The Stars • Jjk × Pjm

Second Star

A secunda estrela era ousada. Gostava de provocar e brincar, sua língua não tinha limites, e isso chegava a irritar. Mas com aqueles olhos misteriosos, dava para aturar.

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Continuei parado encarando aquele ser a minha frente. Ele era normal, um humano normal. Mas era tão diferente ao mesmo tempo, era como se algo em torno dele conseguisse atrair tudo a sua volta, inclusive eu. Ele era encantador. Sua beleza era encantadora. Tão natural, sua pele clara e refletida com o luar, e ainda tinha aqueles olhos azuis.

Seus fios dourados eram facilmente levados pela brisa fria que passava ali. Usava uma blusa de manga branca com botões, e uma calça preta. Porém estava descalço, o que por incrível que pareça só o deixava com um ar mais natural. O garoto piscou desviando o olhar do meu antes de passar a mão pelo cabelo e se levantar.

- Eu..estou mesmo na terra..Não era brincadeira.. - Falou o garoto parecendo estar pronto para entrar em pânico. Franzi o cenho, esse bateu a cabeça forte.

- Ei, você está bem? - Perguntei tombando a cabeça para o lado e ele me encarou de cima abaixo antes de voltar a encarar a enorme lua a sua frente. - Precisa de ajuda?

- Preciso de informações, onde exatamente eu estou?

- No planeta Terra, Coreia do Sul, Busan. Na zona litorânea para ser mais exato.

- Ok, que merda. E o que é você? - Perguntou ele respirando fundo e ajustando a postura, ainda encarando a lua.

- Uma pessoa? - Indaguei e ele inclinou a cabeça para cima rindo sem humor algum antes de me encarar novamente com uma expressão de puro deboche.

- Ah jura? Um alien que você não é né, senhor Jungkook.

Eu iria responder, dar uma resposta daquelas bem elaboradas, se aquele garoto não tivesse falado meu nome. Claro, eu nunca o vi na vida, isso eu tenho certeza. Normalmente, apenas meu pai aparece no jornal ou na televisão por algo ligado a empresa. É teoricamente impossível ele saber quem eu sou.

Franzi o cenho novamente dando um passo para trás. O garoto riu passando a mão em seus fios de cabelo e abaixando a cabeça antes de levantar novamente e me encarar.

- Deve estar se perguntando como eu sei seu nome. - Falou ele. - Então, eu sei seu nome do mesmo jeito que eu sei sua idade, e o nome dos seus parentes mais próximos.

- Agora a questão é como você sabe tudo isso.

- Você está com medo de mim, só não assume isso para si mesmo. Chega ser cômico.

Ok, esse garoto é muito estranho. Acho que foi por puro instinto que eu recuei para trás, até por que ele estava se aproximando e numa coisa estava certo, eu estava com medo dele nem que fosse um pouco. Se arrependimento matasse, eu teria apenas corrido pro meu quarto e batido a porta na cara do meu pai.

- Garoto, você é burro? - Perguntou ele sorrindo e eu franzi o cenho ainda recuando. - Você está num penhasco idiota, para de ir para trás se n..

Foi tudo rápido demais. Senti meu corpo caindo para trás e apenas fechei o olhos. Mas que jeito ótimo de morrer. Cair de um penhasco. Eu sou uma pessoa tão estranha, que eu não morro de uma forma normal como a velhice ou até uma doença, eu sou tão original que eu morro caindo de um penhasco. A questão, era que eu não estava com medo. Não estava com medo de morrer, também não estava sentido aquelas coisas que todos dizem acontece antes de morrer. Estava normal, só sentia o vento no meu rosto enquanto sentia meu corpo descer.