Eu escrevo com sentimentos.
Eu escrevo com emoção.
Então, se talvez você me pegar chorando por aí, saiba que lá vem história.
TUDO o que escrevo, vem dos meus sentimentos.
Sem tirar nada, até redação da escola.
A ironia é quando você escreve sobre amor e meses depois alguém te diz que você não sabe o que é amar, te fazendo cair na real.
Escrevi uma redação que a professora que me odiava no ano passado achou incrível, e até me pediu pra ler para sala.
Mas sou muito envergonhada. Por mais que me orgulhasse das minhas palavras, a pressão do público e a surpresa deles ao descobrir minha orientação sexual me afetava.
Me fazia lembrar do tempo de 2009, 2010.
O tempo que meninas beijando meninas ainda era nojento.
O tempo que eu começava a ganhar auto estima, e aqueles cretinos babacas diminuíram de novo.
Por que acha que tenho tanta insegurança?
Hoje alguém me disse que me entendia.
Por mais que fosse via escrita, ela me entende.
Entende que escrevo com o coração, não só digito palavras.
Você quer saber por que não faço os clássicos clichês?
Clichês não são legais.
Pra que imitar o outro sendo que podemos fazer nosso próprio trabalho?
Eu desabafo.
Consigo ser eu enquanto escrevo.
Eu me encontro aqui.
Lembra que me falaram que eu não sei o que é amar?
Eu sei.
E sabe isso que eu tô fazendo? Eu amo isso.
