Discutir o mundo atual gera muito debate, têm-se muitas opiniões e uma imensa diversidade de pensamentos. Dizer que tudo mudou é certo, dizer que nada restou já é incerto. Do pouco que se vê de antes, se aprecia como se fora raro.
Relicário aquele que mantém em si tradições ou crenças antigas, alguns costumes que fazem falta no povo atual. Mundo esse que jorra sangue, como se fosse uma torneira quebrada. Mundo esse que se desfaz do verdadeiro, propagando o desespero a quem busca mais que farsa.
Princípios fundamentais, perdidos e esquecidos numa atualidade cercada de compras e vendas, de trocas e downloads, curtidas e seguidores. Banalizou-se o fundamental, se coroou bom o que não é imortal, muito menos leal, mas sim, verdadeiramente banal!
Perdeu-se em meio ao caos propagado como doença. Doente essa sociedade que acredita mais na mídia, do que na vida. Doente essa que se faz vítima, sem chegar a sofrer. Doentio sentimento de estar certo, acima de tudo e todos. Doentio povo que se faz individual.
Anda em bando, mas na banda que toca junto, some quando tem show grande. Show grande que na vida é chamado de problemas, dificuldades e empecilhos do caminho, vindos com muitos propósitos, dentre esses, desmascarar, fazer encarar quem é leal, quem é pelo real. Real esse moeda, moeda brasileira que vale mais que a vida.
Estatísticas mostram a sociedade. Porque não passa de um número, dados transformados em informações privilegiadas para os grandes pequenos poderosos, que podem comandar, sem ao povo sequer perguntar.
Apesar de ser mundo de diversos e diversidade, diferentes a cada canto, em tudo o que se vê, consegue ainda julgar anormal, quando um diferencial chega na roda. Se um relacionamento tem confiança e abertura, se julga ser fraco, instabilizado, olhado de um jeito ruim. Não se pode no outro confiar? São qualidades tão esquecidas, que se tornam novidade para quem vê.
A mesa de estranhos
Sentei-me longe de minha namorada
Nos olharam estranho
Ouvi cochichos e insinuações
Me perguntaram o que havia de errado
Senti necessidade de filosofar
Senti necessidade de abrir a roda e discutir
Não a briga, tal essa mais buscada
Mas conversa com diferentes visões
Respondi que estava tudo bem
Me olharam com descrença
Como se fosse jogo, e eu blefasse
Como se esse pouco, muito causasse
Disse que havia cumplicidade e lealdade
Certa distância não anularia, que dirá insinuaria
Era apenas por querer, cada um com seu qual
Os dois, ainda juntos no mesmo local
Tentei dizer que éramos juntos
Mas cada um com seu individual
Um com gosto assim, outro com gosto tal
E nem por isso, algum se sentiria mal
Estávamos com amigos, parceiros
Eram todos aliança, cumplicidade
Não havia porque negar distância
Poderiam os dois, juntos se afastar
Apenas por querer se enturmar
Não precisava de bolha a dois
Estavam entre amigos
E entre amigos, juntos permaneciam
Dentro um do outro, entre si
Liberdade com maturidade adquirida
Vantagem de quem divide a vida
Se assustam quando veem que ainda há verdade, que ainda existem sinceridades e vez ou outra, lealdade. Mas fogem muitas das vezes, exatamente por não conhecerem, por terem repudiado por tanto tempo, dizendo ser lenda, foge quando se encontra cara a cara.
Mas quando duas verdades se esbarram, conseguem crescer e florescer um no outro, juntos numa perfeita sintonia, que somente a vontade e o sentimento levam a diante, no mesmo instante em que muitos acabariam. Seguem firmes, como os antigos diziam.
Comprometimento e lealdade
Com duas palavras conto história
Faço rima, faço prosa, faço poesia
Junto tudo, misturo e boto pra fora
Visto caneta, tiro palavra, rabisco tinta
Fundamentais são elas na vida
Relacionamento entre pessoas, parceiros
Laços que se quer para a vida
Testa limites e traz a verdade
Perdidos num mundo de interesse
Perdidos num mundo de troca
Perdidos num mundo infame
Perdidos num mundo sem sentido
Duas coisas jogadas fora
Duas coisas vistas como sobra
Desnecessárias e antiquadas, inexistentes
Ficaram no século passado
Deplorável humanidade que as rejeita
Que prefere interesses ruins, trocas ruins
Que prefere trocar e trocar, passando sem parar
De um em um, de um pro outro, sem pensar
Triste atual realidade sem amor
Triste sociedade de rancor
Triste povo não mais sonhador
Triste humanidade que só provoca dor...
Triste esse povo que não acredita que existe verdade, repudia qualquer tipo de empatia, e procura equidade, quando ao mesmo tempo, se exclui a igualdade. Se contradizendo em seus valores reais, que intrínseco se fazem banais, por crerem numa realidade inventada.
Mas num mundo de pessoas vazias, desconfiança e mentira, se faz presente a discórdia, violência e coisa ruim. Tudo de bom que se tinha, vira lixo que não serve nem para reciclar. Se banaliza com tal rapidez, assustadora.
Sobretudo, algo que busca uma forma de mostrar que dá certo, que transforma e ajuda. É esse o verde que ainda se manifesta, se faz forte e imutável. Esse verde se mistura num vermelho vivo que prevalece. Vermelho esse que tem poder, força e faz renascer. É dele que a humanidade precisa para se salvar. E é ele o único com poder incalculável de transformar: é ele, o amor!
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O poder da simplicidade
PoetryA magia escondida por trás do simples e pequeno do dia a dia, da vida! Transformados em poesias e textos para expor lados, costumes, coisas, sentimentos e ações que já foram esquecidos ou estão em falta no mercado da vida.