Fim que Começa

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A explosão que arrasou Krypton foi forte o suficiente para partir o planeta em dois. Do espaço interestelar, fragmentos do planeta evacuavam no universo como simples meteoros. Os cristais, que existem em abundância no planeta, perderam o brilho. Os lagos, as gramíneas roxas estavam cobertos de uma material verde radioativo, até então irreconhecível. Resto de pessoas espalhadas pelas enormes crateras era perceptível naquele lugar.

Após 4 meses dessa catástrofe, Kaan finalmente abre os olhos e suspira pela primeira vez depois de se despedir de tudo que ela conhecia. A menina retira a poeira e pedaços de materiais construtivos de seu corpo e anda em direção ao pequeno feixe de luz que vinha de fora daquele buraco.

Finalmente, ela sai daquele espaço profundo e olha para a grande estrela Rao que irradia Krypton, ou costumava irradiar. Seus pensamentos se concentram em pai e mãe, mas já se sabe o que aconteceu com eles. Assim, Kaan se ajoelha e chora por seu planeta perdido, seu lar perdido, sua família perdida. Ao mesmo tempo, ela pega um cristal e olha a imagem de seu rosto refletida, era possível ver as cicatrizes da garota, seu ombro ainda derramava sangue e os hematomas em suas pernas ficavam cada vez mais graves.

Não era tempo de melancolia, pensou Kaan, a meta é sobreviver. A cidade de Ilonia estava irreconhecível e não tinha algum sinal de vida. A jovem juntou todos os recursos úteis e decidiu que na manhã seguinte seguiria para Xan City, a nova capital do planeta, em busca de sobreviventes.


Krypton: As Crônicas de Um Mundo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora