Bad Dream

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Acordei com Dean me sacudindo e chamando meu nome. Sam estava um pouco distante falando no celular.
- Hey Ayel! Hey! -exclamou Dean.
Senti sangue escorrer da minha testa, e eu estava meio zonza.
- Que merda aconteceu? - perguntei.
- Um maluco bateu no seu carro. Olha pra cá, deixa eu ver se você não teve uma contusão.
- Eu estou bem, relaxa. - sai do carro devagar e fui olhando o mesmo - Não posso dizer o mesmo do meu velho Maverick... tadinho.
- O Bobby vem rebocar o carro de manhã... - disse Sam colocando o celular no bolso - Como você está?
- Bem. - bufei desanimada - Não acredito, a mas se eu pego o desgraçado que fez isso! Vocês viram pra onde o cara foi?

Sam e Dean se entre-olharam um tanto decepcionados.
- Esse é o problema... - Sam apontou para a estrada. As marcas dos pneus do caminhão terminaram, sumiram do nada após alguns metros do lugar da batida.
- Caminhão fantasma? Sério?- falei desanimada.
Peguei meu celular mesmo ainda vendo a estrada girar, tentei tirar uma foto.
- Acho que vi um hotel e um posto aqui perto, vamos passar a noite lá até Bobby vir com o guincho. - sugeriu Dean e todos concordamos.

Depois de um banho fui até o quarto dos meninos, bati na porta e Sam disse que poderia entrar.
- Acharam alguma coisa? - perguntei enquanto entrava. O quarto já estava uma bagunça, algumas armas jogadas no chão e sobre as camas, varios livros. Sam estava digitando em seu laptop e Dean ainda estava no banho.
- Talvez... Olha isso- Sam me entregou o computador e sentei na mesa.
- "Jornal Local, 1989. Jarx Trand um caminhoneiro que sofria de depressão,... matou sua mulher e filho. Na tentativa de fazer o assassinato parecer um suicidio,...o homem colocou os corpos em um carro e... atirou seu caminhão em direção ao mesmo. Porém, ele não conseguiu saltar para fora do veiculo e acabou morrendo." - leio resumidamente em voz alta.
- Parece que temos um caso. - disse Dean, que estava saindo do banheiro ainda com a toalha enrolada na cintura.
- Pelo amor de Deus, Dean! Coloca uma roupa antes de sair do banheiro! - falo cobrindo meus olhos, sem antes ver um sorriso no rosto de Dean.
- Para de graça, toma. - falou Sam jogando algumas roupas para seu irmão - Não liga pra ele não.
- Eu to tentando! Olha, se vamos caçar juntos, vamos precisar de regras!
- Puff, regras! - disse Dean já no banheiro - Estamos todos em iguais, não precisamos de regras.
- Anda logo, besta! - o provoquei jogando um tênis na porta do banheiro.

Saímos assim que começou a escurecer, Sam pegou o lugar da cova de Jarx Trand, no cemitério da cidadezinha que seguia a estrada.
Chegando lá, os meninos saíram do carro primeiro enquanto eu pegava minha arma e as balas de sal. Mas, antes que eu saísse, senti minha pressão cair de repente, estava acontecendo de novo.
- Rapazes! - gritei e os mesmos olharam para mim.
- Ei, o que foi? - perguntou Sam um tanto assustado.
- E-eu tenho sensações em ambientes pesados... Com muita energia negativa ou uma entidade muito poderosa. Isso m-me ajuda às vezes nas caçadas.
Dean me encarou desconfiado, e Sam tentou encobrir isso.
- Tudo bem, nós vamos salgar e queimar os ossos e já voltamos.

Fiquei esperando no carro, mas eles não voltavam, então resolvi ir procurá-los.
Gritei por seus nomes e não obtive resposta. O breu tomava conta do cemitério, apenas algumas velas que estavam espalhadas pelo lugar.
Escutei o som de algo cavando o solo, aparentava ser uma pá ou algo assim, então avistei um homem estava abrindo um caixão com muita força.
Andando com cuidado e agachada fui chegando perto do sujeito, mas mesmo sem fazer barulho ele percebeu minha presença! Ele se virou num movimento rápido, largou a pá e começou a andar e a acelerar o passo, vindo em minha direção. Não perdi tempo e comecei a correr. A respiração ofegante me desconcentrava de desviar dos galhos das árvores.
- DEAN! SAM! - continuei a gritar enquanto corria.
- Deixe-os - uma voz tremula soou na minha cabeça.
- Quem está aqui? - falei nervosa, tirando o terço da minha jaqueta.
- Eles estão bem agora... - continuou a voz.
- O que fez com eles? ORDENO QUE SE MOSTRE! - gritei conjurando.
E o silêncio se fez. Nem vento, grilos, folhas, gritos. Nada.

- Hey Ayel! Hey!
Fui acordando meio zonza e senti sangue escorrendo da minha testa...
- O que que...?
- Uma maluco bateu no seu carro. Olha pra cá, deixa eu ver se você não teve uma contusão. - respondeu Dean.
Tudo isso já aconteceu...
Seria um daqueles fantasmas que transformam seu lugar de morte em um looping eterno de medo? Eu precisava quebrar o plano.
- O Bobby vem rebocar o carro de manhã... Ei, podemos procurar um lugar para passar a noite! - sugeriu Sam.
- Não! É-é melhor não. Vamos largar meu carro aqui, vamos seguir apenas com o de vocês. - falei já abrindo meu porta malas e pegando minhas coisas.
- Tudo bem, você é quem sabe. - concluiu Dean, sem mostrar desconforto com a ideia.

Peguei de meus pertences o que achei que seria necessário, o resto queimamos junto com meu carro. Foi necessário. Caso contrário, nós ficaríamos ali para sempre vivendo pesadelo atrás de pesadelo.

Já devolva a estrada, o rádio estava baixo em clima ambiente, com uma música country ótima. Me acomodei no banco de trás do Impala, a partir daquele momento, ali seria meu lugar.
Me cobri com minha jaqueta, mas sem colocá-la. Eu devo ter cochilado por uns 15 minutos e quando acedeu por causa de uma lombada, percebi que os meninos conversavam baixo e preocupados.
- Qual é Sammy, isso não é normal!
- Shiii! Ela tá aqui atrás!
- Acho melhor chamarmos o Cass! Ele vai saber o que ela tem, ou o que ela é! Fala sério, ninguém sobrevive a um acidente de carro daqueles! E você viu o jeito que ela agiu? Ela sabe de alguma coisa.
- Tudo bem, tudo bem... Assim que tivermos tempo, rezamos!

O que tanto intriga eles?
O que tanto me intriga?
Quem é "Cass"?

🎃 Continua... 🕸

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⏰ Última atualização: Nov 01, 2016 ⏰

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