1ª Temporada - Sonhos

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EPISÓDIO 01 -


   Certa tarde, quando Liddy havia terminado todas suas tarefas a qual a senhora Martta - senhora que trabalhava no orfanato e era temida por todos os inquilinos ,- tinha lhe posto a fazer, Liddy foi escondida até o porto da cidade para ver os navios partirem, - como sempre fazia- pois adorava ver aquelas enormes cargas de ferro flutuarem sobre a água em tigelas de madeira, e ficava imaginando o que acontecera depois que esses navios atravessavam a barreira do horizonte. Ela se perguntava " Será que os navios caem num precipício? ou haverá monstros que os engolem quando chegam muito perto da beirada do mundo?". Para ela não muito importava o que aconteceria, mas ela tinha certeza que um dia, descobriria o que tinha depois do horizonte onde os navios iam ficando pequeninos e depois sumiam.

   O entardecer ia se aproximando e Liddy se via obrigada a voltar para o orfanato. Quando estava chegando perto da taverna onde comprara suprimentos para a dona Martta, ela avistou seu amigo Téodoro - filho do taverneiro, no qual chamava carinhosamente de Téo - que foi se aproximando quando a avistou também.

- Olá Téo, o que temos para hoje? - disse empolgada.

- Hum, vejamos, pique-pega ou rato de Jó, o que você prefere? - respondeu Téo.

- Ou... podemos apostar corrida até o orfanato passando pela casa da bruxa - disse Liddy olhando atentamente e com um sorriso malicioso para Téo.

- Argh! Pirou de vez? - respondeu Téo perplexo com a ideia de Liddy. - se você quer virar uma largatixa de três cabeças fique a vontade, eu passarei pelo velho caminho da estrada.

- Ah! vamos lá Téo, está com medo daquela velha bruxa?- perguntou Liddy .

- Me-me-medo? E-eu? Claro que ... estou ! - respondeu Téo tremendo.

- Eu protejo você, não me deixe ir sozinha, sim? - insistiu Liddy .

- Tudo bem... mas se eu virar um pombo de quatro olhos eu juro que cago na sua cabeça! - disse Téo convicto .

- Issoooo ! - respondeu Liddy feliz com a decisão do amigo.

   Para chegar no orfanato onde Liddy morava, só haviam dois caminhos: o caminho mais longo da estrada velha por onde todos passavam; e o caminho mais curto pela floresta, onde ninguém se atrevera a passar, pois bem na parte mais escura e sombria da floresta morava uma velha senhora que todos acreditavam ser uma bruxa. Ao chegarem até o velho poste de luz da floresta, - o único ponto de luz naquele lugar- Liddy e Téo tomaram um grande susto com um pequeno cervo que saíra espantado de uma moita perto deles e logo  fora embora ao ver que não havia perigo algum. Quanto mais perto se aproximavam da casa da velha bruxa, mais instigada a menina Liddy se sentia e mais amedrontado Téo ficava.

- Tudo bem com você ?- perguntou Liddy ao perceber o alvoroço do amigo.

- S-Sim, eu só quero sair logo daqui - respondeu Téo meio pálido. - por Deus, por que eu sempre deixo você me convencer de fazer essas coisas em Liddy? - continuou indignado.

- Ah! é porque nós somos melhores amigos, e melhores amigos nunca recusam nada mesmo que estejam quase fazendo xixi nas calças - disse Liddy manhosamente.

   Quando chegaram até a casa da velha bruxa, Liddy e Téo viram o medo os consumir, mas Liddy era curiosa demais para ir embora agora, ela queria ver como era a casa da bruxa e astuciosamente foi se aproximando até chegar a janela, e  olhou para dentro da casa e viu que não tinha ninguém lá. Levantou então, o vidro, - que estava com uma rachadura enorme - e cuidadosamente colocou-se para dentro da casa .

-Pode vir, não tem ninguém aqui ! - afirmou, e com as mãos fez sinal de que ele poderia se aproximar também.

- Você é louca ! - disse Téo pasmo .

- Não se preocupe, nada vai nos acontecer - respondeu Liddy.

- Eu vou ficar aqui, se alguém aparecer eu aviso - disse Téo.

- Tudo bem, eu não vou demorar - respondeu Liddy desaparecendo da janela.

   Quanto mais olhava, mais fascinada ela ficava, havia várias caixas com coisas esquisitas dentro; filhotes de ratos mortos, borboletas pretas em pequenos jarros transparentes de vidro. Tinha tanta bagunça que Liddy se viu perdida ali . A casa não era tão pequena como vista por fora, - era como se  por dentro fosse o triplo do tamanho- e disse horrorizada "credo, esse lugar precisa se uma arrumação, e é tão feio por dentro quanto por fora". Ela ouvira um barulho vindo da floresta e saiu correndo para ver o que era quando Téo gritou seu nome.

- LLIIDDYY SAIA DAÍ AGORA, A BRUXA ESTÁ VINDOO !!!! - gritou Téo aterrorizado que logo saiu correndo floresta dentro.

  Desesperada, pulou pela janela e saiu correndo pela floresta, não havia nenhum sinal do Téo, e antes mesmo que ela pudesse gritar, tropeçou em um galho que estava caído no chão e desmaiou. A única coisa que vira antes de fechar os olhos por completo fora uma mão puxando-a pelos pés .




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⏰ Última atualização: Sep 24, 2016 ⏰

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