A Guerra

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P.O.V. Cry Baby:
Com a faca em mãos, voei em direção à eles.
Eu iria matá-los por tentar me derrubar.
Eu iria matá-los porque era fácil, era bom...

P.O.V. Coelho Branco:
A gente vai morrer, a gente vai morrer, a gente vai morrer, a gente vai morrer, a gente...
-Gato... Leve só nós dois para um lugar reservado e o resto do pessoal para um seguro...- eu falei, essa era a hora- Preciso falar com você.
-Ok- ele falou, corando.
Aparecemos num beco escuro, vazio.
-O que queria... Falar, Coelho?- ele disse, se aproximando um pouco.
-Eu queria...- eu me aproximei também- Eu queria dizer que...
Ele me cortou, me beijando.
Quando nos separamos, corei muito.
-G-gato?- gaguejei.
-Sim, Coelho... Eu te amo.
Pareceu que ficamos lá por horas até nos separamos.
-Ei, Gato...- eu sussurrei- Se você morrer... Promete que me... Espera?
-Eu... Prometo.
Nos demos um último selinho e voltamos para a guerra.

P.O.V. Cry Baby:

Eles sumiram.
-VOLTEM AQUI E LUTEM! VOCÊS COMEÇARAM ISSO... MAS EU VOU ACABAR!- eu gritei.
-Estamos aqui!- alguém falou.
Chester estava no chão, segurando a mão do Coelho.
-E agora? Qual o plano de vocês para me impedir?
-Nenhum!- Chester falou- Nós só vamos defender o nosso país.
-Que eu saiba, o país é oficialmente meu!
-Você nunca vai possuí-lo de verdade!
-VOCÊ MORRE AGORA!- voei na direção de Chester.
Ele ficou parado.
O cortei ao meio com a faca.
-CHESTER!- o Coelho gritou- Chester...- ele perdeu a voz totalmente e ficou chorando.
Eu o matei antes que ele pudesse fazer algo.
Ganhei as habilidades de sumir e flutuar.
Eu sentia pena deles?
Nem um pouco.
Eu iria matar a Lebre e os gêmeos.
Matei-os com um golpe.
Estava ficando divertido matar.
Então, fui voando e matando todo o mundo.
Até que algumas criaturas perceberam o que eu estava fazendo, e se prepararam para uma guerra de enormes proporções.
Todo o País das Maravilhas versus eu e Ginger.
-Não!- uma voz gritou- Eu NÃO vou te apoiar!
Ginger estava passando para o lado deles.
-É assim? É assim que você quer, Ginger? Pois assim será!
-Cry! Eu te amo!- ele se declarou.
Eu me virei para ele, muito devagar.
-Você... O quê?- eu perguntei.
-Eu... Te amo. Eu sei que você não sabe mais o que é o amor, mas eu posso te ajudar a lembrar!
-Eu não preciso do seu amor!
Eu não queria admitir para mim mesma, mas... Eu precisava do amor dele.
Seria difícil matá-lo.
-Venham para cima!- ignorando totalmente os meus sentimentos por Ginger, os chamei para a batalha.
Eles caíram matando. Ou morrendo.
Matei milhares deles.
O mais estranho, era que doía matar cada um deles.
Não era mais divertido.
Então, chegou a hora em que meti a facada em mais uma criatura.
Era Ginger.
-Cry... Saiba que... Sempre te amarei... Não importa...
Antes de concluir a frase, ele morreu.
Retirei a faca do corpo morto dele, lágrimas salgadas escorrendo pelas minhas bochechas.
Eu continuei matando cada criatura que estava lá, até não sobrar ninguém.
Depois de matar a todos no País das Maravilhas sem levar nenhum arranhão, me encolhi em posição fetal e chorei muito.

Looking The New Wonderland (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora