Cap. 1

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Eu disse que iria postar um hoje, só não disse que horas. Mas aqui está o primeiro, espero que gostem, votem na historia e comentem(desculpem os possíveis erros).
Obrigada. XXX

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Meus passos eram apressados, eu corria tanto que me sentia até sem folego, mas eu tinha que chegar lá o mais rápido possível, eu tinha que saber como ele está, queria poder ajudar de alguma forma, queria estar ao lado dele, não me esquecia do sms que havia recebido escrito “Louis passou mal hoje no treino da escola e o levaram para o hospital, eu não sei o que ele tem, mas parece que é sério.” Quem havia me enviado essa mensagem era uma amiga chamada Eleanor, eles dois estudavam juntos, às vezes eu desconfiava se tinha algo entre eles, mas isso não vinha ao caso agora.
Chego ao hospital quase sem folego e consigo ver Els (era assim que a chamávamos) sentada na sala de espera, parecia nervosa.
- O que houve? – Pergunto me aproximando dela.
- Eu não sei, ele disse que não estava bem, quase desmaiou. – Disse ela olhando para o relógio. – Faz um tempo que estou aqui e nenhuma noticia, tenho que ir para minha aula de piano.
- Se quiser posso ficar aqui até a família dele chegar. – Digo me sentando, na verdade mesmo se a família dele chegar eu não iria querer ir embora.
- Esta bem, qualquer coisa mando noticias. – Eleanor se levanta e sai andando, olho para o relógio, eram 12h 45min, eu sentia fome, mas não iria sair dali nem ferrando.
Alguns minutos se passaram e vejo alguém caminhando em minha direção, era um médico, me levanto e vou até ele.
- Eu sou o acompanhante do Louis Tomlinson, eu queria ter noticias dele, por favor. – Peço para o médico o fitando.
- Eu vinha falar sobre ele, e bem ele esta melhor e pode receber uma visita rápida. – Diz ele olhando uns papéis. – Você é parente dele?
- Na verdade não. – Respondo um pouco mais calmo. – Sou amigo, mas a família dele logo virá, posso vê-lo? – Eu queria vê-lo nem que fosse por um minuto.
O Doutor fica pensativo por alguns minutos.
- Olha na verdade era melhor um familiar o ver, mas você parece estar bem preocupado então vou te deixar entrar por alguns poucos minutos, ok? – O Doutor pede para segui-lo até a sala onde ele estava e abre a porta para eu entrar. – Só por alguns minutos.
Ao entrar o vejo sentado na cama, com uma agulha de soro no braço enquanto olhava para janela pensativo, aquela visão me doeu, me aproximo um pouco, não queria assusta-lo.
- Oi. – Digo o olhando, ele vira o rosto e me vê, logo sorri, correspondi ao seu sorriso, que bom que ele não havia perdido aquele lindo sorriso.
- Não vai se aproximar? De acordo com os médicos eu não tenho nada contagioso. – Louis ri.
Me aproximo sentando ao lado dele, não perdia aquele humor por nada.
- Como você esta? Sente alguma dor? – Fito aqueles olhos azuis como o oceano, apesar de ainda serem lindos tinha algo estranho neles, como se estivessem mais tristes. - Fiquei preocupado.
- Sabe às vezes você parece a minha mãe. - Diz ele fazendo careta. – Eu estou bem. – Ele volta a olhar para a janela como se quisesse esconder algo.
- Louis Tomlinson. – Digo virando o rosto dele para mim. – Não minta para sua mãe. – Digo em tom de brincadeira. – Mas eu tenho medo que aconteça algo contigo, você é meu melhor amigo... O que eu faria sem você? – O abraço forte, ele parecia surpreso, mas corresponde ao abraço, na verdade o que eu sentia por ele era mais do que uma grande amizade, há tempos venho esperando o momento certo para dizer o que sinto a ele e acho que agora seria um bom momento.
- Desculpe interromper, mas acho melhor o deixar descansar. – Diz o médico abrindo a porta e esperando eu sair. – Louis sua família já chegou logo poderá ver eles. - Sorri o médico.
- Se cuida tá?- Bagunço seu cabelo e me levanto saindo da sala, lá fora pude ver a mãe de Louis que parecia aflita.
