Capítulo 1

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--Absolutamente não!--Meu pai grita e bate na mesa dando sua ultima resposta sobre me deixar ir estudar fora da sua vista

--Querido...--Mamãe começa, mas papai a para

--Cathe, eu já disse que não, é muito simples, não vou deixar ela sair do país até que se case

--você só pode estar brincando comigo!--Digo revirando os olhos e sua carranca se aprofunda

--Deus, parece que as duas crianças são vocês dois e não Savanna e Rayan

Depois de mim, minha mãe ficou grávida dos gêmeos, Marlon e Mary, depois disso veio o Stefan e então Savanna e por fim, o mais novo que tinha 4 anos Rayan... É, meus pais gostaram de fazer filhos, mas não acho ruim, apesar de as vezes meus irmãos serem um pé no saco, porque passei anos sendo filha única porque meu pai não sabia da minha existência

Olhamos para ela com cara feia e ela começa a rir de nós dois , o que nos leva a começar a desfazer as caras bravas aos poucos e logo um pequeno sorriso a contragosto se forma em nossas caras carrancudas. Não sei o que mamãe tem ou faz, pois sempre era ela que conseguia nos fazer rir e que voltássemos a nós falar, já que constantemente depois que completei meus 16 anos e descobri que tinha um mundo todo para ser explorado e que eu não queria ficar trancada dentro da nossa imensa casa em Londres, meu pai decidiu que nem mais ir para escola eu poderia, então estava tendo aulas em casa. No entanto, agora tenho 21 anos, sou maior de idade, e quero fazer uma faculdade, porém, longe de casa, o mais longe que conseguir ir

--Amor, ela irá e isto já está decidido, não iremos discutir mais sobre isso, me entendeu?--Minha mãe faz a cara que meu pai nunca recusava e sentia medo

--Mas...

--Lucca!--Ela repreende ele e suspirando afirma com a cabeça

Começo a saltitar pelo escritório do meu pai e minha mãe se junta a mim

--Porém...--Paramos instantaneamente com aquelas palavras--...Você estará sendo seguida por guardas costas e isso não está em discussão--Ele sorri diabolicamente

--Mãe!--Exclamo por ajuda

--Não posso fazer mais nada, cariño, é pegar ou largar

Penso sobre os guardas costas me seguindo vinte e quatro horas e começo a bolar planos para despista-los

--Tudo bem, então--Dou de ombros--Este é apenas um pequeno detalhe

Meu pai parecia surpreso com a minha resposta tão rápida e sem espernear

--Céus, nunca achei que ia estar deixando minha filhinha sair de casa tão cedo--Ele diz passando as mãos no cabelo preto

--Papai, já sou maior de idade, tenho exatamente 21 anos, não sou mais um bebê

--Querida...--Ele sai detrás da mesa e vem me abraçar-- Entenda, você sempre será meu bebe

--E a minha também--Mamãe se junta a nós dois

--Mãe o Marlon está me enchendo--Mary entra gritando em modo adolescente de 13 anos em crise

--Meu Deus, quando vocês dois iram parar de brigar, hein?--Mamãe entra no modo brava 

--Mas eu não fiz nada!--Mary tenta se defender

--A culpa é dela!--Grita Marlon de longe

--Agui, vem brincar comigo --Savanna com seus 6 anos vem me chamar

--Acho que vou sentir falta disso--Olho para a minha família enorme e barulhenta

--Ainda tem tempo para mudar de ideia, querida--Papai sorri inocentemente

--Isso não vai acontecer papai--Beijo sua bochecha e vou correndo para o meu quarto a procura da minha nova casa

***

Um mês...Foi isso que levou para eu e meu pai entrarmos em concordância de para onde eu iria...Espanha!

As milhares de malas estavam na porta e eu a minha espera e assim que sai pelas portas amplas de casa para encontrar minha família me esperando para se despedir, a saudade disso já começava a bater dentro do meu peito

--Oh meu Deus , vocês vão me fazer chorar--Digo enquanto fazíamos um montinho para um abraço coletivo

--Ainda dá tempo de desistir, cariño--Papai fala

--Você sabe que não farei isso--Digo para ele

--Não custa sonhar--Ele dá de ombros

--Não se esqueça, tia Maria estará a sua espera no aeroporto--Mamãe segura meus ombros com força

--Sim, mamãe, você já me falou isso umas mil vezes desde o dia que você marcou com ela

--Ohh...--Ela me puxa para seus braços e me esmaga--Vou sentir tanta saudades--Ela começa a chorar

--Mãe, não estou indo para sempre e vocês podem ir me visitar...Não toda hora--Esclareço, porque talvez depois de 30 minutos que eu tenha ido eles começassem a sentir saudades e fossem partir atras de mim

--Sim...--Ela funga--Sua tia Anna manda lembranças e desculpa por não poder vir, mas Cassie ficou doente

--Cassie esta bem?---Pergunto preocupada

--Sim, apenas uma febre, por causa dos dentinhos

O carro para abaixo das escadas e algo em meu peito cresce

--Bom, acho que chegou a hora--Solto o ar

Dou mais um abraço em meus irmãos e irmãs e em meus pais junto com um par de beijos e desço as escada para entrar no carro que me levaria para minha primeira aventura livre dos meus pais...Livre de títulos e afazeres

Depois de te conhecer Where stories live. Discover now