Who I really am? || Ziam Mayne

~Capítulo 8~

ZAYN P.O.V

Eu achei que o Liam estava brincando quando disse que não falaria comigo até hoje, mas não estava, pelo contrário, ele tem me ignorado cada dia mais.

Eu tentei puxar assunto várias vezes, mas parece que agora eu sou invisível. Também, não é para menos.

Pensei que pelo menos ele seria pontual, mas pelo visto não. Tínhamos marcado de nos encontrar 17:30 na frente da escola, já que ele não sabe onde eu moro, e aqui estou eu,  igual um idiota esperando ele a mais de uma hora.

Sinto meu celular vibrar, o retiro do bolso e o desbloqueio: Mensagem recebida.

LIAM
Online

Não vai dar para eu ir.
                (18:38pm) //

QUE? Ele me deixa aqui plantado, pra avisar que não vem, uma hora depois, sem explicação nenhuma? Isso era para ser vingança?

LIAM
Offline - desde 18:50pm.

O que? O que aconteceu? Onde você tá?
Me manda a localização, que
eu vou e a gente faz aí.
(18:40pm) //

Problemas pessoais. Não vai dar
para fazer o trabalho aqui, depois
a gente marca outro dia.
                                    (18:50pm) //

Então amanhã a gente faz?
(18:50pm) /

Ei!!
(18:51pm) /

Não me deixa aqui falando sozinho!!!
(18:51pm) /

Eiiiii!!!!!!
(18:51pm) /

Eu não vou fazer esta porra sozinho!
(18:52pm) /

Ele realmente não vai me responder? Sério?
Não, espera... Mensagem recebida

LIAM
Online

》Localização《
        (18:52pm) //

É só clicar, que mostra a localização
                                          (18:52pm) //

Ok, já estou a caminho
(18:53pm) //

NÃO!! Eu mandei a mensagem
errada! Não era para você. Esquece
que eu mandei isso!
                                         (18:53pm) //

Tarde de mais! Daqui alguns minutos
eu estou aí. Até daqui a pouco Payne.
(18:55pm) //

Guardo o celular e continuo até chegar ao destino.

Olho novamente várias vezes para confirmar que estou no lugar certo.

Por que o Liam estaria aqui?

Estaciono meu carro, desço do mesmo, avisto Liam e vou em sua direção.

- Oi, é... tá tudo bem? - pergunto meio sem jeito.

- Você não deveria ter vindo!

Eu realmente deveria tê-lo ouvido e não ter vindo.

Assinto e dou meia volta, com o intuito de pegar o carro e voltar para casa, quando ele me diz algo e paro de andar.

- Mas, já que você veio, vamos fazer o trabalho. Me espera no carro que eu já vou. - diz

- Ok. - Torno a andar em direção ao carro e entro no mesmo.

Alguns minutos depois, Liam entra no banco do passageiro, e dou partida.

[...]

O trabalho já está quase pronto, e nós não falamos nada fora do assunto do mesmo, até então.

- É... - começo a falar mas fico pensativo, sem saber se termino a frase ou não.

- Fala. - ele presta atenção em mim.

- ... eu sei que não é da minha conta, mas... - faço uma breve pausa - ...o que você estava fazendo lá, no Hospital?

LIAM P.O.V

- Realmente, não é da sua conta, mas... - suspira - ... eu fui ver a meus pais, eles... - meus olhos inundam.

É difícil pensar neles naquele estado, e mais difícil ainda é pensar que a culpa de eles terem sofrido esse acidente, foi minha. Se eu não tivesse insistido tanto para nós nos mudarmos, nada disso teria acontecido.

- Não precisa continuar, eu já entendi. Desculpa perguntar, eu não queria que você ficasse assim, não queria mesmo, eu não devia ter me intromet... - Ele se explica, mas corto-o.

- Não precisa se desculpar, você perguntando ou não, eu penso neles toda hora mesmo, e foi até bom falar com alguém, mesmo que esse alguém seja você. Enfim, por favor, não fala para ninguém, não quero que as pessoas tenham pena de mim. - falo, contendo as lágrimas.

- Não se preocupa, eu não vou falar para ninguém. Eu sei que você não confia mais em mim, mas se precisar conversar com alguém, eu estarei aqui. - Ele encosta sua mão na minha quando termina a frase.

- Eu nunca deixei de confiar. - Murmuro para mim mesmo.

- Você disse alguma coisa? - pergunta.

- Não, eu não disse nada não. Acho que já tá na hora de eu voltar. - digo, desencostando nossas mãos e indo em direção a porta.

- Eu te levo de volta.

Assinto, vamos para a garagem, e após Zayn destravar o carro, entramos no mesmo.

[...]

Eu sempre soube que o Zayn não falaria aquelas coisas, (principalmente sobre eu ser a vergonha da família), por vontade própria, e por isso eu não fiquei tão triste com aquilo (obviamente eu fiquei triste mas não tanto).

Tampouco me afastei dele por isso. O real motivo é o que eu estou começando a sentir, cada vez que o olho, que me aproximo, que o toco, que falo com ele. Isso está me enlouquecendo. Só espero que ninguém perceba.

Me pego com um sorriso bobo no rosto, olhando-o dirigir e logo o desfaço e desvio o olhar. Sinto o carro parar, e percebo que cheguei ao meu destino.

- Até segunda. - digo enquanto saio do carro.

- Até. Se precisar de alguém... - não deixo-o completar a frase.

- Você já disse isso. - Sorrio.

- Era só para você não esquecer. - Sorri também e da partida no carro, indo embora.