A princesa vampira

Princesa Eleonor

O ponteiro do relógio marcava 19:00. Eleonor sentiu seu corpo estremecer ao olhar de relance o horário.
O tempo estava se esgotando, havia apenas cinco minutos até a proclamação oficial de seu casamento. Apesar da ansiedade tornar-se parte de seus pensamentos, Eleonor sentia-se distante dos preparativos à tal comemoração, pensava em todas as responsabilidades que obteria ao tornar-se uma rainha.
Ao admirar seu reflexo no espelho pela décima vez, a jovem princesa tentava equilibrar seus pensamentos de uma forma que a fizesse se acalmar, sem sucesso com tal ação, decidiu respirar fundo e apoiar seus cotovelos no espelheiro de seu quarto.
O que eu faço? Mamãe, preciso de você.
Seus olhos cor de esmeralda brilhavam das lágrimas que inundavam seu rosto, sua respiração parecia falhar a cada soluço que se emitia junto ao choro que lhe enfraquecia cada vez mais.
Eleonor tinha um espirito livre, quase considerado-se rebelde, o que a fazia agir ao contrário de sua linha de sucessão, não apoiando seu casamento com Richard, principe de Tenebris, o reino oficial de Alahan, considerado o país dos vampiros.
Proclamada por toda a sua vida mulher do próximo rei de Tenebris, Eleonor fora educada pelas Irmãs Jullia e Castelline, as quais sempre foram gentis e meigas com a princesa.
Seu melhor amigo Oliver era o capitão do exército de Ilustrattum, ele a treinara para se defender por ordem do rei, que sempre foi cuidadoso demais com a segurança de sua única filha.
Apesar de todos os acontecimentos digeridos em todas as fases de sua vida, ela ainda continuava com todas as feridas de infancia, com a mesma tristeza de não poder se casar com o homem certo que a amaria.
Ao escutar uma batida de leve na porta de seu quarto, Eleonor tratou de limpar suas lagrimas com os lenços que sua criada Wionna trouxera.
- Entre. - Sua voz saiu baixa e trêmula o suficiente para pensarem que ela estava chorando.
- Vossa Alteza.
Oliver, seu melhor amigo estava parado em frente a porta de seu quarto.
- Sim?
Eleonor suspirou ao perceber que seu amigo estava sozinho.
-  Oliver! - Ela o abraçou fortemente num sorriso algre.
- Como vai Alteza?
Oliver se inclinou para reagir ao abraço, mas antes de qualquer coisa, Eleonor recuou para trás ao ver a presença de seu pai logo atrás deles.
- Vossa Majestade. - O sorriso da princesa vacilou, o olhar sério de seu pai penetrou-se no ar incomodando todos que no quarto se encontravam.
- Bom dia Alteza.
Sético como sempre, o rei entrou em seu quarto e observou tudo ao redor, por fim se sentou em uma poltrona próxima à sua vista.
- Já está pronta Eleonor? - Sua voz era grave e intimidadora, quase semore fazia Eleonor sentir calafrios de lembrar do tom de voz usado por seu pai.
- Sim. Estou.
Oliver estendeu sua mão esquerda à ela, que confirmou o gesto um pouco nervosa.
De cabeça erguida, postura qualificada e confiante, Eleonor saiu de seu quarto acompanhada do capitão da guarda real, Oliver Cruise, em rumo à proclamação oficial de seu casamento.