coelhos ;; dojae

[coelhinho fofo]

Yunoh contemplava, sempre que podia, toda a fofura residente em Kim Dongyoung. Especialmente agora, enquanto ele estava de um jeito muito adorável brincando com os coelhinhos de sua avó. As mãozinhas acariciavam o pelo macio do coelho branco, e este ronronava a todo momento, pedindo por mais afagos. O sorriso de Doyoung era impagável de tão bonito, fazendo com que Jaehyun inconscientemente sorrisse também, contagiando-se pela felicidade do outro.

Aproximou-se e sentou ao lado do mais velho, que não desviou o olhar por um segundo sequer, mantendo sua concentração no animalzinho que parecia tê-lo adorado. Não estava frustado, na verdade ficou até aliviado por Doyoung não ter desviado sua atenção para si, nunca conseguia ter controle de suas emoções quando ele lhe ouvia ou simplesmente olhava.

Deitou a cabeça no ombro do rapaz de cabelos tingidos, e dessa vez teve a certeza de que ele sabia de sua presença, pois sentiu sua respiração ficar descomunal e errática. Não iria olhá-lo, não agora. Provavelmente seus lábios estariam a centímetros de se tocarem e Yunoh temia não resistir. Portanto deixou que seu olhar vagasse nas belas mãos que agora escovavam o pêlo do coelho nervosamente, transmitindo quase que sem saber os efeitos que Jung Jaehyun tinha sobre o outro.

Mas não seria Doyoung caso ele deixasse um silêncio desconfortável simplesmente pairar entre ambos, assim, ele se pronunciou, "eu amo coelhos," um assunto retórico, voz tremelicando e um tom rouco expondo sua ansiedade, "não acha que são fofos?" para distrair-se ainda mais, pegou a criaturinha do chão e a trouxe para seu colo, a depositando ali. O coelhinho aceitou de bom grado o gesto.

"Sim, eles são muito fofos," agora sim tomara coragem de olhar para cima, encontrando o mais velho de olhos fortemente fechados como se quisesse evitá-lo. Não hesitou em deixar um sorriso de covinhas tomar-lhe o rosto, nem disfarçou a respiração pesada batendo contra o rosto alheio. Afastou-se do ombro dele para conseguir olhá-lo mais de perto, e caso se aproximasse mais, poderia facilmente tomar os lábios de Dongyoung para si, "só que você é mais," permitiu-se sussurrar, e suas bocas se tocaram minimamente. O contato repentino foi suficiente para fazer o outro abrir os olhos num repente, encontrando os castanhos límpidos de Jaehyun, "você parece um coelhinho todo assustado desse jeito, hyung, e é adorável," sorriu ladino, ousando se aproximar cada vez mais.

Doyoung fechou as pálpebras mais uma vez, aguardando o contato que receberia vindo de Yunoh. E quando os lábios macios tocaram os seus, ele relaxou quase de imediato. Era como uma plena calmaria após uma tempestade ao mesmo tempo em que seu coração batia freneticamente, causando terremotos em seu interior. Sentimentos estranhos que já haviam dado sinais antes se mesclavam com a peculiar sensação de que eles tinham um encaixe perfeito. Ignorou todos estes e se concentrou em levar sua mão direita para a nuca do moreno, aprofundando o beijo que ele iniciara. Nem "borboletas no estômago" se equiparava ao que ambos sentiam no momento.

Após um tempo, separaram-se para recolher o oxigênio que faltava em seus pulmões. Jaehyun estava evidentemente ruborizado, e Doyoung nem um pouco diferente dele. O coelho branco que até agora se mantinha no colo do mais velho fora esquecido.

Sorriram em euforia, e se beijaram mais uma vez. Yunoh deixava escapar comparações de Dongyoung e coelhos vez ou outra, o que irritava o último citado, o obrigando a calá-lo com mais beijos.

Talvez a segunda coisa preferida de Kim Doyoung fosse os doces lábios de Jung Jaehyun. Ele só não confessaria isso.