Ladybug perguntava o porquê de Chat noir gostar tanto dela, justo ele, o herói de Paris e um perfeito galanteador. Aliás era esse jeito dele que o fazia adquirir tantas fãs, até mesmo quem não morava em Paris.
Em seu interior, escondido (talvez até dela mesma) um sentimento pelo gato se nutria de todas as vezes que o mesmo tocava em suas mãos, ou quando fazia um trocadilho ou cantada barata. Mas isso ainda era fraco para vir à tona e fazer ela se tocar disso. Ainda.
Após uma cansativa luta com mais uma borboleta negra, Ladybug se sentou sobre o terraço de um edifício qualquer para descansar, óbvio que sendo acompanhada de Chat. Mas para a surpresa dela, ele deitou sua cabeça em seu colo e selou as pálpebras aliviando o corpo esgotado.
- Não se esqueça de que eu também lutei gatinho - falou sobre o ato, possivelmente, inconveniente do rapaz.
- Oh me desculpe, só fiquei empolgado com a ideia de poder descansar um pouco, parece que não faço isso há dias – reclamou passando a mão nas costas doloridas.
- É. Eu também – concordou com ele.
- É tão estranho saber que tem alguém por trás de tudo isso, alguém que usa pessoas inocentes simplesmente para alcançar objetivos pessoais, isso é tão egoísta, porque uma pessoa que abusa da inocência para roubar nossos miraculous para poder trazer o caos ao mundo, é com certeza egoísta. Não acha? – Lady já estava acostumada com esse aspecto impulsivo e totalmente natural do garoto de trazer ao assuntos assim, do nada.
- Não tenho dúvidas disso – novamente ela concordava com ele, a essa altura ela já fazia carinho nos loiros e sedosos cabelos do gatuno que por sua vez, se derretia todo de felicidade e satisfação – Mas provavelmente ele teve um passado ruim, afinal, não acho que as pessoas criem objetivos assim sem algum motivo como: vingança, ódio, raiva ou sei lá – concluiu dando de ombros.
- Eu não sei pra quê isso. Quero dizer, não é que só porque você teve ou tem uma vida ruim que deve destruir a de todos, existem outros jeitos de lidar com a dor – agora era o lado Adrien quem dizia isso, afinal ele sabia com toda as letras o que era esse sentimento perturbador, e agora veja onde ele estava, sendo um herói e brigando contra o mal.
- Talvez Hawk Moth ainda não tenha descoberto esses modos para fazer a dor ir, talvez até, ele não tenha ninguém que o ajude, não podemos julga-lo, mas é realmente revoltante – disse e azulada calmamente.
O garoto se impressionava com a capacidade da garota de ser justa e doce mesmo quando se tratava da pior pessoa que ambos conheciam, e era por esse jeito paciente dela que ele a amava.
- Você tem razão, eu devia bancar o cupido e ir atrás de alguém que o faça feliz – o rapaz se ergueu rapidamente, atingindo as orbes azuis e totalmente hipnotizantes de sua companheira, tentando enfatizar sua ideia, claramente um blefe.
- Não foi isso que eu quis dizer. E aliás, você não é bom no amor, Sr. Noir.
- É por isso que você não corresponde as minhas investidas? - perguntou esperançoso em poder melhora-las.
- Não Chat – Ladybug sorriu carinhosamente – Já te expliquei o quanto seria difícil pra nós dois, além de eu... Você sabe... – ladybug não gostaria de pôr em palavras nada sobre seu amor secreto pra não magoar ainda mais o jovem.
- Mas você não acredita que o amor supera as barreiras? Há quanto tempo você gosta desse outro? – Chat queria convencê-la a qualquer custo de que aquele caminho não era de todo ruim.
- Bom eu, acho que... Faz um tempo – respondeu ela um tanto apreensiva.
