38 - This can not be real

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~ Jehnnifer. Pov ~

Eram mas ou menos quatro horas da manhã e meu telemóvel não parava de tocar em cima do criado mudo, eram vibração e barulho ao mesmo tempo e aquilo já estava me deixando irritada.

- Que droga. - Resmunguei

- Pode deixar que eu atendo. - Respondeu Taehyung bocejando e levantando da cama, logo o pegando e o fazendo parar de tocar - Alô? - Atendeu - Sim, ela está aqui - Respondeu e voltou a ouvir o ser do outro lado da linha - Está tudo bem? O que houve? - Perguntou novamente e eu já estava ficando curiosa e preocupada ao mesmo tempo - Meu Deus... - Ouvi Tae sussurrar e descolar o telemóvel de seu ouvido, em seguida olhando para mim com lágrimas nos olhos.

- O que foi, Tae? - Perguntei sentando em um lado da cama, já me preparando para levantar - Tae. - Repeti e ele estendeu o braço para que eu pegasse de suas mãos o que lhe deixou daquele jeito

- Sinto muito. - Dissera e eu corri assustada para pegar o telemóvel

- Alô. - Falei rápido e um pouco alto quando o peguei

- Senhorita, Jehnnifer? - Perguntou a voz masculina do outro lado

- Ye.

- Você é filha de Elizabeth e Gregg Collins? - Perguntou, sua voz parecia de policial.

- Por quê? Aconteceu algo? - Falava já nervosa com a mão sobre a testa

- Sinto muito, seus pais sofreram um acidente de carro, infelizmente não sobreviveram. Um carro com velocidade máxima bateu com o deles, sua irmã também não aguentou. Novamente, sentimos muito. - Terminou e logo desligou.

Eu simplesmente deixei o celular cair no chão e pus a mão na cabeça, comecei a chorar descontroladamente, não haviam palavras para o que eu estava sentindo, era horrível, triste e doloroso, muito doloroso. Eu ia caindo no chão mas as mãos fortes de Taehyung me seguraram, então ele sentou no chão junto comigo, me encolhi em seus braços e deixei as lágrimas escorrerem, aquilo poderia ser um trote, mas acho que não haviam pessoas tão ruins para fazer isto.

- Calma, Jehnnifer. - Falava Tae repetidas vezes, eu olhei em seus olhos e vi que ele também estava chorando

- Por que tem que doer tanto? - Perguntei entre soluços e lágrimas

- A dor não é para sempre, um dia você vai ter que seguir em frente, vai passar. - Dissera e eu me encolhi mas, lhe abraçando

- Não vai passar, não tem como eu viver sabendo que a minha família inteira está morta e eu viva, o que vai acontecer agora? - Parei por um minuto e refleti. Eram meus pais que me mandavam dinheiro para eu conseguir comprar as minhas coisas aqui, eu com certeza não deveria estar pensando em mim agora, vou ter que saber que eu nunca mas vou vê-los, Emily tinha apensas sete anos, isto não foi justo com ela, eu daria a minha vida neste momento por eles - Dói muito. - Falei pondo a mão na barriga e deixando mais e mais lágrimas saírem

- Eu não gosto de te ver assim, pequena. - Disse ele quase sussurrando em meus ouvidos - Perder a família não é uma coisa para se esquecer de um instante pra outro, ou de um dia, pode durar meses e até anos para você se recuperar. Então eu devo tentar fazer com que neste um ano você se sinta pelo menos quarenta e cinco por cento bem, venha. - Ele terminou, me pegou nos braços e me pôs na cama, onde eu ainda deveria estar se o meu telemóvel não tivesse tocado. - Eu sempre te protegi e cuidei de você, mas agora é mais do que o necessário, saiba que eu ainda estou aqui com você, ao seu lado, não vou te deixar, Jehnnifer, nunca. - Prometeu e eu assenti limpando minha face com as mãos

- Promete que não vai me deixar nunca? - Perguntei com a voz baixa

- Minha pequena, um dia nós todos vamos morrer e não vai ter ninguém para lembrar dos nossos nomes ou da gente, e quando nós morrermos, prometo ficar com você até depois disso. - Dizia enquanto acariciava o meu cabelo, deitei-me novamente e me aconcheguei em seus braços.














SMS Passions [Bts] - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora