Dia cinza

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La fora, o sol sumiu, o tempo fechou e tudo ficou cinza, eu sem saber de nada estava em um quarto aguardando a enfermeira chegar com meu bebê, David caminhava de um lado para outro pensativo, pergunto se ele estava bem, ele me olha e diz:

-Eu queria muito gostar dessa criança, eu até tentei no início, mas eu sei o mal que ele vai causar, se livra dessa coisa agora.

-David, eu não entendo, você parecia estar tão feliz e agora quer matar o meu filho ? Ele é uma criança, que mal poderia causar? Quando ele crescer a gente da um jeito, mas agora ele é apenas uma criança inocente, frágil, que precisa de cuidados. -Falo com os olhos cheios de lágrimas.

A enfermeira entra no quarto muito assustada, com meu filho em seus braços, vem até mim e me entrega ele em um cobertor e sai correndo parecendo estar com medo, ao olhar para meu filho, ele estava com os olhos vermelhos e sorrindo, penso em chamar David mas fico com medo do que ele possa fazer, então apenas o abraço enquanto ele chora.

David vem correndo para ver o porquê dele estar chorando, e na hora ele parecia uma criança normal, olhando para david como se pedisse um abraço, David o olha mas nao parece se comover, e sai do quarto as pressas.

Eu fico sem saber o que fazer, eu nao sei se ele é uma criança normal e faz coisas de criança normal ou se vai sair falando, pedindo almas, eu estou ficando paranoica, ele é apenas um bebê como eu fui.

O tempo fica feio, parece estar vindo temporal, mas o estranho era que nao estava marcando chuva para aquele dia, será que teria alguma coisa a ver com... De novo eu ja estava pensando besteira.

Uma enfermeira vem até o quarto para saber como o bebe estava e me pergunta que nome eu tinha colocado nele, na hora me veio o nome Simon na cabeça nao sei porque mas parecia um nome legal, então falei pra ela que ele se chamaria Simon.

Muito cansada eu tinha pegado no sono com Simon do meu lado, David tinha sumido, talvez para digerir essa história e aceitar que eu vou cuidar do meu filho. O mundo la fora parecia estar desmoronando, até eu dormir e nao ver mais nada. Acordo com um barulho horrível, uma chuva muito forte e tudo escuro, ligeiramente olho para o lado e Simon nao estava la, desesperada saio correndo pelo hospital em busca de uma enfermeira para perguntar o que estava acontecendo e aonde estava meu filho, e não encontro ninguém, o hospital estava vazio parecia um hospital abandonado, me ajoelho no chão e começo a chorar.

Depois de uns vinte minutos me acordo em um lugar diferente do hospital, o chão estava todo sujo de sangue e caminhando mais um pouco podia ver centenas de pessoas mortas na minha frente, até aparecer David me chamando.

-venha, por aqui rápido. -ele fala cheio de sangue em seu rosto, mas nao parecia estar machucado.

Enquanto estava correndo até ele alguém me puxa pelo braço, era uma enfermeira, então pergunto onde estava meu filho, mas ao reparar bem em seu rosto vejo que estava desconfigurado, então tento sair correndo mas ela me impede e tenta me arrastar para uma sala, David vai atrás e atira nela, me libertando.

Após sair do hospital pergunto aonde estava meu filho, David me olha e diz:

-por mais que eu odeie o fato de você querer cuidar dessa coisa, eu o salvei, ele estava caido embaixo de uma cama muito longe do quarto que você estava, tentei procurar você mas nao achei, então resolvi levar ele para casa e depois voltar para te buscar.

O filho do dêmonioOnde histórias criam vida. Descubra agora