Capítulo Seis

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CAPÍTULO SEIS

Nos próximos dois dias Adônis evitou ver Giulia, se negava a aceitar que seu corpo respondesse a ela toda vez que a lembrança de seu beijo vinha à mente. Não queria também correr o risco de perder todo o seu costumeiro controle por causa de uma mulher. Os ensinamentos de seu pai bombeavam seus pensamentos trazendo toda frustração em suas veias. Omero Albertini sempre exigiu que ele e Apolo tivessem controle de cada passo, cada respiração, cada detalhe. Eles tinham o controle. Eles necessitavam do controle como um viciado precisava de drogas. E o fato de Giulia conseguir abalar algo que ele sempre foi o mestre em ter, o enfureceu. Ficar longe dela era a melhor opção para o momento. Ele não estava pronto para abrir mão de perder o controle novamente tão cedo. Prometeu a ela sua proteção e ele cumpriria, mas para isto não precisava ficar em torno dela o tempo todo.

Um toque suave na porta o tirou de seus pensamentos.

-Entre! Ordenou.

Bruce entrou e segurando uma pequena lata de metal cor de rosa nas mãos o que deixou ele bem intrigado em sua curiosidade para saber do que se tratava.

-Chefe.

-O tem para mim? Achou aquele infeliz? Adônis perguntou friamente.

-Sim eu o achei, mas ele tem sido muito esperto.

-Esperto como? Você o tem ou não? Rosnou Adônis.

-Ele apareceu a mais de uma hora em um restaurante...

-Esta se mantendo em público. Adônis concluiu antes de Bruce terminar de falar.

A raiva que estava sentindo por aquele homem estava cada vez maior, tornando-o mais perigoso que o normal, e o desejo por seu sangue estava quase o cegando em uma necessidade brutal por violência.

-Tenho duas equipes o vigiando de vários pontos diferentes, uma hora ele vai precisar sair e eu vou ter o prazer te por as mãos nele.

Adônis sabia que Bruce estava no limite de sua raiva por aquele idiota. Ainda mais porque o ameaçou de sofrer as consequências no lugar de Johnson caso não o pegasse até o fim da semana. Isso o fez lembrar-se do porque Bruce era seu homem de confiança, sempre foi muito bom em tudo o que fazia. A determinação de Bruce em não falhar em uma missão fez o seu nome na máfia como o principal executor e braço direito de Adônis.

-O que mais?

-Vasculhamos toda a casa de Johnson e encontramos esta lata escondida em um piso no que parecia ser o quarto de sua protegida.

-E o que tem dentro? Perguntou Adônis curioso.

-Algo que talvez seja importante para a protegida.

-Me dê! Ordenou.

Bruce se aproximou e entregou a lata cor de rosa a Adônis. Ele abriu a caixa e realmente se surpreendeu, com toda certeza era importante para Giulia.

-Vou ver o que fazer com isto, agora pegue aquele desgraçado e me avise assim que o tiver. Não o mate antes que eu chegue.

Bruce acenou com a cabeça e se retirou.

...

Solidão.

Era assim que Giulia se sentia, uma profunda sensação de vazio. Alguns sentimentos ruins estavam instalados em seu peito desde que percebeu que Adônis estava a evitando depois de ter a beijado.

Insegurança dava um grau a mais na sua baixa autoestima, não entendia o motivo que o levou a se afastar e aquilo a deprimiu. Era como se todos os sentimentos ruins estivessem passando por ela naquele momento.

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