Recomeço

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Acordei às 5h da manhã, meu despertador estava programado para 6h, então fiquei na cama mais um pouco, afinal mais uma segunda feira, e digamos que segunda feira nunca é um bom dia. Aproveitei apenas 5min de paz, logo algo ou melhor alguém começou a levantar meu lençol e engatinhar até mim.

- Mama, não consigo mais dormir. O bichão veio bliga comigo.

Essa era a Valentina, a menina dos olhos extremamente azuis como o oceano, os cabelos negros e a pele branca como a neve. Não tinha muito a ver comigo, e esse era o nosso maior problema.

- Vem cá princesa. Ja ja vamos levantar e você vai rever seus amiguinhos na creche. Que tal a gente comer aquele bolo enorme de chocolate que a sua avó mandou?

- Quelo o bolo mama, mas não quelo ir pala creche.  Ela fala fazendo manha, como toda segunda.

- Ah, então não vai ganhar um pedaço do bolo da vovó. Vou comer tudo sozinha.

Valentina arregala os olhos e levanta do meu colo, corre até a porta, olha para mim e diz.

- Ah mama, eu julo que vou me alumar rapidinho, e vou para creche, só me dá um pedacinho de bolinho ?   Me olha com aquele olhar de gatinho manhoso, nossa, ela conseguiria o mundo se continuasse assim.  Mas pensei que faria mais manha, essa segunda começou errado.

- ok Tina, vá para o seu quarto, dona margo já deve está te esperando.

Ela corre para o quarto, olho para o relógio e vejo que faltava pouco para o despertador apitar, me levanto e vou até o banheiro. Me olho no espelho e vejo a mulher que me tornei. Me chamo Ana Ribas, tenho 26 anos, sou promotora federal, lutei muito para chegar nesse patamar onde me encontro. Porém cada queda, cada machucado valeu a pena. Atualmente, sou solteira, e não, não sou nenhuma mulher feia. Aliais, muitos me acham atraente, tenho 1,63 de altura, e um corpo bem malhado, seios médios, bunda e coxas grandes e a cintura fina. Meus cabelos são ruivos, longos e ondulados, e os olhos castanhos, pele bronzeada. Isso tem um enorme peso quando ando com a Tina.

Valentina era meu presente dos céus, sim eu a adotei, quando ninguém a quis , eu estive lá. Foi uma época difícil, para mim e para todos da minha família, afinal na época eu era apenas uma advogada e estava estudando para concurso. Foi difícil me adaptar, porém hoje dois anos depois, vejo que tudo valeu a pena. A mãe dela não quis mais contato, e o pai nunca apareceu, e espero que continue assim.

Saí do banheiro e Valentina estava com seu uniforme, cabelos arrumados e com sua mochila nas costas. Ela tira os olhos da televisão, me olha e sorri. Me direciono até o closet e me visto. Opto por uma saia cintura alta vinho, blusa branca e algumas joias. Solto meus cabelos e passo apenas um batom e rímel. Estava perfeito.

- Valentina, vamos tomar café. 

Sem questionar, ela se levantar, pega na minha mãe e vamos até a cozinha onde um senhora na faixa dos seus 50 anos  preparava o nosso café. Margo era minha segunda mãe, me ajudou muito com a Tina,e principalmente cuida muito bem dela quando eu viajo para resolver pendências do trabalho.

- Bom dia minha pitchula, como estamos?

-Já disse para não me chamar assim criatura. Bom dia minha menina, estou terminando a mesa para o café, vocês duas estão bem agitadas para uma segunda feira.

- Acredito que hoje finalmente será um bom dia Margo, aliais coloque um pedaço de bolo de chocolate para essa miniatura aqui.

- Eu disse tia Margo, eu vou ganhar um pedação de bolo.

Tina saiu correndo para se sentar, Margo e eu rimos da travessura daquela pequena menina. Sinto meu celular vibrar, quando tiro do bolso vejo que é o procurador, pois é, meu dia estava bom demais para ser verdade.

- Olá procurador, no que posso ser útil neste horário da manhã.  Disse de forma irônica.

- Sem tempo para as suas ironias Dra. 

Vemos que alguém não começou a semana bem. Carlos Roberto era procurador do estado, foi muito merecido esse cargo designado a ele. Mas acima de tudo, ele também era meu amigo.

- Nao falarei mais doutor Carlos.   Depois de 10s, nós dois caímos na risada, afinal o que era o Carlos sem o seu mal humor matinal.

- Temos um caso, na verdade, você tem. Estamos com um caso militar. É raro Dra. Ana então é uma oportunidade única.

Nessa hora meu corpo vibrou, adorava casos assim, e nunca tive oportunidade de está presente em um. Nesse momento, eu me senti ganhadora do prêmio Nobel.

-continue...

-Caso de assassinato. Uma pessoa foi atingida no ataque ao capitão Guilherme Vazzina.

Aquele nome me deu arrepios em lugares proibidos. O dono daquele nome estava de volta à cidade. E eu novamente era tomada pelo ar sedutor que ele exala.

Guilherme Vazzina, era um homem extremamente sedutor, deveria está na faixa de 33 anos,  ele fazia parte da minha época de faculdade. No meu terceiro ano eu acabei ficando com ele, foi o último cara que deixei chegar nesse ponto, porém considero que cai nos encantos do diabo. Logo depois de três visitas ao seu apartamento, Guilherme simplesmente começou a me ignorar, e aquilo me machucou por mais ou menos 2 anos. E agora eu me sinto a mesma jovenzinha medíocre de 6 anos atrás. Estou perdida!




OLÁ!!! Resolvi retomar as postagens. Deixe aquele like e comentário... adoraria conhecer vocês. Bjsssss

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⏰ Última atualização: May 23, 2018 ⏰

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