Capítulo 2

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CHEGUEI!
Tarde mas cheguei hahaha!

Bom, como prometido aqui está o segundo capítulo. Espero que gostem!

B O A  L E I T U R A!


“Ele voltou “, foi apenas duas palavrinhas que fizeram todo sentimento de angustia voltar, essas duas malditas palavras que fizeram as lagrimas aparecerem e com elas o choro compulsivo, dor, raiva era isso que eu sentia, dor pois a cicatriz ainda estava aberta, raiva pois ele não tinha o direito de voltar.

- Angi, por favor não chora, não agora, vai ficar tudo bem – Shawn dizia enquanto me abraçava.

-Não consigo, é involuntário, as lagrimas só estão saindo, eu – Não consigo concluir a frase quando um outro soluço sai por minha boca. Eu não queria chorar, não podia, eu precisava ser forte, eu precisava enfrenta-lo.

-Acho melhor irmos, o sinal já bateu – Matt diz interrompendo meus soluços.

-Amiga se você quiser ir embora, nós iremos intender, eu falo com os professores, está tudo bem – Lox diz me olhando com pena, não eu não queria aquele olhar, não precisava dele, não mais.

-Não está tudo bem, eu só preciso de uns minutos para me recompor.

-Tem certeza?

-Tenho Shawn, pode ir, encontro vocês na sala- Digo já tomando a direção para o banheiro.

Ao entrar no mesmo olho meu reflexo no espelho, olhos vermelhos e borrados pelo rímel, eu estava horrível, e mais uma vez a culpa era toda Dele. Eu sentia vergonha, vergonha por ter chorado, por ter sido fraca, eu sou uma Hale, uma Hale nunca chora não por motivos tão asquerosos, eu me senti um nada, e pela segunda vez me sinto assim, e vejam só as duas vezes tinham o mesmo motivo, Ele, Theo Mccall, a pessoa que eu confiei cegamente, o cara o qual cresceu comigo, que me ouviu e que acabou com todas as minhas forças.

Não ele não é um ex – namorado babaca que me iludiu e agora voltou, ele foi o meu primeiro amigo, ele era ou é eu não sei bem ao certo o melhor amigo do meu irmão, vivia em casa, e com a pouca diferença de idade acabou que crescemos juntos, inseparáveis amigos, confidentes.

Fecho os olhos ao lembrar de tudo que passamos, e como num piscar de olhos sinto uma raiva avassaladora percorrendo pelas minhas veias, saio depressa do banheiro pouco me importando com os gritos da inspetora que estava a vigiar o corredor, eu precisava falar com Zac, e não era ali que o encontraria.

Em passos rápidos ando em direção a minha casa, eu estava furiosa, ele sabia o quanto isso me afetava, o quanto doía, e mesmo assim isso pouco o importava. Ele era a droga do meu irmão, e o idiota ainda insistia em não acreditar, corro quando avisto minha casa e ao entrar pela porta começo a gritar.

-ZAC, ZAC EU VOU TE MATAR- os gritos eram tão estridentes que era capaz da rua toda os ouvi-los.
-Querida você não deveria estar na escola? – Minha mãe diz conforme vem ao meu encontro.

-Cadê o Zac? ZAC – Grito mais uma vez, e quando penso em vaze-lo outra vez sou interrompida.

-Da para parar de gritar? Virou louca agora? – Um Zac com cara de sono desce a escada.

-Você é um desgraçado, imprestável- digo correndo ao seu encontro distribuindo socos por seus braços e peito.

-Para, Angi PARA – ele diz tentando segurar minhas mãos, a minha raiva era tanta que eu só queria fazer ele sentir toda dor que eu senti quando descobrir que ele estava de volta.

-Como você teve coragem de esconder isso de mim, você sabe de tudo o que aconteceu, droga.

-Eu não posso acreditar que todo esse showzinho seu é por causa que o Theo voltou – ele diz rindo- Não seja ridícula Angeline- e como se eu tivesse tomado um soco, cesso os tapas e me afasto.

-Ridícula? Você tem certeza que sou eu a ridícula? Você está se ouvindo? Showzinho? Seu “melhor” amigo o cara que fez aquilo comigo está de volta e você chama isso de showzinho? Você é inacreditável – Digo com repulsa.

-Fez aquilo com você? Isso é o que você diz não é mesmo? Por que pelo que eu sei você nunca foi santa.