- Está vendo! Há um tempo que você sofre, um tempo que você se machuca, há um tempo você não é correspondida, tudo isso há tempos. Enquanto eu estou aqui há um tempo pedindo que aprenda a me amar, me dê uma chance, dê uma chance a si mesma de ser feliz. Você não merece isso! - ele despejava as palavras mostrando o quanto seus sentimentos eram claros. Tentando transparecer facilidade, mas não era bem assim.
- Não queria ser rude mas, você não pode dizer essas coisas da minha vida. Já ouviu também que o amor tem que ter esperança, e que por acaso essa é a última que morre? – ela segurava a cabeça dele com suas pequenas mãos tentando fazê-lo entender - Eu sei o quanto você é bom, você é incrível mas, não é o meu incrível! O que eu procuro encontrei em outra pessoa. Me desculpe.
- Você realmente não sabe procurar. – dito isso, o bastão de Chat subiu o ajudando a sair daquele lugar, seu uniforme negro o fazia sumir na escuridão. Ladybug se sentia tão mal por não gostar dele, o herói era tão bom e merecia todo amor do mundo, mas esse era o problema. Talvez pelo fato de Ladybug não saber amar ou se entregar a alguém, tinha medo de estragar as coisas e decepciona-lo e ele com certeza não merecia isso, nunca. Afinal toda essa possibilidade era assustadora comparado ao platonismo distante de sua paixão por Adrien.
No meio do percurso lágrimas corriam dos olhos de Chat noir, aquele sentimento teria que se afastar antes que certas pessoas (além dele) sentissem. Mas como tirar aquela dor que o consumia e fazia seu coração querer parar de desânimo? Então uma ideia brotou e o fez mudar o percurso para a varanda de uma certa mestiça.
Ladybug decidiu voltar andando, sabia que não estava tão longe de casa, seria melhor pra poder organizar seus pensamentos. Assim desfez a transformação e guardou a pequena Kwamii para que não sentisse frio, já que o clima daquela noite a fazia tremer levemente.
Assim que o loiro chegou à varanda observou que o quarto estava escuro, logo bateu na porta de vidro que dava acesso ao quarto. Depois de cinco batidas ninguém o atendeu, pensando que ela estava dormindo abriu a porta e adentrou o ambiente, novamente, ninguém.
Onde ela estava justo quando ele mais precisava?
Ele decidiu ir embora, assim que fechou a porta atrás de si, bocejou no vidro e desenhou uma pata de gato envolvida em um coração, encostou a cabeça no vidro na esperança de sua amiga aparecer e nada, uma última lágrima escorreu e se fixou na porta, assim foi embora saltando pelas construções.
Assim que Mari adentrou o quarto viu que as almofadas de sua cama estavam desordenadas, mais à frente, o desenho de Chat na porta de vidro, logo entendendo que ele esteve ali há pouco tempo, ao lado havia a lágrima ainda intacta, a azulada pensou ser um pingo de chuva avisando a noite abundante que chegaria.
- Essa noite vai ser longa! – exclamou se deitando para tentar dormir e esquecer as perturbações.
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Oii aqui é Gab!
Só vou dizer que eu fiz essa fic com inspiração em um comic que vi, infelizmente não lembro o nome do autor(a) nem menos salvei a imagem. Procurei ela esses dias direto mas, não encontrei. Se eu achar vou colocar aqui. O segundo capítulo vai ser referente a imagem, este foi só uma introdução. Créditos a quem fez a imagem que me serviu para criar mais uma obra. Mais de mil palavras em!
Agradeço quem está aqui e conto com seu voto.
Obrigadaaa! ❤
Saindo aqui, um beijo da Gab! 👄
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Eu preciso dela(s)
Fanfiction(Concluído) Depois que Chat Noir falha novamente em sua tentativa de declaração para Ladybug, ele vai em busca de conforto e respostas, justamente na casa de Marinette. Ele só não sabe que essa foi a mesma que o decepcionou irreversivelmente, e, qua...