Capítulo 04.

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          Mary

Desci para o jantar junto com todos e um prato de salada foi posto a minha frente junto com um copo de suco. Peguei o garfo pegando um pouco da alface e Henry me ofereceu um pouco do seu frango o qual aceitei.

O jantar foi tranquilo e sem muita conversa. Francis ainda tentou emendar alguma conversa de trabalho com Henry que desviou o assunto.

- Então, o que exatamente sua empresa faz? - Ana perguntou enquanto caminhávamos pelo grande jardim.

- De tudo um pouco, temos investimentos em quase todas as áreas.

- É por que não fazem negócios com as empresas Byers? - Perguntou curiosa e olhei para ela balançando a cabeça.

- Porque eu não estou interessado, nesse ramo a coisas que valem a pena investir e outras que não. - Explicou colocando as mãos nos bolsos.

- Como uma empresa de importações e exportações não seria um bom investimento?

- Quando você já tem a sua. - Respondeu entediado e Ana se calou assentindo.

- Vou tomar um banho, nos vemos depois. - Disse voltando para a casa e olhei para ele.

- Ela gosta muito do Francis, ele ajuda muito a família dela por isso ela defende os interesses dele. - Justifiquei.

- Eu entendo, mas não irei investir em uma empresa para agradar a amiga da minha "namorada" de dois meses. - Afirmou com um sorriso torto.

- Não pediria isso. - Sorri.

- Então Mary, agora que ninguém pode nos ouvir, me fale um pouco mais sobre você. - Pediu indicando o banco a nossa frente.

- Bem, tenho vinte e quatro anos, sou de New Jersey, mas me mudei para Nova Iorque depois... Depois do meu casamento fracassado, queria recomeçar em algum lugar e essa me pareceu uma ótima ideia.

- Como o conheceu?

- Escola. - Sorri. - Começamos a namorar no segundo anos, mas eu era a doida que queria se casar aos vinte e um, talvez nem eu estivesse realmente pronta. - Afirmei.

- Eu faço vinte e oito em algumas semanas e não estou pronto, você não é a única. - Balançou a cabeça olhando para o pequeno lago.

- Como foi parar nos classificados? - Perguntei curiosa sentando de frente para ele com as pernas cruzadas no banco.

- É uma historia engraçada até... Meu ex-caso fez aquilo. - Suspirou.

- Ex-caso? - Perguntei divertida.

- Foram algumas noites e quando eu não liguei mais, não apareci e não atendi ao telefone ela se vingou.

- Divulgando você nos classificados. - Conclui.

- É... Meu assistente demorou cinco horas para conseguir tirar de lá, não imagina as ligações e fotos traumatizantes que recebi.

- Mas você resolveu me ajudar...

- Eu disse, é algo útil para nós dois.

- Ei! Nós vamos assistir alguns filmes, vocês vêm? - Nanda perguntou.

- Acho que vou deitar. - Henry murmurou e assenti.

- Não obrigada, vamos deitar já. - Gritei e a mesma assentiu acenando.

Voltamos para casa em silêncio e subimos direto para o quarto. Henry entrou no banheiro e peguei meu pijama na mala. Retirei o short e a regata que usava colocando o pijama e me sentei na cama prendendo o cabelo.

- Eu vou ficar com o sofá. - Henry avisou saindo do banheiro e secou o rosto na toalha.

- É confortável? - Perguntei virando-me para ele.

- Para um sofá... Sim. - Sorriu pegando um travesseiro.

- Tudo bem então, vou deixar você se trocar. - Disse entrando no banheiro. Olhei para o espelho suspirando e peguei minha escova e a pasta.

Depois de escovar os dentes permaneci mais alguns minutos encostada a pia até sair do banheiro.

Henry estava deitado no sofá com uma parte do peito descoberta e de olhos fechados. Suspirei me sentando na cama e programei o despertador antes de deitar. Deu alguns socos no travesseiro antes de deitar e me cobri virando de costas para o sofá.

- Boa noite. - Murmurei olhando de canto e o mesmo suspirou sem dizer nada. Fechei os olhos abraçada ao travesseiro e a voz de Henry ecoou pelo quarto quase em um sussurro.

- Boa noite Mary.

The Wedding. (Degustação).Onde histórias criam vida. Descubra agora