E se um dia eu chegasse a casa e dissesse tudo o que se passa na minha vida aos meus pais? Todos os detalhes, cada pensamento a cada segundo, cada coisa que já pensei fazer, cada coisa que já fiz, tudo. Passaríamos horas e horas a falar só sobre as coisas que estiveram e estão na minha cabeça, sobre todas as asneiras que eu já pensei fazer e mesmo todas aquelas que eu já fiz. Seria um momento em família como à muito tempo não temos.
Mas não. Não temos esse hábito. Porquê? Não sei. Mas nunca fui, e duvido que algum dia serei, daquelas pessoas que tem uma 'mente aberta' com os pais. Gostava, porque muitas vezes precisava deles. Precisava deles naquelas vezes em que me sinto sózinha, mesmo rodeada de dezenas de pessoas. Precisava deles para aqueles dias em que me sinto odiada por todo o mundo. Precisava de... Uns abraços do meio do nada, no meio da cozinha, enquanto a mãe faz o jantar e o pai apenas acabou de chegar do trabalho que apesar de, por vezes, acontecerem, não é a mesma coisa.
Por vezes cai aquela lágrima do meio do nada, vinda sei lá de que parte do meu cérebro. Se calhar da parte ligada o coração. Não sei. A verdade é que nunca achei essa lágrima estranha. Sempre pensei nela como uma 'companheira'. Porquê? Porque está lá quando ri-o demasiado, quando tenho aquela vontade enorme de chorar mas mesmo assim tento conter, ou mesmo no autocarro quando tenho os clássicos auriculares nos ouvidos e a minha música pop a tocar.Espero que tenham gostado! 😘