CAPITULO 21

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PIETRO.

Um mês, um mês se passou desde que nos mudamos para Viena, e o que eu achei que séria uma ótima forma de reconquistar ela, na verdade está nos afastando mais ainda, nós mal trocamos duas palavras, ela sempre tenta passar a maior parte do dia no hospital que foi aberto e quando chega vai para o seu quarto, se tranca lá dentro dizendo estar terminando o tcc da faculdade e eu não a vejo mais.

Perdi as contas de quantas vezes eu tentei me reaproximar dela, doi lembrar todas as vezes que fiquei sozinho com a mesa posta porque ela simplismente virou as costas e saiu, ou de quando eu levantava pela manhã e via as flores que eu tinha dado a ela no lixo da cozinha ou quando ela somente recusava e mandava tudo de volta, ela me afastou de todas as formas possíveis, negou e recusou tudo o que eu tentei, pensei em desistir enumeras vezes, mas porra, eu amo essa mulher e algo dentro de mim diz que ela é a mulher da minha vida, e eu sei que se eu a perder, minha vida nunca mais será a mesma.

Tentei, sim tentei pegar outra mulher, outras mulheres, mas, meu corpo não aceitou, minha cabeça não quis aceitar, porque se eu ficasse com outra mulher isso iria significar que eu e ela, já não tinha mais volta, tinha acabado, já não existia mais, minha vida que antes era perfeita pra muitos até pra mim, agora já não passa de nada  mais que uma sombra, ela se resume a trabalho e álcool, pois é só assim que eu consigo nem que seja por pouco tempo esquecer a dor que me consome, as 24 horas do dia eu passo pensando nela, as vezes me pego olhando pro céu e pedindo pra esquecer tudo isso, peço que tudo passe de um sonho, um sonho ruim, onde a qualquer hora eu possa acordar e vêr que tudo foi mentira, foi imaginação, mais ai eu pisco e percebo que é verdade, minha dor, meu amor tudo e não, não tem nada que eu possa fazer pra mudar esse quadro.

Tentei ser o que ela queria, o homem dos sonhos dela, fiz tudo que pude até declaração no trabalho eu tentei, e pra quem viu as lágrimas e sorrisos achava que ela tinha amado, eu achei, por um milésimo de segundo achei que pelo menos uma chance eu ainda teria com ela, mas eu estava errado, logo que ela fechou a porta do consultório ela jogou as flores que eu tinha dado no lixo, virou pra mim e disse "Pietro, não existe nós, nunca existiu e nunca vai existir, você está perdendo tempo fazendo jantares, me mandando flores e presentes, nada disso vai mudar coisa alguma, daqui a quatro meses nós vamos nos separar e se você quer me ver feliz, você vai assinar aquele divorsio sem reclamar e nunca mais vai me procurar ou tocar no meu nome" FIQUEI estático, eu estava vendo ali que ela nunca me amaria, eu errei tão feio ao ponto dela não querer nem me ver? "Se você não se incomodar eu tenho trabalho a fazer, por favor, saia" E foi depois disto que todas as esperanças que cheguei a cultivar morreram, aquele foi o fim, ela deixou bem claro que nunca iria me dar outra chance, e foi a partir deste dia que o meu tormento começou.

Levantar, me arrumar e trabalhar esses tem sido os meus dias, minha vida se tornou uma rotina, meu corpo já estava acostumado por isso fazia tudo automaticamente, depois daquele dia eu sempre tento ao máximo não me encontrar com ela, mas uma parte de mim não quer aceitar que acabou, que não tem esperança, e é essa parte que faz com que eu deixe um cartão de bom dia, toda manhã na mesa da cozinha junto com uma única rosa branca e uma caneca de café, essa parte quer acreditar que isso, esse pequeno gesto vai fazer ela mudar de ideia e me dar outra chance, e por mais que eu tente negar, ainda estou me agarrando a isso, é a minha tábua de salvação.

Hoje é sexta-feira e mais uma vez eu vou pra casa ficar trancado sozinho, porque logo que ela chegar vai entrar no quarto e não vai nem olhar na minha cara, então porque nos últimos dias eu faço isso, se só esta me machucando? Hoje vai ser diferente, levanto da minha cadeira e saio da minha sala, caminho um pouco pelos corredores da empresa e vou até o terraço, saco meu celular do bolço e ligo pro João, no terceiro toque ele atende.

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