The Stars • Jjk × Pjm

First Star

A primeira estrela era linda, de cabelos dourados como o ouro e olhos de um azul intenso que lembravam o universo. Com tanto para aprender e muito mais para ensinar, com sua aura brilhante e olhar tranquilizante.

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Quando se tem uma vida corrida após finalmente terminar o colegial, momentos considerados de liberdade que normalmente ocorriam durante a estação da primavera em meados de julho e agosto eram raros. Eu planejava aproveitar o máximo aquelas pequenas férias na casa de minha avó paterna. Seriam apenas duas semanas, porém o local era totalmente propício para um bom tempo de tranquilidade.

A região de Busan em que minha avó morava era bem litorânea, resultando em praias não muito longe da casa da idosa. Sem contar nas enormes florestas cheias de trilhas que tinham por ali. Era com certeza meu paraíso particular.

Sentia o vento quente em meu rosto enquanto seguia de carro para a casa de dona Jeon Sooyeon. Quando terminei a faculdade de administração de empresas, não achei que iria ser tão complicado exercer a profissão. O problema era que, eu detestava ter que passar o dia inteiro parado na frente de um monte de papeladas ouvindo os conselhos de meu pai. Só aceitei fazer tão faculdade por causa do meu pai, pois se não fosse por ele, já teria saído daquilo a séculos.

O meu dia era resumido em acordar em plenas seis da manhã, para chegar ao trabalho as sete e passar o do resto dia olhando estatísticas. Praticamente meu inferno pessoal, justo eu que rezei a vida inteira para que meu pai não dissesse a seguinte frase:

"Meu filho, quando você terminar o colegial e a faculdade, não sabe o quanto me orgulhará o ver sentado na minha mesa daqui a alguns anos!"

E assim o meu destino foi traçado com apenas uma frase. Não ousei fazer nada, apenas sorri e assenti para meu pai naquele dia. Como é que diria a ele que simplesmente detestava aquela profissão e que com o tempo passei a odiar aquela empresa qual a sua família havia cuidado com tanto esforço? Não dava, simplesmente não dava.

Suspirei tirando minha atenção da janela e fitando as pessoas naquele carro. Meu pai dirigia com um sorriso no rosto, minha mãe mexia em seu tablet e meu irmão mais novo de seis anos de diferença, fitava a tela do celular enquanto ouvia música. Eu amava minha família com todas as forças e era grato por todo carinho que me davam, porém, o única defeito deles era o fato de não aceitarem as minhas escolhas. Menos meu irmão claro, o Hyuk era bem tranquilo em relação as coisas. Com certeza a primeira pessoa qual eu contaria se fizesse alguma merda, seria ele.

Depois de mais alguns minutos, finalmente paramos na frente da casa enorme qual a maioria das paredes eram trocadas por vidros e tinha um gramado lindo da frente sem contar na piscina e quadra de tênis que tinha atrás. Em minha opinião, era totalmente desnecessário minha avó ter uma casa daquele tamanho se era apenas ela que morava lá. Bem, ela e seus cinco gatos que me odiavam e eu fazia o favor de odiar eles também.

Meu pai colocou o carro na garagem e eu sai deixando que ele tirasse as malas. Já bastava eu ter que aguentar as ordens dele no trabalho, aqui pelo menos eu não sou obrigado a nada. Adentrei a porta de vidro que tinha na garagem e ia direto para cozinha da casa. Meu objetivo, era não fazer barulho e fazer uma surpresa para minha avó, ou seja, matar ela de susto e esperar sua alma bater em mim.

- Vovó!? A gente chegou! - Gritou Hyuk atrás de mim.

Cerrei os dentes. E lá se foi meu plano perfeito de matar a idosa do coração. Minha avó logo apareceu na cozinha com um sorriso enorme no rosto e um gato preto no colo que pulou a partir do momento em que a idosa abriu os braços para darmos um abraço nela.