O amor é a essência de Deus e a base de todos os relacionamentos saudáveis, profundos e verdadeiros, daí João ter afirmado que quem ama nasceu de Deus e o conhece (I João 4.7), e Paulo asseverar que quem ama cumpriu a lei (Romanos 13.8).
Quando falamos de amor, não estamos referindo-nos meramente a um sentimento de bem-estar e bem-querer ao outro em relação ao qual temos empatia e simpatia, e sim a algo profundo, enraizado em Deus e eterno como Ele.
Estamos referindo-nos ao amor ágape, descrito em I Coríntios 13.4-7:
"Um amor que nos faz ser benígnos, misericordiosos, verdadeiros, e não invejosos, murmuradores, facciosos, injustos; um amor que nos permite tratar o outro com carinho, consideração, respeito, longanimidade, e não com leviandade, soberba, indecência, egoísmo, irritação; um amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".
É precisamente esse amor divino, somado ao amor eros, o amor conjugal, que mantém um casamento saudável, harmônico e feliz.
Só o amor ágape nos faz ser altuístras, tolerantes e abnegados; buscar não o nosso interesse, mas o interesse e o bem-estar do outro; ter paz, equilíbrio e vencer as crises.
Quem se casa sem amor, por qualquer outro interesse isolado (dinheiro, status social, atração física, vontade de livrar-se de pais violentos e/ou castradores), dificilmente será feliz, pois sem amor não há união/comunhão profunda e duradoura, tampouco felicidade.
O amor dá sentido e beleza à nossa existência.
Por isso, Paulo afirmou que, ainda que um cristão fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, suas palavras serão como um sino retinindo ao vento; ainda que tenha o dom de profetizar, conheça todos os mistérios do universo e tenha fé a ponto de transportar montes, sem amor, nada será; ainda que distribua todos os seus bens aos pobres e entregue o seu próprio corpo para ser queimado, sem amor, isso de nada adiantará (I Coríntios 13.1-3).
Quando há amor genuíno, os cônjuges prezam um ao outro, naturalmente cedem em favor do outro, toleram e superam suas diferenças, perdoam as faltas e seguem em frente, porque entendem que melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro [...]; se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão... (Eclesiastes 4.9-12).
E sabe qual é o resultado dessa cumplicidade para os cônjuges? Eles caminham juntos, amadurecem emocionalmente e crescem em todas as áreas; afinal, um não se acha melhor nem superior ao outro; antes, sabem que são diferentes um do outro, e usam essa diferença a seu favor.
Isso quando o homem e a mulher são emocionalmente maduros para compreender que não se casaram com um espelho, que refletirá a imagem narcisista deles, nem com a sua mãe ou seu pai, que continuirá a adivinhar e a fazer todas as suas vontades.
Sendo assim, se você deseja um casamento sólido, duradouro e feliz, cultive e demonstre o amor não apenas com palavras, mas com atitudes que atestem a veracidade do seu relacionamento e compromisso.
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Vínculos do Amor
SpiritualCasamento, Sexualidade e Criação de Filhos Livro de: Silas Malafaia "Sendo o vínculo aquilo que ata, liga, vincula emocional e moralmente duas pessoas num relacionamento interdependente, tratamos neste livro sobre os dois vínculos mais importantes n...