, pensei que deveríamos estar juntas no mesmo local, na mesma hora. Creio que estava errada sobre meus pensamentos concretos.

— Burra, burra! Hellena sua idiota.

— Oque disse Lena? — Perguntou me olhando.

— Nada demais — Bufei. — Só estou demasiada animada para conseguir ao menos $$600,00 até o show.

— Oh, então tudo bem! — Exclamou. — Tenho que ir, preciso me vingar de uma garota. Logo, logo eu estou no intervalo.

Concordei relutante e subi para o segundo entrar. Quando cheguei lá abri a porta e sentei ao lado de Jenna, a garotinha sabe tudo da sta. Fields, Argh.

— Bom dia classe, hoje iremos estudar sobre fatos sobrenaturais.

— Ninguém se importa — Gritou o namorado da loira, entre aspas claro.

A maioria deu risada, outro ficaram calados e abriram seus livros, no caso eu.

— Se não se importa saia dessa sala e vá fazer algo que preste. Ah eu esqueci, você precisa ter conhecimento antes.

Todos fizeram "Uh" ou "É isso aí Professora."

— Bem... Como sabem a paralisia do sono é sobrenatural para alguns e comuns para outros. Acontece tal fato quando...

A este ponto eu não ouvia mais nada, olhei para a janela e comecei a pensar quantos dólares iriamos faturar hoje.

— Hum...

[…]

O sinal tocou rápido hoje, cinqüenta minutos de aula. Acho que para os professores era uma merda distribuir ensinamentos para nós alunos ou seja, aprendizes.
Abri meu armário e peguei um livro de John Green.

"Quem é você Alasca?"

Tudo bem que eu sou louca de vender coisas para menores de idade, mas e daí? Eu nem ligo.

Fui até a cantina e peguei uma maçã, sentei no banco e comecei a ler. Fora tudo isso que rola ao meu redor sou uma pessoa bem discreta e literária. E quando digo discreta eu expresso "impossível de se notar."

Senti uma segunda presença junto á mim. Era apenas Julie.

— Oque está lendo? — Perguntou dando uma mordida em um kiwi.

— Um livro — Dei sua reposta ironicamente. — John Green querida amiga. — Merda, porque falei querida?

— Legal. Vai poder sair de noite?

— Mesmo sem autorização eu saio então: sim.

— Maison convidou a gente para ir lá! Vai alguns amigos também, disse que um deles é bem tímido. Acho que se chama Marco! Ou é Joe?

— Eu não me importo tá? — Marquei a página da leitura e me virei para a garota. — Você vai, eu fico, assim está perfeito não é?

— Não — Deu um soco no ar beiçuda. — Você nunca faz nada legal, sequer sai de casa. E vende qualquer porcaria sem mesmo ter experimentado na sua vida. Quer ser feliz pelo menos uma vez?

— Eu sou feliz do meu jeito, tem que entender — Amarrei os cabelos e comprimi meus lábios. — Espero que não me arrependa lá, vamos curtir. Que horas?

— Ás 23:30, tudo bem por ti? — Concordei revirando os olhos. — Ótimo, te ligo depois. Cancelaram os próximos períodos.

— Oque? Por- — O diretor saiu gritando literalmente de dentro da cozinha e se atirou no chão.

— ARANHA! TIREM ESSA ARANHA DE MIM!

— Diretor, mas não tem nenhuma aranha. — Emilly se aproximou com o cenho arqueado.

— Por isso!

— Uau... — Peguei meu aparelho móvel e tirei uma foto dando risada. — Que máximo!

[…]

— Mãe, cheguei... — Disse vendo a mesma devorar um sanduiche.

— Oi filha... — Sorriu forçada, e eu retribui de forma sínica.

— Adorei a roupa nova, vem com molho mesmo? — Perguntei pegando o suco na geladeira.

— Desde quando está tão alegrinha?

— Nem eu sei, porque?

—Olha só uma mensagem no meu celular — Pegou seu telefone e sorriu. — Um amigo do seu pai vir aqui com a família daqui uma semana.

— Legal, e daí, eu nem ligo para isso. — Acho que é a segunda vez no mesmo dia que eu falo isso. — Quem vai vir aqui com ele?

— Ele, sua esposa e seus dois filhos.

— Legal, vai cortar cebola.

— Oque foi que você disse?

— Nem eu sei, só deu vontade de dizer —  Ela me olhou confusa e negou rapidamente.

— Você e sua irmã são duas pestinhas que logo vão para num colégio interno, oque seria legal, e silencioso aqui ao mesmo tempo.

— Nossa, muito obrigada — Sentei no balcão — Isso é Maravirrível

— Mara oque?

— Uma mistura de maravilhoso e terrível ao mesmo tempo. Estou sendo irônica mãe.

Eu ainda me pergunto porque moro aqui. Socorro meu Jesus Cristo! Socorro...