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Violet na imagem acima.

Olá, o meu nome é Violet, tenho 19 anos, não tenho muitos amigo;eu sou como as figurantes nos filmes e novelas, é sem dúvida a personagem que me define. Tenho muito boas notas, mas ninguém sabe e prefiro assim, não me chateiam.

Na minha opinião, eu não sou feia, chamo a atenção de alguns rapazes, mas como não sou muito popular é como se não acontecesse. Eu arranjo-me como eu gosto, não me importo com o que dizem ou deixam de dizer, inclusive não me posso queixar porque as pessoas não me notam, então simplesmente é como se a minha presença, ou seja, tudo o que me envolve, inclusive o meu vestuário, não estivesse lá.

Algo que também me caracteriza é que sou muito protetora, apesar de não ter amigos, não gosto de ver ninguém a ser maltratado, qualquer um. Importo-me muito com as pessoas, principalmente as mais velhas, são rabugentas, chatas e parvas por vezes, mas são sempre sábias, para chegarem a rabugentas, chatas e parvas por vezes, tiveram que viver muito e presenciaram muito, merecem todo o nosso respeito, não pena.

Neste momento estou a ir para a escola (universidade), eu gosto de lá, não gosto das pessoas, mas gosto de lá. Estou no autocarro sentada num assento à janela, eu gosto de olhar para as pessoas, pensar que vida elas terão, qual será o 'verdadeiro eu' delas. Os meus fones encontram-se nos meus ouvidos enquanto projetam a música Teen Idle de Marina and The Diamonds.

Chego à escola e faltava 10 minutos para tocar, mesmo assim vou para dentro da sala que o meu horário indicava, simplesmente porque não tinha nada para fazer e ninguém para falar, continuava a ouvir Marina a cantar agora Primadonna, sento-me no fundo da sala ao pé da janela. Dava alguns batuques na mesa com o lápis ao som da música que ouvia. Os meus cadernos estavam abertos e por cima estava o meu caderno de desenho, paro de bater com o lápis e continuo a desenhar, quando o professor entra, arrumo as minhas coisas, deixando apenas o meu caderno e o manual de ciências, assim como o meu estojo em cima da mesa. Todos entram, inclusive o professor, sem dizer nada, provavelmente não perceberam que estava ali.

Entretanto a aula acabou e fui para o pátio, sentei-me ao pé da fonte e pus os fones nos ouvidos, tirando o meu lápis e borracha, assim como o meu caderno de desenho, continuo a desenhar quando sinto um olhar sobre mim, continuo como se não fosse nada, quando vejo que algum ser está a olhar para o meu caderno e a tocar-lhe olho rapidamente para o lado.

'O que estás a fazer?' Pergunto ao rapaz do meu lado.

'A ver, podias esborratar um pouco o nariz dela' Disse ele com um sorriso meigo na cara apontando para o desenho.

'É pessoal, mas obrigada' Disse calma mas séria, o sorriso dele desfez-se e ele engoliu em seco.

'Ahm...Claro... Desculpa... Eu nem pedi, tens razão, a gente vê-se por aí' Ele levantou-se e foi embora, eu encolhi os ombros e continuei o que estava a fazer. Enquanto desenhava comecei a pensar na minha atitude para com o rapaz, eu posso tê-lo afastado, mas é o meu caderno e é tão sagrado como as vacas na Índia, obrigada volte sempre. Eu posso ser um pouco fria, mas mesmo assim sou bem-educada, por isso que não lhe fui à cara. Passado um pouco acabei de desenhar e observei o que havia feito, parecia-me bastante bem, guardei tudo, inclusive os meus fones.

Fui até ao bar da escola e pedi uma garrafa de água com gás, assim que me deram abri-a e comecei a beber o seu conteúdo. Quando acabei de beber, deu o toque e eu fui para a sala, ia ter artes, a única pessoa por quem eu tenho alguma consideração é a minha professora de artes, ela é tão alegre, tão doida, transmite uma energia tão positiva.

Sento-me no meu habitual lugar no meio da sala, retiro os meus materiais e vou ao armário de trabalhos da minha turma e retiro o meu para lhe poder dar continuidade, assim que o faço vou até à minha mesa e termino rapidamente o meu trabalho visto que já havia começado há 1 mês e só faltavam mesmo alguns retoques. Na minha classe, cada aluno tem um tema para explorar, o objetivo do meu trabalho, era explorar a minha ideia sobre o universo, e o humano como um só, e acabou por ficar assim:

New BeginingOnde histórias criam vida. Descubra agora