Descrita como uma heroína, Dandara dominava técnicas da capoeira e teria lutado ao lado de homens e mulheres nas muitas batalhas consequentes a ataques a Palmares, estabelecido no século XVII na Serra da Barriga, região de Alagoas, cujo acesso era dificultado pela geografia e também pela vegetação densa.
Não se sabe se Dandara nasceu no Brasil ou no continente africano, mas teria se juntado ainda menina ao grupo de negros que desafiaram o sistema colonial escravista por quase um século. Ela participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo.
Além de lutar, participava de atividades cotidianas em Palmares, como a caça e a agricultura. No quilombo era praticada a policultura de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e banana.
Os palmarinos conheciam a metalurgia e fabricavam utensílios para a agricultura e a guerra.
Trabalhavam também com a madeira e a cerâmica. A palmeira pindoba, cuja abundância na região deu origem do nome do quilombo, era usada na fabricação de óleo, produção de bebidas, cobertura de casas feitas de madeira e tecelagem de cestos e cordas.
As atividades se destinavam inicialmente à subsistência, mas os negros revolucionários chegaram a realizar comércio com vilas e engenhos da região.
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Dandara Palmares
Short StoryDandara, uma guerreira negra casada com Zumbi dos palmares, teve três ficlhos, e se suicidou, dois anos antes da morte de seu marido.