Capítulo Único: Under The Lights Tonight

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Louis estava sentado no sofá cinza de sua sala, vasculhando a situação do Donny na League One, que por sinal estava péssima. Não entendia como a porra do seu time se encontrava em vigésimo primeiro lugar na classificação e nenhum de seus amigos havia lhe dito aquilo. Não é como se não soubessem que Louis está se esforçando bastante para conseguir uma promoção no trabalho e assim poder pagar pela sua pós graduação.

Tomlinson estava mais que estressado. Não via outra coisa senão infinitas planilhas orçamentárias da empresa onde trabalha. Isso fez com que ficasse com uma temporada inteira de Game Of Thrones atrasada, o que significa que ele havia bloqueado
metade de seu twitter a fim de não receber spoilers, e claramente não funcionou.

O rapaz de olhos azuis sabia que ficar sentado e pensar nas merdas que estavam acontecendo não resolveria nada, só que ele não ligava. Louis decidiu comer alguma coisa mas, seu estoque de pizzas e lasanhas pré-prontas em sua geladeira estava esgotado. Tomlinson bufou irritado, movendo-se pela minúscula cozinha com raiva, acabou chutando o mindinho no pé de madeira da mesa. Ao praguejar e insultar inutilmente o pobre objeto, bateu a testa na porta do armário que abriu com o impacto deixando cair um pacote de uvas-passas no chão. Louis comeu-as no sofá, com uma bolsa de gel sendo pressionada na testa e um pano de
pratos envolvendo cubos de gelo no mindinho. Louis não tinha duas bolsas de gel.

Após acabar o pacotes das pequenas frutinhas secas, Tomlinson resolveu que queria sair, ainda tinha fome e queria beber (de preferência algo com teor alcoólico alto). Louis ligou para Zayn, não foi atendido, ligou mais de uma vez e não obteve resposta. Então, resolveu sair sozinho, sabia que Eleanor tinha colocado seu nome na bendita lista da boate onde aconteceria a festa do calouros.

Eleanor é uma velha amiga de Louis. E apesar de seus amigos odiarem a garota, Louis gosta dela. Eles faziam faculdade de administração juntos, mas depois de formada, ela decidiu que queria fazer música, e lá estava, caloura em música depois de dois anos de formada.

Tomlinson vestiu um jeans que encontrou no quarto, uma camisa preta e uma jaqueta que cheirava ao Ralph Lauren de Stan (como ele não pode pagar por coisas caras, sempre herda ou simplesmente furta as coisas dos amigos.) Louis saiu do apartamento com seu celular e sua carteira contendo pouco mais que 50 libras.

Lembrou-se que não tinha trancado a porta quando chegou no térreo, nem fodendo vou subir quatro andares de escada pra trancar uma porta, pensou. Deixou o prédio pedindo a Deus que ninguém entrasse em sua casa. Não que encontrariam algo de valor, afinal, Louis não tinha dinheiro e o seu celular, que nem é tão bom assim, estava com ele. Talvez fosse idiota da parte de um adulto preferir confiar que ninguém iria ao seu apartamento enquanto ele iria seguir ao local da confraternização para ficar bêbado e esquecer dos problemas.

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Louis estava dançando em meio a caras suados sem camisa e cheirando a Hugo Boss e meninas em seus tops cropped e sainhas mini, que quando faziam passinhos sincronizados berravam "twinzies". Alguma música eletrônica soava alta e vibrava as paredes ao redor da pista de dança do clube.

Louis já tinha bebido uns três copos de vodca com gelo e limonada, dançado umas dez músicas, algumas conhecidas, outras não. Depois do fim de um remix de alguma música pop que bombava na rádio, Louis decidiu comer algo, seguiu até o bar e pediu uma Heineken. Elogiou os olhos do barman e seu cabelo colorido, ganhou uma cestinha de nachos.

Enquanto alternava mergulhar os nachos em guacamole e cheddar derretido, Louis observou um garoto sentar-se ao seu lado, numa banqueta vaga. Seus cachos caindo levemente molhados sobre sua testa e a camisa xadrez vermelha e preta dobrada até os cotovelos deixando algumas tatuagens estranhas à mostra lhe davam um ar de rebeldia. Segundos depois, um cara também tatuado aproximou-se do cacheado, colocando a mão em sua cintura e tentando puxá-lo para um beijo. Tomlinson não queria interferir, afinal, era isso que acontecia em boates, mas, o menino parecia bem incomodado, então, o de olhos azuis levantou e tocou no ombro do cara tatuado.

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