Quem é Ela?
Ela é jovem
De olhos brilhantes, sem medo no coração
Ela traz o amanhecer
Quem é Ela?
Ela é jovem
O sonho ousado
Que caminha só... Ela caminha só
Crescente de prata
Amada Donzela
Jovem, venha
Quem é Ela?
Ela é amante
Seus ossos e sangue são a Terra
Ela quem nos sustenta
Quem é Ela?
Ela é amante
E bondade jamais falha
Ela caminha em poder
Abençoada Lua Cheia
Sagrada Senhora
Mãe, venha
Quem é Ela?
Ela é a Velha
Que sobreviveu além do medo
Ela sorri bem alto
Quem é Ela?
Ela é a Velha
Amável e sábia
Que conduz a vida... Ela conduz a vida
Dourada minguante
Honrada Anciã
Velha, venha
Quem é Ela?Who is She, música do CD Second Chants, Autora: Starhawk.
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A adoração à Deusa foi a primeira religião estabelecida pelos seres humanos. Muitas evidências arqueológicas, incluindo estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas nas cavernas e outras imagens indicando a veneração da Deusa foram descobertas, comprovando a existência de um culto primordial, em que um Divindade Criadora feminina era adorada.
Merlin Stone, em When God was a Woman (Quando Deus era uma Mulher), diz: "Arqueólogos localizaram evidências de adoração à Deusa antes das comunidades do período Neolítico, cerca de 7000 AEC; algumas das comunidades datam a Paleolítico Superior, cerca de 25000 AEC. Desde a origens Neoliticas, sua existência foi comprovada repetidamente até os tempos romanos."
A evidência mais convincente de adoração à Deusa vem de numerosas esculturas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas, nádegas e vulva exagerados. Essas imagens foram intituladas pelos arqueólogos como estatuetas de Vênus, ou ídolos do culto à Grande Mãe. Elas são feitas de pedras, ossos, barros e foram descoberta e perto de restos de paredes da primeiras habitações humanas. Essas estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos dez mil anos.
Faz não foram meras decorações das pessoas que as criaram, mas sim objetos profundamente importantes porque representavam o meu o pelo qual os seres humanos se expressavam antes mesmo de começarem a utilizar a fala. A arte, através da história, sempre revelou o que as culturas valorizavam e o conhecimento que tentavam passar às gerações futuras. Claramente o parto, a maternidade e a sexualidade feminina eram considerados sagrados. Isso nos mostra que essas esculturas tiveram pouco ou num conhecimento só homem na reprodução. Para eles, a mulher concebia o bebê por ela mesma. Sexo não era associado com o parto e as mulheres foram consideradas as doadoras exclusivas da vida. Até hoje, algumas culturas isoladas na Terra acreditam que o homem não tem participação nenhuma na concepção.
Além disso, como o conceito de paternidade ainda não tinha sido entendido, as crianças só pertenciam às mães e à comunidade. Crianças "legítimas" não existiam. As crianças levavam o nome de suas mães e a família descendente pela linhagem materna. Essa estrutura social, baseada na afinidade feminina, é chamada de "matrilinear" e ainda existe em algumas partes da África, Índia, Melanésia e Micronésia.
As culturas primitivas eram frequentemente matriciais, ou seja, quando uma mulher casava, o marido ia morar com a família da esposa, em vez de a mulher ser desarraigada e se mudar para a casa da família do marido. Desta forma, as mulheres detiveram todo poder, é o status da mulher na sociedade teria sido, certamente, cada vez mais alto, não fosse a queda matrilinear. Se não fosse o domínio patriarcal da sociedade e da religião, as mulheres jamais teriam sido totalmente dependente dos homens e consideradas suas propriedades. A importância da virgindade e os castigos por adultério não teriam existido, pois eles fazem parte de conceitos patrilineares, em que a paternidade é mais estimulada que a maternidade.
A adoração da Deusa nas culturas antigas incluía o papel principal das mulheres nos trabalhos religiosos e na celebrações sagradas. As mulheres eram grandes sacerdotisas, adivinhas, parteiras, poetisas e curandeiros. Elas presidiram templos erguidos somente a Deusa como Ishtar, Ísis, Brigir, Ártemis e Diana, que estavam entre as mais populares
Do envolvimento das mulheres com a religião vieram muitos avanços, como o conhecimento do poder das ervas, que curavam os docentes e aliviava a dor do parto, até o primeiro calendário, o calendário lunar, que foi utilizado por muito tempo e que pode ter-se originado na observação que as mulheres faziam dos seus ciclos menstruais e sua comparação com os ciclos da Lua. Além da astronomia, as mulheres desenvolveram também os idiomas, a agricultura, a culinária, a cerâmica e muito mais. As contribuições de mulheres para as culturas humanas são inúmeras e nunca tiveram o devido crédito e valor.
