o começo

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Oi meu nome é Jack e eu sou o garoto perdido mas nem sempre foi assim. Eu já fui um menino normal, ao menos até minha mãe morrer. Ninguém da família quis ficar comigo então vivi em um orfanato dos 9 aos 16 anos, quando fugi. Foi muito difícil recuperar o tempo perdido, Deus sabe as coisas que tive de fazer pra arranjar dinheiro mas, finalmente, consegui alugar um sobrado e consegui um emprego num restaurante meia boca do bairro

A única coisa que faz me esquecer da dor é minha namorada, Mary. Quando estou com ela eu não sou mais o templo do ódio, eu sou alguém bom. Ela é tudo pra mim, minha casa, meu universo, meu tudo. Nós sempre curtimos estudar esses lances " sobrenaturais" mas eu pelo menos nunca acreditei nisso. Mary procurava provas, coisas em que acreditar, eu apenas tento esquecer um pouco o mundo real.
Certo dia enquanto líamos um livros intitulado " rituais e invocações " ela perguntou:
- Jack, você faria um desses rituais comigo ?
- claro amor, já fizemos antes... mas sei lá eu me convenci que são só histórias...
- jack eu sei... mas se tivermos um prova... Se virmos alguma coisa... Então teríamos em que acreditar, porque se o mal existisse a lógica diz que o bem também existiria...
- Mary, se realmente quiser fazer isso....
- podemos fazer amanhã depois da aula, mas só se você fizer comigo
- eu sempre vou fazer tudo com você, eu te amo esqueceu ?
- minha memória é fraca sabe... - ela disse sorrindo
- mas eu vou te lembrar dias após dia até depois da morte estaremos juntos - eu falei enquanto beijava com ternura sua boca.
- eu também te amo Jack - ela retribuiu com carinho.
A noite passou veloz como um raio enquanto nos amávamos. Era diferente com ela, não era só algo físico, nossas almas estavam juntas, nós éramos apenas um. Nunca amei ninguém como a amava e se era esse ritual que ela queria fazer... Então seria feito.

No dia seguinte a gente foi pra escola, ela era 1 ano mais nova que eu mas como eu repeti o segundo ano, ficamos na mesma série e graças a um verdadeiro milagre ocasional na mesma turma também.
- jack, você assistiu ontem ? O Devin ficou com a Amy
- amor...
- eles formam o casal mais bonito de todos...
Amor...
- que ?
- sabe que não estou entendendo nada né ? - perguntei brincando
- eu esqueci... - ela falou sorrindo como só ela sorria
- então, o que você acha desse novo professor
- an ?
- o professor de física... sabe... O que tá bem ali na frente...
- ah... sei lá, eu gosto dele, só não gosto da matéria - falei com tom de riso na voz
- você estava distante, no que tava pensando ?
- em você. Como sempre - respondi sincero
- você não pode repetir de novo
- é verdade. Não posso.
- Jack... esquecendo um pouco isso, a gente vai fazer o....R-I-T-U-A-L aonde ? - perguntou ela quase que só mexendo os lábios
- na minha casa ? - perguntei
- não, tem que ser um lugar mais reservado.
- nossa... magoou agora - disse fazendo uma cara triste
- para de graça, é sério
- eu conheço um lugar, não fica muito longe daqui...
- tudo bem. Lá então
O resto da aula foi ótima considerando que eu não fiz nada além de ficar perto da pessoa que mais amava no mundo.

No intervalo, fiquei feliz por ver viktor, meu melhor amigo desde a 7- série. Depois de um mês no hospital ele finalmente fora liberado,e parecia ótimo
- Jack, quanto tempo - ele falou em quanto apertava minha mão com um sorriso realmente feliz
- senti sua falta cara.
- não começa com a viadagem ein - ele respondeu zoando
- mas e aí, você tá legal agora ?
- melhor que nunca, quer dizer... Bom....
- fala logo viktor
- eu tô apaixonado
- meu Deus, é parece que vai ter que voltar pro hospital.... - continuei com a zoeira
- é sério
- quem é o cara ? Quer dizer... a mina
- a katia
- não é a...
- a chefe das líderes de torcida ? É sim
- mas ela não tá saindo com...
- o Matt, do basquete... eu sei, é loucura
- que nada, você é melhor que ele. Só precisa parar com esse sentimento de inferioridade.
Eu via muito de mim no viktor, antes de conhecer a Mary eu era muito depressivo e qualquer coisa me deixava triste ( ou com raiva, na maioria das vezes ). Eu não podia deixar ele triste, era o único amigo de verdade que eu tinha, era um irmão pra mim.
- cara... eu comprei um guitarra nova, vai lá em casa na hora depois da escola
- mas e a Mary... ?
- ela disse que não vai poder ir ( o que me deixou triste ) têm umas coisas pra comprar ( os materiais pro ritual )
- maneiro, vou te ensinar como se toca - ele falou se animando
- veremos - falei sorrindo
Uma das coisas boas de morar sozinho era que eu podia levar qualquer um a qualquer hora, sem nenhum problema. O resto do dia passou rápido enquanto eu fazia as lições mais chatas que já havia visto.

Finalmente, o sinal tocou dizendo que mais um dia tinha passado. Mary me disse enquanto descíamos as escadas
- eu vou chegar lá pelas 20:00
- e eu vou ficar sozinho até lá ? - brinquei com uma expressão boba no rosto
- vai... Vamos ver se sobrevive - ela brincou comigo, enquanto caminhávamos no pátio em direção ao portão da escola
- eu não sei não... minha comida não é muito segura
- ah... isso eu sei - falou ela, com um tom de verdade na voz pois, na última vez que tentei fazer um " jantar romântico " quase envenenei nós dois... É, não foi muito romântico.
- até mais tarde Jack - ela falou me dando um daqueles Beijos em que a alegria e o amor dela passavam pra mim como em uma ponte mágica
- te amo Mary
- é bom mesmo... - ela falou fazendo a mesma careta que eu tinha feito alguns minutos atrás. Assisti ela se afastar e quando ela sumiu de vista, só então eu consegui ir

a tarde passou rápido enquanto eu e viktor tocávamos nosso velho rock n' roll. Era uma sensação boa, a música era uma das coisas que eu mais curtia. eu e Mary discutíamos muito por isso, ela curtia bandas como: bvb, asking Alexandria... eu tava mais pra Angra e helloween... era muito engraçado a gente brigando pra ver qual era o melhor guitarrista... mesmo longe dela, estávamos juntos. Sempre foi assim. Você deve estar se perguntando " como esse cara meloso se tornou o garoto perdido ? " bom... Você vai descobrir, e não vai gostar muito. Isso eu posso prometer.

Jack - O garoto Perdido Onde histórias criam vida. Descubra agora