Trigésimo Sexto

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        O dia da minha morte.

  Ninguém além dele sabe oque me levou a me matar, apenas um passo me distanciava da minha morte, uma linha tênue entre a vida e o descanso eterno.

 A garota estava na sacada do último andar de um prédio de catorze andares, uma construção não muito alta para olhos normais, mas alto o suficiente para tirar um último fôlego da garota, a última batida do seu coração.

 A decisão de saltar para a morte não foi pensada de última hora,  foram meses de tortura psicológica e depressão diagnosticada, não levada a sério pelos seus parentes; um amor mal inacabado e brigas familiares só a levaram de mal a pior e ela não se achava forte o suficiente para aguentar tudo isso sem poder falar nada.

A garota olhou para baixo, avistando pessoas apressadas, ocupadas com suas vidas corridas, não alheios ao que aconteceria a alguns minutos. Ela  pensou como a sua família reagiria, se iriam se arrepender das palavras não ditas, ou das discussões por bobagens. Era claro que não, eles apenas seguiriam com suas vidas.

Foi então que a garota vestida apenas com uma bata hospitalar deu um passo adiante, escorregando da sacada e assim, fechou os olhos.

Frases de uma garota paranóicaOnde histórias criam vida. Descubra agora