Capítulo 4

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_ Tikki, é hoje! _ eu disse praticamente pulando da cama antes do despertador.

_ É hoje o que, Mari? _ disse Tikki, ainda acordando, esfregando seus pequenos olhinhos.

_ Direi ao Adrien que o amo. E se ele realmente não corresponder, partirei para outra.

_ Legal, Mari. Agora deixa eu dormir. Hoje é sábado, não sei nem porque você colocou esse bendito despertador para tocar. _ disse Tikki, voltando a se enrolar e fechar os olhos.

_ Ora, mas você não vai voltar a dormir mesmo. _ eu disse, pegando minha kwami e jogando para o ar. _ Adrien tem uma sessão fotográfica no parque daqui a pouco, e é pra lá que nós vamos.

_ Mari, eu te conheço, você vai começar a gaguejar, dizer coisas sem sentido e no final vai fugir, como das outras vezes que tentou falar com ele. _ disse a kwami, já aceitando a ideia de que não dormiria mais.

_ Bom, a Marinette, faz isso. Mas não a Ladybug.

_ O que quer dizer com isso, Mari? _ perguntou a kwami arregalando os olhos.

_ Ah, Tikki. A Ladybug vai chegar nele e dizer que o ama. Ele não vai saber que sou eu, então não ficarei com vergonha. E se ele tiver um outro amor, dirá a ela. E ele não vai saber quem eu sou de verdade.

Eu estava muito excitada com essa ideia, mas Tikki não estava achando nem um pouco boa. Mas, é claro que daria certo.

Beijei meus pais e disse que daria uma volta no parque. Assim que cheguei lá, vi Adrien fazendo uma pose num banco.

_ Isso! Isso mesmo! Mais pra esquerda! Perfeito! _ ouvi a voz do fotógrafo ao longe.

_ Sim, sim. É, estamos fazendo a sessão de fotos que me pediu aqui no parque. _ dizia Gabriel Agreste ao telefone _ Ah, não acredito. Espere um pouco, já te ligo.

O fotógrafo chegou mais perto de Gabriel e disse que já havia terminado as fotos.

_Ah, sim. Muito obrigado. Aqui está seu cheque. _ disse Gabriel entregando um cheque ao fotógrafo.

O fotógrafo pegou seu equipamento, colocou em sua van e foi embora. Gabriel sacou o celular e discou, antes mesmo de falar com Adrien.

_ Então, já acabamos aqui. O que tem de tão importante para me dizer. _ ele continuou sua conversa no telefone.

Adrien estava sentado no banco, cabisbaixo, esperando o pai terminar de falar ao telefone.

_ Leve Adrien para casa. _ Gabriel disse a uma mulher que tinha vindo com eles, tampando o telefone.

Gabriel continuou ao telefone e entrou em um carro preto estacionado perto da entrada do parque. Acenou para Adrien e se foi.

_ Vamos, Adrien. _ disse a mulher se aproximando dele.

_ Não, Nath. Eu prefiro ficar mais um pouco aqui, preciso pensar.

_ Seu pai me mandou te levar para casa. Ele não vai gostar disso.

_ Por favor, Nath. Depois eu volto. Não conte nada a ele.

_ Tudo bem, me convenceu, você não está com uma carinha feliz. Mas volte logo para casa.

Ela também se foi e Adrien ficou ali no banco, cabisbaixo.

_ É a nossa deixa, Tikki. _ disse eu, abrindo a bolsa para Tikki aparecer.

_ Tem certeza disso, Mari? _ ela me perguntou.

_ Sim. É o que eu quero há muito tempo. _ eu respondi.

Estávamos atrás de uma moita enorme que havia no parque, e atrás de nós, apenas passava o rio. Então, vendo que não havia ninguém, me transformei em Ladybug. Fui andando em direção ao banco em que Adrien estava e quando ele me percebeu, arregalou os olhos.

_ Oi, Adrien. _ eu disse quando estava chegando perto dele. _ Posso me sentar?

Ele não respondeu, apenas chegou para o lado me dando lugar. E sua cara continuava assustada. Eu estava feliz por não ter gaguejado, deu certo.

_ Meu nome é Ladybug. Muito prazer. _ eu disse, esticando a mão.

_ Er... Eu... Eu sou o Adri... Adrien... Oi. _ era ele quem estava gaguejando agora, risos.

_ Vejo que não está muito bem. O que houve? Pode conversar comigo. Me considere sua amiga.

_ Ah, meu pai, e isso tudo de vida de modelo. Mas não se preocupe, eu estou bem.

Essa hora ele já estava menos incomodado com minha presença.

_ Espera, por que a Ladybug está falando com um garoto normal e nada heróico como eu? _ ele continuou, um pouco mais nervoso nessa hora, eu não sabia porque.

_ Bom Adrien, é... Nem sei bem por onde começar... O que eu gostaria de dizer é que eu te amo. Eu sempre te amei. Venho te observando há algum tempo e tive que dizer. _ eu disse, um pouco rápido demais por conta do nervosismo.

Ele gaguejou e disse que não sabia o que dizer.

_ Apenas me diga se seu coração pertence a alguém.

Ele ficou em silêncio por um tempo, sem responder e depois disse:

_ Venha, quero te mostrar uma coisa.

Pegou em minha mão e me puxou pela rua afora.

...

É isso pessoal!!!! Estou gostando muito da participação de vocês na minha história. Muito obrigada por essa repercussão que está tendo. Peço para que não esqueçam de deixar suas estrelinhas e sugestões, pois estou ficando sem ideias.

Meu Gato PretoOnde histórias criam vida. Descubra agora