- Como ele está? – Pergunta ela ao me ver.
- Esta bem, falei um pouco com ele. – Tento a acalmar, quando vejo o médico vindo em nossa direção.
- Bem.. poderiam vir a minha sala? – Ele parecia sério. - Queria falar em particular com vocês.
- Claro. – Responde Johanna, mãe de Louis. Antes que ela fosse a puxo pela blusa.
- Eu sei que não sou da família. – Digo sem graça me sentia uma intrometido. – Mas posso ir com vocês?
Ela sorri. – Claro, Harry você é o melhor amigo do meu filho, já se considere da família. – Ela me abraça, ambos estávamos nervosos, não sabíamos o que teríamos que enfrentar daqui para frente.
Já na sala do Doutor, todos nos sentamos em uma grande mesa, na verdade aquela não parecia uma sala comum e sim a sala que eles usavam para reuniões, aquilo parecia ser sério.
- Boa tarde. – Começa a falar o médico. – Meu nome é Liam e acho que de hoje em diante serei o médico do seu filho. – Diz ele olhando alguns papéis. – Eu sei que isso é difícil para toda família, mas depois de fazermos alguns exames em seu filho podemos constatar que ele esta com degeneração espinocerebelar.
- E o que isso quer dizer? – Pergunta Johanna aflita
- Bem, isso quer dizer... Como posso dizer. - O médico parecia sem jeito.- O cerebelo do seu filho esta se destruindo aos poucos, hoje ele é uma pessoa normal mas daqui um tempo ele vai parar de andar, falar, comer... Até que o pior venha acontecer.
- Mas não podemos fazer nada? – Os olhos de Jay se enchem de lágrimas, na verdade todos nós estávamos sem chão naquele momento, nem o médico era capaz de disfarçar sua aflição.
- Podemos tentar retardar, mas acho melhor estarem preparados para o pior. – Responde Liam, suas palavras eram firmes, apesar dele estar sentindo o mesmo que a família nesse momento, ele era um médico, já sabia lidar com essas situações.
O silencio invade a sala, ninguém sabia o que dizer, até que Jay abraça seu marido e começa a chorar incontrolavelmente, o médico se levanta e vai pegar uma agua para ela. Eu não sabia o que fazer, nem chorar eu conseguia, eu só devia estar sonhando... O que será daqui para frente?
Durante todo o tempo me mantive sentado no canto da sala de espera, aquela reunião havia sido um banho de agua fria em todos nós, Johanna ficava andando de um lado para o outro, tentando ensaiar um jeito para dizer a Louis o que estava acontecendo, eu queria chorar e me juntar à família nesse momento de dor... Mas eu não conseguia, era como se não tivesse caído à ficha para mim, eu queria entrar naquele quarto de hospital e ver ele do mesmo jeito de sempre, alegre e que isso não passasse de uma grande mentira, daqui para frente seria tudo diferente, aos poucos eu teria que ver a pessoa que amo parando de falar, de andar, eu não iria mais ouvir aquela doce voz... Até que chegaria o dia que eu teria que dar um ultima adeus e nunca mais vê-lo, será que eu estava preparado para isso?
-Ele parece calmo, acho melhor você ir contar para ele. – Diz o médico para a mãe dele, ela olha para o marido como se estivesse suplicando para não ter que fazer isso, mas era o melhor para seu filho, saber pelos pais o que estava acontecendo.
Me levanto e vou até eles, queria entrar lá e ficar ao lado dele quando recebesse a noticia, mesmo se eu estivesse mais perdido que todo mundo ali.
- Querido... Eu sei que é difícil te pedir isso, mas posso pedir para ficar aqui em fora esperando? – Jay coloca as mãos em meus ombros e me abraça. – Preciso de um tempo sozinha com meu filho.
Eu queria ir, mas tive que concordar com ela, afinal era a mãe dele e ela ainda não ainda o tinha visto, volto a me sentar na sala de espera e fixo meus olhos no relógio, de agora em diante aqueles ponteiros seriam meus inimigos, a cada minuto, a cada segundo, eu saberia que estaria mais perto de ver Lou partir, queria ter o poder de parar o tempo... Se eu pudesse fazer isso, eu faria você ficar.

Então Fica - L.S(adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora