concerto [jyn+nyt] +

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apesar de você ter derrubado cerveja em mim, você é bem bonito.

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Mover-se naquele micro espaço com mais de três mil pessoas ao seu redor era difícil, ainda pior quando você está com um copo cheio de cerveja na mão para seu amigo estúpido que sumiu no meio da multidão, te deixando sozinho. Certo, a sorte com certeza não estava do seu lado.

Bufou, tentando a todo custo forçar passagem, o que só resultou no resíduo de plástico escapando de sua mão e caindo em alguém do seu lado, que deixou uma exclamação pairar no ar. Yuta se desesperou, e já se virou para se desculpar mil vezes.

A pessoa em questão lhe olhou de cima a baixo, sorrindo de canto, deixando as covinhas proeminentes. Ele era bonito, não podia negar, e talvez ele não tivesse se arrependido tanto assim de ter derramado cerveja naquele estranho.

"Apesar de você ter derrubado cerveja em mim, você é bem bonito," disse cortês, seu rosto tão lindo que cegava.

"Obrigado," murmurou nervosamente, porque nunca nenhum cara daquele porte havia o elogiado dessa forma.

"Qual seu nome?" questionou, se aproximando mais do corpo do acastanhado, prestado atenção em suas feições marcantes.

"Yuta, e o seu?" não sabia de onde tinha arrumado coragem de continuar uma conversa de repente, mas ali estava ele, acompanhando o calor do momento e talvez do ambiente também.

"Jaehyun," e lambeu os lábios secos, notando o jeito que Yuta havia olhado para eles, prendendo um riso interno, "sabe, Yuta," adorou a forma como o nome estalava na sua língua, tinha curiosidade em saber como soaria o seu próprio na voz do rapaz à sua frente, mais especificamente, gemendo, "eu ainda estou um pouco bravo por você ter feito o que fez, essa bebida fede e fica melada no corpo," fingiu falsa irritação, quase convencendo o japonês. Ele não acreditava muito naquela encenação, porém resolveu entrar no joguinho.

"E o que posso fazer para me redimir?" arqueou uma das sobrancelhas, repuxando o canto da boca de forma provocativa.

Jaehyun abaixou um pouco até estar com a boca colada no ouvido de Yuta, que se arrepiou levemente com o contato, "que tal me dar seu número?" sussurrou roucamente, e pôde jurar tê-lo ouvido grunhir de excitação.

Não demorou muito para trocarem contatos telefônicos e físicos; alguns beijos roubados com gosto de vodka e chiclete de menta aqui e ali, palavras sujas e toques leves por debaixo das roupas. Não que eles se importassem com as pessoas ao redor, elas estavam inertes demais no show do One Ok Rock para notá-los.

E não que eles ligassem para o pouco período de tempo que se conheciam, quando saíssem dali, teriam todas as horas do mundo para se conhecerem melhor, e talvez até darem uns amassos decentes.

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