Não precisa me conhecer a fundo pra sacar a minha essência. Seja onde for, se eu chego, você vai me notar e perceber que não sou do tipo morno, sem luz, sem sal, que chega e sai sem ser notada. Cê vai ouvir minha gargalhada, vai me ver gesticular. Bela, desbocada e do bar. Eu sou do tipo que precisa se expressar: nas caras e bocas, nas roupas, nas tatuagens. No exagero mais discreto ou discrição mais exagerada que você já ouviu falar.
Eu chego e dou o meu recado, goste quem gostar. Você ama ou odeia, mas tem que admitir que não dá pra ignorar. Eu chego fazendo barulho! Eu danço, eu bebo, eu tropeço. Eu falo, depois eu penso, mas não me arrependo não. Eu canto sem ritmo e sem a menor afinação, mas com emoção e performance brega de karaokê, que é pra combinar com a vida.
Eu amo coisas paradoxas, desde estilo musical á comida. Não tem nada óbvio, não tem um raciocínio lógico, eu misturo tudo porque me acho é na bagunça. Não preciso parecer isso ou aquilo, cult ou descolada. Eu sou um pouquinho de tudo, eu sou corpo jogado no mundo, eu sou o meu mundo todo na primeira jogada.
Cê não precisa de mais que uma rodada de cerveja no bar pra saber exatamente onde vai pisar: eu escancaro tudo que sou e que sinto, sem mimimi, sem blablablá. Quem achar pesado, já vai fazendo o favor de se levantar. De me poupar. De não voltar. Porque tem vida demais pra viver, gente demais pra conhecer, então, vê se não leva a mal, mas não tenho mesmo esse tempo pra perder.
Se você não consegue acompanhar meu raciocínio, pode rir e chamar de viagem. Que eu também sou mochila nas costas! Louca pra ir embora de tudo, louca pra explorar. Mochileira que ama um romance-porto-seguro, louca pra ficar. Duas mulheres que não se comunicam dentro de mim. Duas mulheres prontas pro que der e vier, pra quem vier e fizer, quem merecer estar. Tu acha que consegue aguentar?
Porque eu sou essa confusão aí e não quero ninguém tentando me arrumar. Sou inteira, sou intensa, sou tempestade e não vou mudar. Só fica quem pode, quem quer, quem eu quero e quem encarar. Porque quem não aguenta com mandinga, meu amor, não carrega patuá!