A Deusa teve grande popularidade e proeminência até que as religiões patriarcais, como Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras, silenciaram-na. A mudança para o patriarcado foi gradual e procedeu de uma reformulação nos sistemas de parentesco que se tornou de o matrilinear a patrilinear. A ênfase na paternidade e no homem é clara e evidente nas principais religiões praticadas até hoje.
A relação de pai/filho é Deus/Jesus é a chave do Cristianismo, embora a figura da mãe tenha conseguido persistir e aparecer no Catolicismo como Maria, que inteligentemente é chamada de "A Mãe de Deus".
Outro fator relativo à ascenção das religiões patriarcais foi a ênfase às ditaduras militares, que aumentaram o culto aos Deuses guerreiros. Esther Harding, em Woman's Mysteries (Mistérios das Mulheres) expõe: "A ascensão do poder masculino e da sociedade patriarcal provavelmente começou quando o homem passou a acumular bens e propriedades, o que não é comunitário, é achou que a força pessoal dele e a sua coragem pudessem aumentar suas posses e riquezas. Esta mudança de poder secular coincidiu com a subida da adoração ao Sol sob um sacerdócio masculino que começou a substituir os muitos cultos à Lua realizados desde tempos imemoráveis." Assim, como os homens ganharam poder sobre as mulheres e o masculino se tornou a Grande Divindade, o Sagrado Feminino passou a ser reconhecido cada vez menos. A ausência do culto à Deusa trouxe guerras, crimes, regras e a tirania.
A Deusa é o princípio Divino Feminino, a Divindade suprema adorada nas práticas Pagas. Ela foi adorada ao redor do mundo por milhares de anos, até que foi silenciada através das religiões patriarcais. Em anos recentes, a Deusa e seus cultos tiveram ressurgimento e hoje contam com grande popularidade entre:● Feministas, que buscam uma dimensão espiritual para as suas causas políticas.
● Aqueles que se interessam pelas religiões antigas, abrangendo aqui todas as manifestações Pagãs.
● Mulheres e homens comuns que sentem que algo está se perdendo mas proeminentes religiões organizadora de hoje.É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes. Para alguns, Ela é única Divindade existente. A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtae, Astarte, Inanna, Lillith, Ísis, Maat, Brigid, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianehod, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Luan Yin, Pele e Mari, entre muitos outros nomes. A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e ao mesmo tempo a Destruidora. Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela. A Deusa está contida em tudo é vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d'água e em casa grão de areia. Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que está aqui conosco, vive e se manifest em casa um de nós. Ela é a Donzela, a Mãe e a Anciã. Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.
Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos. A Triplicidade da Deusa é muito anterior ao Cristianismo e não é difícil que seja ela quem deu origem ao pensamento da Trindade Cristã. Porém, na Wicca, a Triplicidade se refere a três estados distintos da mesma divindade.
Cada um desses aspectos tem suas características particulares, distintas das outras, e cada uma delas traz a possibilidade de serem relacionadas com aspectos internos de nossa psiquê. Suas três faces são a Virgem ou Donzela, a Mãe e a Anciã, os seus aspectos reverenciados por toda a humanidade desde tempo memoráveis.
A Donzela representa os impulsos, os começos e está relacionado à Lua Crescente.
A Mãe é a Doadora da Vida, a Grande Nutridora e está associada à Lua Cheia.
A Anciã é a detentora da sabedoria, a Grande Conhecedora e Transformadora e está associada à Lua Minguante.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja. A maio rua dos seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum. Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que os três princípios da religião da Deusa sao: a imanência, a interconexão e a comunidade.
Imanência é o meu o pelo qual a Deusa está presente na Terra e em nós: a Natureza, a cultura, a vida.
Interconexão é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.
Como comunidade, crescimento e transformação passam por interação intima; basicamente, a lei da Deusa é Amor - Amor Incondicional. Ela nao trm nenhuma ordem a ser seguida, a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.
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Wicca, A Religião da Deusa, por Claudiney Pierto.
SpiritualEste livro foi responsável pela grande visibilidade e pelo crescimento da Wicca no Brasil e se tornou o maior clássico sobre a Bruxaria Moderna em nosso país. Tendo instruído os praticantes da Arte há mais de década, esta obra de características ímp...