-CALA A BOCA, CALA A MERDA DESSA BOCA IMUNDA, EU NUNCA, NUNCA MENTIRIA SOBRE ISSO SEU IMBECIL- Digo com raiva, eu poderia o matar agora mesmo, eu não acredito que ele ainda o defende. O meu próprio irmão não acredita em mim.

-NÃO GRITA COMIGO, EU NÃO DUVIDO, Você SEMPRE QUIS CHAMAR ATENÇÃO MESMO, NÃO ME SURPREENDE Você INVENTAR UMA COISA DESSAS.

-EU ODEIO Você, ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS – Digo com lagrimas nos olhos, eu estou destruída, literalmente.

Corro em direção a porta eu tinha que sair dali, ouço os gritos de minha mãe que em momento algum da ridícula discussão se manifestou, aposto que ela era uma das pessoas que duvidavam de mim, andando pelas ruas avisto a pequena praça a qual vinha com meu pai , ao lado havia uma pista de skate onde no momento estava nenhum pouco movimentada, ao avistar uma arvore perto do lago decido me sentar embaixo dela, olhando para o horizonte sinto a brisa tocando levemente meu rosto, lá eu podia sentir que todos os problemas estavam se esvaindo de minha vida , pelo menos por alguns minutos. Vejo que algumas horas já haviam se passado quando observo o sol se pondo, e levando com sigo todo estressante dia, me levanto e descido ir para casa.

Ao chegar em frente à mesmo respiro fundo e tomo coragem para entrar quando sou interrompida por uma voz até então desconhecida por mim.

-Oi com licença, está tudo bem? Ouvi uma gritaria hoje de manhã e logo depois você saiu correndo igual uma louca, só gostaria de perguntar se está tudo bem- Ao olha-lo com atenção identifico quem era o dono da voz rouca, não sei realmente o que pensar, não acredito que realmente a gritaria poderia ser ouvida pela vizinhança e muito menos que ele era meu vizinho.

- Oh sim, desculpa pela gritaria de mais cedo, e sim está tudo bem agora, quer dizer pelo menos irá ficar- Digo esboçando um singelo sorriso.

-Fico feliz com isso, e aproposito sou – Interrompendo – o digo.

-Cameron, eu sei.

-Sabe? – Ele questiona surpreso.

-Claro estudamos juntos.

-Então você fica reparando em mim no colégio? – Ele diz sorrindo.

-A por favor não seja ridículo, só sei da sua existência por causa do Nash e pelas aulas que temos juntos- Digo com desdém.

-OUT essa doeu- diz rindo- Então você é uma das amigas do Nash? Nunca te vi com ele, confesso se te visse não esqueceria tão fácil assim.

-Isso por acaso foi uma cantada? Por que se foi, não teve nenhum efeito- Digo rindo.

-Ok ok, acho que tenho que treinar mais – Diz também rindo.

-Com toda certeza você é péssimo nisso

-Ei qual é não precisa ofender também – rindo ainda mais o olho com uma das sobrancelhas levantadas- Veja pelo lado bom.
-Que é?

-Te fiz rir- diz olhando fixamente em meus olhos- Percebi que você não estava bem, não te conheço, mas não gosto quando estou perto de alguém e ela não está bem, eu só quis deixar você com uma cara menos zumbi- diz com um tom brincalhão.

-Você é estranho- digo rindo- Mas, obrigada, eu estava mesmo precisando.

-Não foi nada, você precisa sorrir mais, seu sorriso é lindo.

-OK, você definitivamente não sabe disfarçar – rindo digo – suas cantadas são péssimas, estava achando o que? Não iria me jogar em você não – rindo mais ainda digo.

-Ah Droga, pensei que agora ia dar certo- ele diz fazendo cara de decepcionado e rindo logo em seguida.

-Não com certeza não estava funcionando, bom agora eu acho que já deu minha hora, foi legal conversar com você Cameron

-Mas já? Agora que minhas cantadas estavam ficando boas? - Ele diz rindo.

-Pois é, até qualquer dia Cameron- digo já abrindo a porta de minha casa quando sou interrompida mais uma vez.

-Hey espera, qual seu nome mesmo? - Sorrindo mais uma vez digo.

-Quem sabe algum dia você descubra- e sem mais interrupções fecho a porta tendo como última imagem seus olhos semicerrados e seu sorriso contagiante.



“Os defeitos e falhas da mente são como feridas no corpo. Depois que todo cuidado possível foi tomado para curá-las, ainda restará uma cicatriz. ”
                                               ― François de La Rochefoucauld


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