P.O.V's Mel
Acordei com uma dor de cabeça enorme e em uma cama de casal que eu não fazia idéia de como fui parar mas tudo bem, não tô reclamando.
Me sentei na cama e parei pra pensar.
O quê foi que aconteceu, mesmo?
Ah é. Eu perdi minha irmã, meu namorado me traiu e provalvelmente eu estou perdida...
Selo de aprovado.
Comecei a chorar novamente quando as lembraças voltaram. Eu amava eles, amava minha irmã e o Thomas também, não queria ter perdido eles assim, principalmente o Thomas. Eu me decepcionei. Na verdade ele me decepcionou.
Quer saber... Cansei. Cansei de ser essa menina fraca e dependente dos outros.
Bianca sempre falava que eu era fraca e que precisava amadurecer se não iria morrer logo, claro que ela não falava com essas palavras mas, era o que dava a entender.
E é o que eu vou fazer. Estou decidida e ninguém vai tirar esse pensamento de mim.
Agora só preciso achar meu irmão ou alguém pra me ajudar. De preferência meu irmão.Enxuguei as lágrimas que ainda caiam e me fiz a mesma promessa que Bianca fez: "Nunca mais chorar. Chorar é pra fracos. E você não é fraca."
Ainda me lembro perfeitamente do dia em que ela fez essa promessa, mas isso não vem ao caso agora.Começei a prestar atenção ao quarto em que eu estava.
Tinha uma janela do lado esquerdo da cama onde eu estava e em frente da cama, mais para o lado direito, uma porta estava aberta dando vista a um estreito corredor que parava em uma escada. Ao lado dessa porta encontrava-se um um móvel marrom com quatro gavetas e ao lodo do móvel, uma poltrona que um dia foi branca mas está mais para o cinza agora. Em cima dessa poltrona tinha uma calça jogada que parecia muito com a minha, o que me deixou intrigada. Fitei minhas pernas por um segundo e... Peraí. EU TÔ SEM CALÇAS.Me levantei que nem um furacão mas assim que coloquei meus pés no chão senti uma dor na coxa e lembrei do ferimento causado pela bala.
Aquele desgraçado...
Andei até a poltrina arrastando a perna até e pequei minha calça. Quem via poderia jurar que era um zumbi, porque, imagino eu, minha aparência não deve estar das melhores também.
Terminei de vistir a calça e resolvi sair desse quarto e ver os outros locais da casa. Adentrei o corredor e segui até chegar na ponta da escada. Começei a descer com o pouco de dificuldade devido a perna e no meio do caminho escutei algo vindo de um dos cômodos de baixo. Me assustei e peguei uma madeira que da escada que estava solta. Nunca se sabe. Cheguei no final da escada e na frente tinha uma porta que, imagino eu, ser a estrada.
Segui em frente e cheguei na cozinha onde me deparei com um ser em frente ao fogão esquentando alguma coisa. Eu paralisei. Não sei porque mas eu paralisei. Não consegui dizer um "Oi" ou um "Quem é você?" eu somente fiquei lá encarando as costas do ser com uma tora de madeira em mãos.
Continuei encarando até que ele se virou e me viu, eu arregalei um pouco os olhos mas continuei sem falar nada. Ele parau por poucos segundos mas logo continuou o que estava fazendo e colocou uma panela de feijões em um prato em cima da mesa e se sentou logo se pronunciando:
-Então a bela adormecida acordou?- a voz dele era um pouco grossa para a aparência mas tudo bem. Ele era meio moreno e tinha os olhos verdes também. Pra falar a verdade ele era bonito, "pagável" na língua das meninas. Mas não era tão como o Thomas...
E lá vai a trouxa pensando no seu ex traidor denovo. Parabéns.
- Quem é você, seu pervertido?- só parei pra pensar no que eu disse depois que saiu. Não acredito que eu falei isso. Mas pensando bem é verdade, eu quero mudar e esse já é um bom começo. E além do mais, eu acordei sem as calças... Ele é sim um pervertido.
- obrigado pelo elogio. Meu nome é Leon. E o seu?- ele tomou " pervertido" como elogio? Já to vendo onde isso vao parar.
- Primeiro: isso não foi um elogio. Segundo: não é da sua conta e terceiro: eu tô indo.- falei já me virando pra ir embora, mesmo morrendo de medo por não saber o que me espera lá fora. Acho que os anos de convivência com Bianca me ajudaram um pouco. Até patada eu tô dando. Preciso lembrar de agracer depois. Se é que eu ainda vou vê-la... Mas a esperança é a última que morre.
