Um Estranho Na Minha Porta

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"Eai Rosinha" — Eu estava na cobertura do prédio onde tinha um pequeno jardim, estava tomando um chá e escutando minha música. Nem percebi que o Jonah tinha chegado—
"Joh? O que faz aqui em cima?"
"Ah, só estava procurando por você, ia te chamar para ver um filme ou algo do tipo" –ele sentou ao meu lado, tirei meu fone de ouvido até porque não dá para escuta-lo enquanto se ouve música– “Você tá bem?”
“Estou sim, só sinto falta de casa sabe... Quer chá?”
“Não obrigado, amanhã vai ter uma festinha na casa de um amigo meu, quer ir?” – só esse deus grego pra me fazer sair de casa–
“Claro, vai ser legal” – Ficamos lá em cima há um tempão, apenas curtindo a presença do outro. Depois descemos e cada um foi para sua casa, ele tinha coisas para fazer e eu também.

Já fazia duas semana que me mudei para Londres, estava tudo tão diferente, arrumei um emprego numa loja de discos de vinil perto de casa, estava me sentindo bem confortável em Londres e não queria ir embora tão cedo de lá. Eu conversava com o Jonah todos os dias, desde que me mudei não nos desgrudavámos, também conversava com Hannah pelo Skype, para matar a saudade.
   Hoje o dia foi inteiramente chuvoso. Não fez sol uma vez só, e além do mais acabou a energia duas vezes. Já era noite, eu estava em casa preparando um chá e fazendo pipoca para assistir um filme. Jonah não estava em casa, ele saiu com alguns amigos, até me chamou para ir só que eu prefiro ficar em casa; ainda estava chovendo, e bem forte, meu celular estava sem sinal e a internet não pegava, ou seja, eu estava totalmente isolada do mundo.
      Terminando de fazer o chá e a pipoca, fui direto para sala e dei play no filme, e bem quando fui sentar no sofá, ouvi a campainha tocar. Quem será que pode ser? Não pedi pizza nem nada. Fui direto à porta, quando eu abri vi que era um homem alto, cabelo meio claro e de olhos verdes, ele era tão lindo, confesso que me derreti toda, ele estava todo molhado por causa da chuva.

“Hãm... Oi, meu nome é Dylan, será que eu poderia usar seu telefone? Meu carro morreu, e meu celular está sem bateria, poderia me ajudar?” – ele estava tão tímido, que eu não pude recusar essa ajuda. Pedi para que entrasse, lhe dei uma toalha e o guiei até o telefone– “Precisa de mais alguma coisa? Eu fiz chá, aceita?”
“Sim, por favor ” – ele começou a digitar os números, fui à cozinha e peguei chá e levei até ele, não queria atrapalha-lo então esperei no sofá. Fiquei tão desligada que nem percebi que ele tinha terminado a ligação.
“Obrigado por me deixar usar seu telefone, eu posso esperar o guincho aqui?”
“ Ah, claro pode sim, se você quiser posso te dar uma carona até sua casa”...Okay talvez eu esteja sendo simpática demais, aliás ele é um estranho, não devia estar falando com estranhos...  “Então... você mora por aqui?” – Ele sentou em um dos sofás enquanto tomava seu chá–
“Eu moro num bairro depois da loja de discos”
“Sério? Eu trabalho lá faz uma semana...” – Ele parecia prestar atenção em cada palavra minha, e caralho que olhos são esses– “Me mudei para cá faz pouco tempo”

Gostei do seu apartamento, é bem aconchegante” – ele sorriu e eu só faltava morrer – “Então... que filme estava assistindo?”
“Bem, eu estava vendo Senhor dos Anéis, quer assistir?”
“Claro que eu quero, eu amo Senhor dos Anéis” – Nós assistimos o filme até o guincho chegar, antes dele ir embora ele me passou seu número,seu Facebook e Instagram. Isso foi tão inesperado, ele disse que qualquer dia iria me visitar na loja de discos e marcar um dia para sairmos. Más galãs à parte, eu tenho que ir descansar até porque amanhã vai ter a maldita festa do amigo do Jonah.

× Continua....

Pink Hair [EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora