Gracious Tempest

A Chegada.

Nunca havia viajado de avião antes, mas agora posso afirmar que é mesmo maravilhoso. O avião acabou de subir e daqui de cima vi Mountfool como jamais havia, e olha que minha vida toda se passou naquele lugar. Por trás daquela janela tudo ficava tão pequeno que poderia até dizer insignificante, mas era bem pelo o contrário.
Holly e eu começamos a conversar, pela vigésima nona vez, sobre o que faríamos primeiro quando chegarmos em Londres. Ela disse:
  – Juliet, como você claramente sabe, eu pesquisei muito sobre os restaurantes, pubs, lojas e essas coisas que ficam perto do nosso apartamento, e é incrível porquê como nós vamos morar perto do palácio de Buckingham, tem muitas coisas ao redor, e são maravilhosas.
– Nem me diga, Holly! Fiquei tão feliz de conseguirmos o apartamento perto do castelo. Quero chegar logo para admirar toda a vista da nossa sacada... Eu quero gritar!!! Precisamos chegar logo para começar a aproveitar hoje mesmo.
– É mesmo, mas acho que deveríamos dormir um pouco aqui já que a viagem é longa, ou se não quando aterrissarmos vamos chegar exaustas.
– Certo, você tem razão, mas duvido que conseguiremos dormir com toda essa adrenalina pulsando em nós.
Holly riu, e concordou. —  Bom, devemos ao menos tentar. —
Coloquei um filme qualquer na telinha em nossa frente e antes que me desse conta estávamos ambas fechando os olhos.

✨✨✨

Me surpreendi ao acordar com a voz do piloto anunciando a aterrissagem à 10 minutos aproximadamente.
"– Quanto tempo dormi?", pensei.
Acordei Holly e levantei-me do meu assento para ir ao banheiro. Assim que sentei na privada a sensação no meu peito era de alivio... Puxei a descarga, limpei as mãos e voltei para meu lugar, com o coração na mão só de pensar que depois de anos esperando por esse momento, em alguns pequenos minutinhos estaria inalando o ar gelado de Londres.

Estávamos ja meio baixo e da pequena janela comecei a me apaixonar - já de longe - por Londres. Era manhãzinha, mas o movimento nas ruas já era intenso. Centenas de milhares de pequeninos carros corriam pelas ruas, estas já estavam cheias de pessoinhas circulando...
Me perdi naquela grandeza e no tempo, que naquele momento havia passado rápido de mais. Já estávamos sobre o aeroporto, tentei me acalmar mas meu coração não quis saber. Quando pousamos, respirei fundo, segurei minha bagagem de mão e ali estávamos nós, em Londres, descendo as escadas do avião, com o vento frio balançado meus cabelos castanhos e os cabelos loiros de Holly. Prontas para mais uma aventura.

✨✨✨✨

Havia muita gente no desembarque e por vários momentos achei que acabaríamos nos perdendo... Descendo as escadas do elevador imaginei que talvez fosse aquele o momento em que você vê alguém conhecido segurando uma plaquinha com seu nome pronto pra te levar pra casa. Não era o meu caso. Estava ali somente com Holly então... Quando sai pra fora das portas do aeroporto, liguei para um táxi e esperamos.
O taxi chegou em cerca de dez minutos. O motorista que era um senhor de idade perguntou:
- Bom Dia! Qual o destino, senhoritas?
- Bom Dia! - dissemos juntas sorrindo.
–Rua Sloane, 4129. Hotel Madena, por favor. — Pediu Holly.
Durante o trajeto nós duas conversamos um pouco com o senhor e ele nos entregou um guia turístico e disse:
– Espero que ajude. Tenham um bom dia!
Agradecemos e eu lhe dei um dinheiro a mais, para agradecer mais uma vez. Olhei para nosso prédio, que era maior (obviamente) do que nas fotos, ele tinha muitos andares, era meio rústico misturado com moderno, e realmente bem perto do castelo. Era bonito. Fui a secretaria fazer meu chek-in. A moça que me atendeu era jovem e parecia feliz. Nos aproximamos e ela disse:
- Olá, bem vinda ao Hotel Madena, já possui um alojamento?
- Obrigada, e sim. Apartamento 231, por favor?
- Ah sim, Juliet Moore. - confirmou - Por favor, me acompanhe, lhe levarei até seu quarto e pedirei que levem suas bagagens.
- Ah, agradeço outra vez.- respondi sorrindo.
Entramos no elevador e a secretária que por sinal se chamava Corina (vi em seu crachá) foi me explicando um pouco sobre o funcionamento do hotel até chegarmos em meu andar, que era o 7º. Andamos até o fim do corredor e ao chegar ao ultimo apartamento, Corina nos entregou as chaves e disse antes de sair:
- Se precisarem de algo, estarei na secretaria, pronta para ajuda-las.
- Obrigada, de verdade.
Agradeci junta de Holly.
- Não há de que.
Disse ela, e se retirou. Abri a porta do meu quarto, era ótimo. Era grande, tinha uma sala grande, cozinha, um quarto, banheiro... Tudo! Mas o que mais gostei foi a vista. Da sacada eu tinha uma visão ampla do grande relógio até o castelo da Rainha, que estava mais próximo. Era lindo!!

Eu não estava muito cansada da viagem e estava perto do horário de almoço, então Holly e eu decidimos ir comer algo. Coloquei outro casaco prendi o cabelo num rabo de cavalo e fomos procurar um restaurante.
Vi que na secretaria havia um mapa de Londres e talvez pudéssemos achar alguns indicados lá. Perguntamos também a Corina, algum que ela indicaria e ela nos contou sobre um que ficava há umas três quadras do hotel e tinha uma ótima comida londrina.