[exposição de sentimentos]

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No fim de cada performance, quando todas as luzes já haviam se apagado e nada mais restava para se mostrar, era quando eles se encontravam. Isso fazia ambos extremamente felizes, e aos beijos, se entregavam num ambiente inóspito que pertencia aos dois somente. 

Uma bagunça completa de mãos para todos as direções, piruetas que só de olhar deixava qualquer um tonto, destreza ainda que delicadeza, cuidado nos movimentos, até mesmo a ponta de seus dedos dançava, e o sorriso em seus lábios, tão sereno, tão em paz, acabava por seguir o ritmo da música. Assim, de corpo e alma, Sicheng se mexia freneticamente, como se ele fosse o compositor da melodia suave que tocava ao fundo, não hesitando em ser sensual, porém sem ser vulgar de forma alguma, apenas mostrando talento e arte abstrata.

Jaehyun tinha seu fôlego tomado a cada vez que assistia seu namorado naquele palco, e quando este dançava somente para ele em privado era como se toda sua sanidade se esvaísse.

Enfeitiçado, acompanhou com o olhar o jeito que o chinês mantinha-se firmemente sustentando o jeito sedento com o qual o observava, trabalhando de forma mais provocativa suas mãos contra seu próprio corpo, as fazendo viajar por sua cintura, lábios, cabelos, atiçando cada vez mais os instintos insaciáveis e primitivos que cresciam sem um fim em Yunoh. Sicheng era adorável, dócil, parecia um anjo que havia acabado de cair do céu com o objetivo de salvá-lo das impurezas do mundo; tão magnífico que era impossível não se apaixonar a primeira vista. Porém tudo isso era uma máscara, aparências, pois na realidade, aquele garoto era a própria personificação do diabo trazendo consigo pecados que nenhum ser humano em sã consciência teria coragem de cometer. Ah, mas Jaehyun tinha sim plena lucidez, e tudo o que fazia era por Sicheng.

Meticulosamente, o anjo adorado se aproximou, sorrindo de um jeito tão inocente que era fácil acreditar, todavia, o olhar mostrava claras segundas intenções e o jeito que seu indicador descaradamente tocou o peitoral alheio, o domando sem precisar dizer nada, o obrigando a sentar no sofá, indicava com clareza do que ele tinha sede. 

Sem aviso prévio, subiu no colo de Jaehyun, acomodando-se ali, como já era de costume. Desabotoou os botões do colarinho da camisa dele, calmamente, conectando seus olhares que já diziam mais do que quaisquer palavras que poderiam ser proferidas no momento.

Yunoh aproveitou para se aventurar por baixo do figurino que seus estilistas o obrigavam a usar, suas mãos acariciaram a pele amorenada, contornando a cintura desnuda, enquanto seus olhos não se desviavam do rosto que se contorcia em um misto de prazer e dúvida. Arfadas sonoras saíam da boca de Sicheng, e Jaehyun só havia começado a tocá-lo, porém o chinês já estava tão extasiado com simples toques que chegava a ser impressionante, tão submisso que tornava tudo tão mais profano e excitante. Subiu um pouco mais, fazendo seus dedos viajarem até o abdômen não muito definido que lhe dava uma vontade imensa de morder, levantando a blusa apertada que este usava no processo, a retirando logo em seguida. O garoto de cabelos tingidos em seu colo envolveu seu corpo com os próprios braços, o rosto completamente corado, por pouco enganando o moreno, quase como se não tivesse sido ele quem iniciou o ato. E de forma ou de outra, ele era tão bonito, tão escultural, como uma peça rara de um museu.

Yunoh impediu que Sicheng se escondesse, se aproximando do seu ouvido para sussurrar, "tu és tão lindo, meu anjo, não se esconda dessa forma, eu quero ver tudo de ti," e com isso dito trilhou um caminho de beijos daquela área até o pescoço do alguns meses mais novo, roçando seu nariz na curva, causando arrepios e sorrisos involuntários no chinês sensível.

"Eu amo você," murmurou o loirinho, ocupando suas mãos agora com as costas ainda cobertas de Jaehyun, as acariciando como podia. O último citado, por outro lado, ficou ainda mais animado ao ouvir tais palavras, então parou o que estava fazendo somente para beijá-lo avidamente, o gemido surpreso dele contra sua boca tão certo que chegava a ser extasiante. Ele era viciante demais, perfeitamente encaixando em si, de maneira que o fazia pensar inúmeras vezes no quão complementares eram.

Uma das experientes mãos de Sicheng se prendiam aos fios negros de seu cabelo com certa força, ao que a outra se firmava em sua nuca, desenhando círculos imaginários contra a região. Aprofundando mais o beijo, vez ou outra mordendo aqueles lábios desejáveis que posteriormente ficariam avermelhados, Yunoh atreveu-se a encaminhar uma das mãos até o baixo ventre do mais novo, sem dificuldades invadindo a calça de tecido sintético, passando a estimular a excitação que ali já crescia. Com somente este toque, Sicheng afastou o beijo e arqueou as costas, deixando o rosto do amado perto de seu peito. Um gemido indignado lhe escapou, e fechava os olhos com força para controlar os espasmos quando a língua gelada de Jaehyun fez contato com sua pele efervescente, tornando mais difícil suportar mais um pouco e controlar-se.

Yunoh sentia-se inebriado, bêbado com o gosto aditivo do outro, e ele sequer havia provado tudo ainda, só estava começando. Ainda assim, sentia seus sentidos falharem e, de modo quase que dependente, clamarem por mais.

A música que tocava ao fundo mesclava-se com a atual situação deles,

Pêssego e creme
Mais doce que doce
Bochechas de chocolate
E asas de chocolate
Mas suas asas são as asas do diabo
Na frente seu doce é amargo, amargo

tornando a atmosfera do quarto tenebrosamente ardente, sufocante, frenética.


[a/n]: eu tive que separar em dois, porque eu não terminei a segunda parte e tava ansiosa demais pra postar aaaa ;;

sim, é inspirado em blood, sweat & tears porque eu não resisto a essa música. 

e porque eu tô ardendo de febre e postando isso???????? não tem nada a ver mAS

não faço ideia de quando vai ter continuação, então... lfkdlçfd desculpem-me aaaa prometo postar logo logo!

até~ chu ♡

ídolo ;; jaewinOnde histórias criam vida. Descubra agora