-Nossa. É assim que você agradesse a pessoa que te ajudou?- ele falou e eu parei. Pensando bem é verdade. Eu não sei onde estaria se não fosse por ele, então resolvi voltar.
- Desculpa... Eu tô meio nervosa e...- eu teria terminado se ele não tivesee me interrompido.
- Eu sei. Imagino como você deve estar se sentindo. E antes que pergunte o porquê de você estar sem calças quando acordou... Bem, foi porque eu precisei tirar pra cuidar do ferimento da sua perna.- ele disse.
Eu não queria, mas resolvi acreditar nele até porque ele parecia estar falando a verdade.
- Tá e.... Obrigada.- eu falei e ele me perguntou se eu queria comer alguma coisa, aí eu falei que não mas meu estômago me denunciou quando escutou a palavra " comida" fazendo minhas bochechas tomarem um to mais avermelhado. Ele me mandou sentar enquanto ele esquentava outra lata de feijões para mim. Me direcionei a mesa e me sentei deixando a tora de madeira em cima da mesma.
Enquanto isso, ficamos conversando e ele me perguntou o que havia acontecido, eu não hesitei em falar e acabei falando tudo. Ele escutava atentamente a minha história e no final ficou com pena, era perceptível em seu olhar.
Bianca sempre me dizia que pena não é um sentimento que ninguém deveria sentir por outro alguém, porque pra ela, era como se a desprezasse e diminuísse, mas eu não via dessa forma. Pra mim pena, era um sentimento bonito pois, demontrava que a pessoa se importava com você e lamentava pelo o que tinha ocorrido.
- Eu sinto muito... Deve ter sido muito difícil pra você.- ela falou colocando os feijões em um prato e me dando, logo sentando na cadeira onde estava e ficando de frente para mim.
- Na verdade ainda está sendo...- eu disse já sentindo as lágrimas voltarem a encher meus olhos. Eu já estava farta disso.
Ele percebeu e levantou dando a volta mesa e vindo me abraçar.
No começo eu não queria aceitar, até porque eu acabei de conhecê-lo, mas ele foi atencioso e carinhoso comigo desdé o começo então resolvi baixar a quarda e me entregar ao abraço e fiquei lá chorando no peito dele. E devo admitir que foi ótimo. Ele acariciava meus cabelos com uma mão, enquanto com a outra dava leves batidas nas minhas costas. Eu não falei nada e ele também não. Ele me entendeu e eu agradeci por isso.
Estava tão bom estar envolvida pelos braços dele e se sentir protegida novamente e devo admitir que eu não queria sair dalí tão cedo. Mas meu desejo foi quebrado assim que ouvi batidas frenetivas na porta e me separei subtamente dele.-Abre a porta arrombado!- ouvi vozes mas estavam abafadas devido a porta.
Leon me olhou assustado por um momento mas logo voltou ao normal.
- aah... Desculpa não ter falado isso antes mas... Eu tenho irmãos. - disse ele cosçando a cabeça e olhando pra baixo.
- Peraí... Irmãos?- Eu não me importava por ele ter irmão mas me essustei por a palavra estar no plural. Mas é sempre bom conhecer pessoas novas, certo?
Errado.
- É eu tenho mais dois irmãos. Somos trigêmeos.- Ok. Por essa eu não esperava.
- Desculpa denovo mas...- lá vem.- qual seu nome mesmo?- Ah é. Esqueci de dizer.
- Melanie. Mas pode me chamar de Mel.- Ficamos nos encarando por um tempo. Achei estranho mas gostei do olhar que ele me lançou.
- EI LEON. QUE DEMORA É ESSA? TA TREPANDO COM UM ZUMBI É?...- Tentei segurar o riso mas foi em vão e escutei risos lá de fora também. Leon só revirou os olhos. Acho que já esta acostumado com essas provocações.
- JÁ VOU IDIOTAS...- Ele gritou para os irmãos.- Vem. Vou lhe apresentar os meus irmãos.
🔫
OIIIIIIIIII...
TCHAAAAAAAUUUUU....
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Save Me/TWD
FanfictionEssas meninas nunca pensaram que sua vida poderia mudar mais do que já havia mudado até então... Mas elas se enganaram. Agora basta saber se essas mudanças são boas ou ruins... Em pleno apocalipse zumbi, Mel, uma menina muito insegura, vive em uma c...