A Perola de Teerã

Kenan e Farida

Farida se acomodou no sofá, estava timida, Kenan em uma situação bem pior, desde que Samira e o pequeno morreram, ele não se relacionava com mulher nenhuma.
-Farida, juro que tentei te devolver.
-Quando casei com Nasir, foi bem pior.
-Você tem filhos?
-Não e isso fazia com que ele me batesse.
-Eu gostaria de ser alguém para sanar suas feridas.
-Você é casado?
-Viuvo.
No quarto, ela achou janelas modernas de vidro, cama de solteiro, tv e um armario para colocar as roupas, Farida também notou que Kenan não trancava a porta por fora como Nasir.
Kenan estava impressionado com a beleza da jovem de 22 anos, quais segredos se escondiam sobre o xador dela? Ele saiu de casa, foi comprar um presente de cordialidade.
Em uma joelheria viu um lindo colar de perolas brancas, já em uma loja ocidental um vestido vermelho, mas depois de tanto tempo? Mimar uma mulher lhe parecia estranho.
Uma serva da casa estava arrumando as roupas com Farida, quando a campanhia toca, é o vestido vermelho para a menina das ovelhas de seu protetor.
-Senhora, um vestido.
-Para mim?
-Sim e tem até cartão.
-Sabe ler?
-Não senhora.
-Nem eu.
Ela o vestiu, achou esquisito, pois não tinha manfa, caminhou com ele até a sala onde encontrou uma trilha de flores que lecvava a varanda do triplex.
Kenan ficou de boca aberta ao vê-la com o vestido vermelho, ela estava corada, quase um cromo de cor.
-Farida, essa noite quero que esqueça as magoas e se sinta especial.
-Por que? Nunca ninguém me tratou bem.
-Eu quero que esteja bem.
-por que Kenan?
-porque eu gosto de você.
Kenan compreendeu que a unica pessoa que Farida tinha vinculo além do irmão da mãe era o irmão, a fragilidade dela o comovia, como a quetia bem, depois de Samira ele não queria voltar a amar, mas a herança de Nasir estava mechendo com ele.
Eles jantaram com a vista da cidade como paisagem, o soriso de Farida contagiava Kenan, ela era uma pessoa boa, ele contava como era Nice e o ocidente.
Ela nunca havia tomado Campangne, então chegou cambaleando a cama, no dia seguinte, ela usando o seu xador preto, saiu para visitar Ali ainda em estado grave, no onibus Farida sentia o coração bater mais forte, mas será que isso é amor? Não sabia a resposta.
Havia boas noticias, Ali estava no quarto com Aisha, estava melhor, só com uma cicatriz no abdomen, Farida olhou o irmão com um sorido nos lábios, mas onde estaria José?
Istambul-Turquia.
José chorava de fome, não comia há 3 dias, foi ferido e anadava com os mendigos, estava sem rumo, inalava compulsoriamente maconha.
Desnorteado, andava litralmente na rua, quando um onibus o atropelou, matando-o na hora, as pessoas ficaram muito assustadas.
Sem documentos ou familiares, foi sepultado como idgente, en uma cova rasa, sem qualquer menção a sua existencia, Abdulah matou toda a familia.