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 Scheilla

    Já era 16h15min horas da tarde, Ricardo foi chamado para comparecer a sede do BOPE em seu dia de folga, eu descobri que Charles e Ricardo eram polícias no dia em que ambos foram fardados me visitar no hospital, então nem precisei perguntar, mas eles quiseram se explicar, falaram que estavam encerrando um caso e eu espero que tivessem conseguido, estou na sala olhando os gêmeos e pronta para meu passeio com Alice enquanto a mesma se arruma.

Melissa- titi mamã?- a anjinha parece perguntar sobre sua mãe pela sua mãe e Igor para de brincar com seu boneco do homem aranha, para observa minha resposta.

Scheilla- já está vindo querida- eles sorriem, todas as vezes que eles me chamam de Titi (titia) meu coração se aperta, eu queria tanto ter participado do crescimento deles, que hoje estão com 11 meses e meio, daqui a alguns dias iremos comemorar o aniversário destes pequenos tão carinhoso e no hospital Alice me fez prometer que a ajudaria, afinal ela me contou que eu e Charles éramos os padrinhos, pelo que eu entendi, Charles é o melhor amigo de Ricardo e eu sua melhor amiga.

Alice- pronto, podemos ir- ela fala atrás de mim enquanto eu brincava com os dois bebês gêmeos mais lindos que já vi, certo eu sei que vi poucas crianças desde que acordei do coma, mas posso afirmar que essa são os mais lindos que já vi, afinal com os pais que tem difícil seria não serem tão lindos.

Scheilla- Sim Claro- sorriu e me levanto pego Mellisa no colo e ela faz o mesmo com o Igor, depois Alice pega o carrinho de bebês e os colocam.

Alice- agora meus amores vamos passear- os dois batem palmas e eu me apaixono mais por eles, se é que isso é possível. saímos de sua casa e logo avistamos o parque em frente -hum então Scheilla alguma pergunta? Que possa ajudar a saber um pouco sobre sua vida antes do acidente?- sorri.

Scheilla- na verdade eu queria que fizesse um resumo de tudo que sabe sobre mim- ela sorriu.

Alice- eu sei tudo sobre você, eu já te disse não éramos apenas amigas e sim irmãs?- concordei - então bem, hum... Nós nos conhecemos na faculdade em uma época difícil para mim, quando eu era adolescente eu cometi um enorme erro eu...- ela contou tudo sobre a morte de Sergio e como eu a ajudei, morávamos juntas em um apartamento, aparentemente eu era muito fútil, eu sou a madrinha de seu casamento, também a madrinha de seus bebês, mas parou por aí.

Scheilla- entendi, desculpa eu sei estou sendo uma péssima amiga em comparação ao que você relatou que eu era, mas eu estou muito confusa, tenho tantas perguntas aqui em minha cabeça, eu queria tanto saber quem eu realmente sou, por que sei que não está mentindo para mim, mas é que, mesmo você falando tudo isso comigo eu tenho me sentido tão vazia, parece que você está contando a história de outra pessoa Deus!- lágrimas escorrem dos meus olhos, mas não me importo, Alice para e me abraça - eu.. eu tenho medo de nunca me sentir completa de novo, só carregar esse vazio comigo- ela se afasta e me olha.

Alice- eu nem imagino o que têm sido para você, mas se de algum modo eu poder te ajudar é só falar- sorriu e voltamos a caminhar até um banco, nos sentamos.

Scheilla- como era minha vida antes do acidente? quer dizer eu provavelmente não morava com você não é? eu tinha uma casa uma emprego, um é.. Namorado?- Alice me olhou de forma estranha, será que está me escondendo algo?

Alice- Bem eu me casei vim morar com o Ricardo e você continuou morando em nosso apartamento e sim você trabalhava na Alfonsse Tecnologias e hum.. você não tinha namorado- eu tive um emprego? Por que ninguém da empresa foi me visitar, será que não soube do acidente ou eu era odiada a tal ponto.

Scheilla- por que ninguém da empresa foi me ver?- ela sorriu leve mente.

Alice- Bem foi sim, o Charles trabalha na mesma empresa que você, ele era seu chefe na verdade -

Scheilla- Charles? Hum no início eu achei que ele fosse é... meu namorado, quer dizer ele vivia me visitando e levando flores, tinha fotos nossas no quarto do hospital, mas acho que me enganei, ele é só meu chefe- por que eu parecia desanimada, eu mal o conhecia ou era o que imaginava, Alice me olhou confusa.

Alice- você o queria como namorado?- acho que fiquei vermelha.

Scheilla- não hum foi só hum.... minha imaginação- ela sorriu feliz e não sei o porquê, eu comecei a pensar que se eu conseguisse voltar a trabalhar seria muito bom, poderia voltar a morar só e não incomodar mais Alice e Ricardo - será que eu conseguia recuperar meu antigo emprego e talvez mora no apartamento novamente- ela sorriu.

Alice- acho que sim, mas você tem que conversar com Charles, como eu te falei ele era seu chefe e hum vocês eram meio que colegas de quarto, dividiam o mesmo apartamento por que o dele estava em reforma e acho que ele ainda está por lá, só não sei por que, então para isso teria que falar com ele novamente- eu e Charles éramos muito amigos, por isso ele me deu tantas flores, está explicado, Por que o fato de ser apenas sua amiga tem um gosto amargo em minha boca?.

Scheilla- obrigada! Você me esclareceu muitas dúvidas, mas confesso que ainda tenho uma-

Alice- qual?-

Scheilla- por que ninguém conseguiu me explicar de forma coerente sobre meu acidente? Quer dizer, todos mal tocam nesse assunto, foi algo muito grave que me aconteceu?- ela segurou minha mão

Alice- o querida não sou a pessoa certa para lhe dizer sobre isso, por favor me compreenda- ela estava certa estavam me escondendo sobre isso, não sei como era a antiga Scheilla, mas eu sou muito curiosa e vou acabar descobrindo.

Scheilla- tudo bem!- ela sorriu e me abraçou mais uma vez, olhei para os lindos gêmeos que brincavam em seu carrinho, tão angelicais. Ficamos mais alguns minutos falando sobre o que faríamos no aniversário dos anjinhos, já era fim do dia então decidimos que já era hora de voltar para casa, partimos, mas eu ainda carregava muitas dúvidas as quais talvez só Charles pudesse me responder.

Perdida # 4 Série Meu Soldado Onde histórias criam vida. Descubra agora