Agora começo a viver

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Fui passear na casa da minha tia,e descendo as escadas,uns 30 degraus, escorreguei e cai batendo minha coluna nos degraus.
Cheguei ao chão desmaiada, fui há todos os hospitais,fiz todos os exames e minha coluna estava condenada.
4 hérnias discais que nunca mais largaram minha vida,um sofrimento físico imensurável e um psicólogo terrível,pois o sonho de ser uma grande goleira no handball estava acabado.
Via tudo das arquibancadas.Em casa ,tristeza,quando chovia as paredes viravam torneiras,e ingenuinamente, meus irmãos e eu,achávamos tudo uma brincadeira. Os ratos nadavam dentro daquele barraco.
3 anos se passaram e meus pais resolveram mudar de Estado,justo agora que estava mais entrosada e fazendo algumas amizades,mas teríamos uma casa,e isto bastava para estarmos felizes e ansiosos,enfim uma casa,com quarto,cozinha,tudo separado.Fomos para Minas Gerais,e a comoção dos que ficaram,os amigos,parentes,foi comovente.
A casa era linda! Parecia um sonho um quarto só meu,mas era tudo tão diferente,as pessoas,o lugar...
Meu pai nos trouxe e voltou com Caleb para São Paulo,precisaria trabalhar mais um pouco.
O vazio no coração foi muito grande.
E aí,aos 15 anos a primeira crise de depressão me bateu.
Tentando fazer novos amigos ,uma bagunça na cabeça devido a adolescência,minha mãe sem paciência,tudo estourou dentro de mim.
E quanto mais nervosa eu ficava ,mais minha coluna piorava.
Os médicos disseram que deveria operar a coluna,mas não tive coragem,agora minhas vértebras estavam desgastadas e eu com osteoporose,fibromialgia,e a depressão.
Foi aí, que surgiu ele em minha vida,um cara cavaleiro,mas que jamais em sã consciência seria minha primeira opção nunca havia namorado,era nova no bairro,minha tia me apresentou ao Mateus, magro cabelos lisos,branquinho,mas falava alto , não estudava ,era mal educado.
Mas ele me cercou de todos os lados,mandava flores,cesta de café da manhã,buscava na escola.
Até que me convidou para acompanha- lo no casamento do seu melhor amigo,ele seria padrinho. Não tive como recusar e as 8 estava ele com seu opala bege me esperando no portão.
Eu tinha vergonha dele.
No casamento fiquei como uma fantoche,todos admirando minha presença. O que eu não tinha de importância em São Paulo,em Minas Gerais,nem que fosse na falsidade eu estava tendo.
Fiquei na festa e ele me levou embora,agradeci,e ele me roubou um beijo.
Pronto.
Depois daquele beijo,minha vida foi mudada para sempre.

Em busca da felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora