Livros na estante
Por um instante
Achei ter me livrado da sua imagem
Aquela bela com uma flor no cabelo
Era ela no cabelo dela
Ela era o apelo na cela
O grito ríspido e inaudível
De um coração roco de tanto gritarLivros na estante
Inconstantes palavras que me fogem
Se querem mesmo, que se alojem,
Façam um cerco,
No meu cortex e nele ponham uma semente que nascerá como uma flor no esterco.Livros na estante
Os últimos restantes
Das lembranças da ausência de você.
Na ausência que me permitia existir de verdade
Na frequência de um dia foi um dopler da felicidadeTantos deságues a juzante
E eu me afogando nas lembranças do que eu deveria ser.
Tantos livros na estante
E nenhum me diz o que preciso saber.25 de Setembro de 2016
19:52
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Cartas Para Morte
PoetryPoemas de desprezo, declaração, descontetamento e desvivências para a D. Morte.