Capítulo 5 Será que além de Vivi todas são iguais?

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Vivi como eu já disse me ajudava com as meninas, sempre me arrumava uma ou outra,elas eram sempre os mesmo sabores em corpos diferentes, era bom, mas nada de extraordinário, era como se tivesse a sensação de beijar alguma garota e "Ah de novo".

Eu sempre gostei de mais e mais, sempre busquei mais e mais, e as meninas que Vivi me mostrava eram rasas, para qualquer coisa, elas eram igualzinhas as meninas de quando eu era criança e que eu não gostava de brincar.

Nenhuma tinha um universo no lugar do cérebro,eram todas levianas, falavam só sobre maquiagem, roupa, sapato,etc. Nada era mais tão "UP" como antes, eu ficava com elas, com todas elas, era bom sim, e eu gozava do mesmo jeito, mas não tinha mais a essência que eu queria. Sexo para mim é mais do que um líquido branco quando acaba a transa, e muito mais do que uma sensação de está excitada, é mais que um corpo nu, é alma com alma, e o beijo acariciando cada parte de nossas almas, é bem mais do que gozar, é acordar sorrindo atoa no dia seguinte.

Vivi e eu estávamos em uma de nossas conversas no pátio da escola, sentadas ao banco de cimento com uma rachadura bem no meio,e ela finalmente me falara o porque de está chorando no dia em que nos conhecemos.

- Eu amava uma garota, e ela me difamou para todo mundo em uma festa, ela contou mentiras horríveis ao meu respeito, gritou para todos ouvirem que eu era uma puta, ela estava bêbada e todos da festa riram da minha cara, eu só queria entrar em um buraco nessa hora.

Realmente Vivi não era aquilo que a garota tinha falado dela, e para mim ninguém é puta, ou qualquer outra coisa que as pessoas rotulam quando alguém fica com quem quiser quando se estão solteiras.

- Mas como você ama alguém que não te ama? - perguntei

- Ahhh, é muito complicado, como você se sentia quando você estava apaixonada? Ou amando alguém?
-É... - Gaguejei um pouco - Eu nunca me apaixonei por ninguém.
Vivi ficou aterrorizada por que eu era uma adolescente de 16 anos que nunca se apaixonara, nem sofrido por amor.

- Mas como assim?! Você nunca se apaixonou?
- Não, nunca me apaixonei, na verdade sei nem oque é isso, as pessoas choram por outras e eu fico tipo "Oi?", já me pediram conselhos, e desabafaram - se comigo, mas sempre fiquei perdida na hora de dar conselhos amorosos, como podia falar de uma coisa que eu não tinha ideia do que era?!

Vivi ficou aterrorizada mais uma vez, e parou no tempo, olhando para o nada, até olhei para onde ela estava olhando, mas não tinha nada de especial para olhar por tanto tempo, ela estava pasma.

- É inacreditável - disse ela com um tom inseguro e gaguejado- Você tem certeza que nunca acordou de manhã pensando em alguém? Nem quando você olhava para a parede branca do seu quarto, nunca via um rosto de uma pessoa especial nele?

- Não,Vivi! Isso é loucura. Cresci com todas as garotas ao meu redor chorando por amor e quase nunca sorrindo por conta dele, de 10 amores, 9 elas já tinha chorado e rezavam para quem elas estavam amando no momento desse certo, sempre necessitando de pessoas alheias. Amor é isso??? Sofrimento? Então fiz um acordo comigo mesma, desde muito nova controlar meu coração, eu que controlo ele, e não ele que manda em mim. Amo quem eu quero, e gosto de ser assim, melhor que ta chorando pelos cantos, por alguém que não está nem ai por você, eu que comando meu coração.

Vivi sorriu para mim e me disse
- Você realmente é única,e isso é um super poder que só você tem, controlar seu coração?! Mais poderosa que a Mulher maravilha.

Então caímos na risada.

O meu poder acabouOnde histórias criam vida. Descubra agora