Hey Angel | l.s. |

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"onde você me deu uma singela prova de amor"

Nunca foi tão óbvio baby

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Harry queria passar um final de semana na casa dos seus pais pois era ação de graças e ele queria que eu conhecesse a sua cidade natal, era uma noite fria e nos estávamos no jardim, com uma fogueira acesa, de madrugada, fora uma das madrugadas mas bonitas da minha vida.

Nós olhamos as estrelas, conversamos, rimos, comemos, e em certa altura da noite, Harry olhou nos meus olhos e disse o quanto me amava.

Eu fiquei tão emocionado naquele momento que não sabia como reagir e então, calmamente me afastei dele, peguei uma pedra e cravei na árvore onde ele se apoiava.

"H+L"

-Está é a prova de amor mais bonita e sincera que alguém já fez pra mim. -a sua voz rouca ecoou pelo local.

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Por mais que eu martelasse minha cabeça tentando lembrar de tudo que passamos, esse era o único dia que passava pela minha cabeça.

Mas Harry não podia ter escondido nada lá, ele estava em Londres nos seus últimos dias.

A não ser se ele já tinha planejado tudo isso.

Coloquei algumas coisas na minha mala desajeitada e liguei pra Anne, avisando que passaria um tempo lá.

(...)

Anne me recebeu como se eu fosse seu filho, me abraçou e disse que eu estava lindo, eu gostava tanto dessa mulher, era uma segunda mãe pra mim, sem dúvidas.

Eu não contei a ela o real motivo de eu estar aqui, e nem iria contar, ela com certeza gostaria de ler os bilhetes mas eu queria manter tudo em segredo, pelo menos por enquanto, eu preciso de um tempo, pra mim.

Nos conversamos durante horas enquanto tomávamos chá, no meio da conversa Gemma apareceu e novamente eu ganhei um abraço tão forte que juro que senti meu ossos retorcendo, apesar de delicada, Gemm tem uma força de ogro.

E lá fui eu, passar mais três horas conversando, era incrível como arranjamos assuntos do nada, Anne sabia como me fazer sentir bem, ela me conhecia.

Mas eu via nitidamente em seu olhar a dor.

A dor de uma mãe que perdera um filho, um filho que era tão precioso.

Ela não queria falar, mas eu sentia a sua angustia.

-Você pode ficar no quarto dele, vou ajeitar os cobertores pra você meu filho.

-Tudo bem Anne, não precisa se preocupar.

Ela saiu para arrumar o antigo quarto de Harry para a minha estadia, e eu aproveitei o momento para ir lá fora.

O frio estava de matar, o vento cortava meu rosto e mal deixava eu abrir meus olhos.

Finalmente somente chego de frente a aquela árvore, a tão bendita árvore.

É inevitável que as memorias daquele dia voltem a tona.

Uma lagrima insistente escorreu pelo minha bochecha , e por um segundo eu parei pra pensar.

Será que eu realmente estou preparado?

Será que isso tudo não vai me machucar ainda mais?

Se realmente tiver alguma coisa aqui, quer dizer que Harry planeja isso faz tempo, e será que eu quero descobrir isso?