A outra face!

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Acredite em ti!

Momento dos meus amigos

Apreciem um pouco desse encanto.


Vieste, viste e venceste...

Vieste, viste e venceste.

Assim, tal qual uma legião romana a conquistar territórios, a derrubar muralhas a destruir castelos e a extenuar combatentes. Tu vieste. Chegaste com a força de quem sabe que vai vencer. Trouxeste a pujança, de quem quer, contra a renitência, de quem não quer. E eu não queria. Escondera-me atrás de uma muralha, erguida com os resquícios da mágoa e com os restos da desilusão. Erga um muro alto, que compactara de razão e reforçara de fundamentos, as suas fundações. Construíra uma fortaleza de gelo e indiferença, estrategicamente colocada no centro do coração e no íntimo da alma. Tu viste com o olhar de quem observa. Observaste com o ver de quem repara. Reparaste com o examinar de quem espia.

Ouviste as palavras, sem as escutar e viste, sem olhar, aquilo que não era visível. Descortinaste que a minha muralha insensível só poderia ser derrubada, não com a arte de lutar mas com a destreza de saber esperar. Percebeste que terias de conhecer-me como te conhecias. Cercaste-me, deixando-me uma saída, para que eu não resistisse em desespero. Percebeste que eu, na minha defesa, embora pudesse ser invencível, jamais seria um vencedor. Soubeste atacar, mostrando que a força de quem ataca, é sempre maior do que a de quem defende. E venceste. Ganhaste ao compreender que o objectivo da minha guerra era ter paz.

Etelvina Lopes


Não vou ser pai! (versão original Vou ser pai?).

Estava na sala de espera... Dizia para mim... Eu não quero ser pai... Eu não quero ser pai... Uma criança aproximou-se de mim e sorriu...

Comecei a aperceber-me que estava a ser egoísta e que não poderia pôr em causa a vida de dois seres. Como também daquela pessoa que em algum momento foi importante para mim! São vidas humanas...

Pensei eu... Levantei-me, corri para a porta do bloco operatório, preparado para parar a cirurgia, mas Fui impedido de entrar! Lágrimas vieram dos olhos, senti que já não poderia fazer nada. Tentei falar com o médico, Mas sem sucesso...

Pensei naquilo que iria perder...

E se não voltasse a ter esta oportunidade?

-Na minha cabeça passaram muitas questões e naquele exacto momento decidi sair, acreditar na realidade que estava a ser demasiado dura para mim...

Depois de algum tempo soube por amigos em comuns que ela não tinha feito o aborto. Os médicos observaram-na e viram que iria ser muito arriscado e acabaria por colocar a mãe em perigo. Ela decidiu não me contar... Apercebi-me que ela deixaria de ter confiança em mim... Tentei procura-la... Nunca mais obtive resposta... Ela tinha desaparecido no mundo... E eu nunca viria a conhecer as minhas filhas.

Kitty.


O ideal!

O ideal era não haver fome, O ideal era não haver guerra Mas posso ser egoísta? O que mais queria era poder estar contigo, sem esconder a nossa paixão... poder estar na luz do dia, Gritar bem alto que estamos juntos, não existir a sombra das diferenças e da distância física. Detesto este medo que sinto...

Acho que me está a corroer por dentro...

Não gosto de viver a minha vida assim... Quem falou que amar não é fácil... Estava certo! Amor, quero estar contigo, acordar contigo, poder te beijar quando estou contigo e não ter que fingir que mal te conheço... Amor larga essas sombras que te atormentam e fica só comigo... Vou ser sincera que só assim é que poderei ser tua e tu meu... Eu quero mudar a minha vida... E tu? Sinto que precisamos os dois de mudar de rumo... Aqui ou em qualquer canto do mundo... Será que o destino nos uniu para que mudemos a vida um do outro?

Dar- te a conhecer, que eu também me darei... E assim veremos se somos destinados um ao outro.

Kitty


Reflexão.

Levamos tanto tempo para perceber o que realmente precisamos, quando a verdade está debaixo dos nossos olhos

Passamos uma vida inteira rejeitando quem nós somos e fugindo de nós próprios. De olhos vendados acreditamos em lobos disfarçados e tudo o que eles oferecem aceitamos...

Acorrentados por ilusões não percebemos que estamos a ser dominados pelos nossos próprios caprichos e vaidades que são coisas completamente momentâneas e passageiras...

Já não vemos, ouvimos ou falamos por vontade própria, somos meros escravos do pecado e a nossa carne cega se alegra pois sente prazer e procura sempre por mais...

Experimentamos uma liberdade disfarçada e não somos capazes de enxergar o abismo em que nos colocamos...

Somos mais indefesos que crianças que crianças abandonadas a própria sorte...

Ah Pai Eterno!

Se o mundo realmente te conhecesse...!

Se realmente te amassemos...

Não agiríamos como tolos...

E perceberíamos que o que é eterno vem de ti e é seguro e infalível.

Molda - nos antes que sejamos consumidos.

Marina Paulo

Acredite em Ti.Onde histórias criam vida. Descubra agora