Looking The New Wonderland (Completo)

Saindo do Inferno

P.O.V. Cry Baby:

10 anos depois...

Eu finalmente ía sair deste inferno que me segura!
Eu tinha o plano traçado.
Sou louca, não burra.
Era a última vez que iria tentar sair daqui.
Oi, sou a Cry Baby. Já faz dez malditos anos que estou presa neste hospício.
Vou lhe explicar o porquê.
Há dez anos, um menino me traiu com uma menina mais bonita do que eu.
Então, quis ficar mais bonita também, para ele gostar mais de mim.
À caminho do centro cirúrgico, aconteceu um acidente.
Meu irmão, que estava dirigindo, morreu.
E eu, fiquei com o cérebro permanentemente danificado.
Traduzindo, fiquei louca.
Minha mãe morreu semana passada (para uma fumante daquelas, ela viveu demais da conta), de câncer de mama.
Eu nem liguei.
Ela não ligava para mim.
Mas, voltando ao plano, eu iria fingir passar mal para poder ir a sala de emergências.
O corredor que dá para essa sala é deserto. Lá no corredor, direi que melhore, então, eu iria oferecer um biscoito ao enfermeiro.
Eu ainda tenho aqueles biscoitos.
Quando ele estivesse morto, eu iria para o banheiro. Sairia pela janela (que, por sinal, é grande), e cairia na lata de lixo.
Sair da clínica é fácil. A parte difícil chega agora.
Passar pela segurança.
Eles eram retardados, mas eram grandões.
Eles tinha tatuagens do tipo #NoPainNoGain e João ama Fofinha, mas ainda eram assustadores.
Para passar por eles, teria que usar um pó sonífero, que eu mesma inventei, para por eles para dormir.
Depois disso, um amigo meu estará me esperando no carro, para fugirmos do país.
Iremos para Londres.
Ok, coloquei meu plano em ação.
A primeira parte, sair da clínica, deu certo.
A segunda parte, sair do hospício, estava em ação.
Borrifei um pouco do meu pó sonífero (coloquei ele dentro de um frasco de perfume) e os guardas caíram no chão.
E meu amigo, Gingerbread Man, ainda não havia aparecido.
Finalmente, com um carro preto, depois de 3 segundos, ele chegou.
-Está atrasado- eu entrei no carro, irritada.
-Três segundos atrasados, Cry, para de drama!- ele fala com frieza na voz.
-Tá falando assim comigo por quê? É por quê você não me ama mais, é isso?
-Aff, deixa!
-Eu tô zoando, idiota!- eu dei língua e pressionei as bochechas com as pontas dos dedos.
-Então, pronta para meter o pé na estrada?
-Se tô, esse inferno me prendeu por dez anos!
-Então, vamos!- ele pisou no acelerador e fomos embora...

7.220 km depois...

-Chegamos!- Gingerbread disse
-Finalmente, eu tô só o pó da rabiola- eu estava morta de cansaço, só irei começar a procurar amanhã- Vamos procurar um hotel barato e ir dormir.
-Ok, vamos!
Naquela noite, eu tive mais sonhos com o meu futuro País...